Atualmente, para ouvir algum tipo de música no seu carro, você depende de coisas chamadas alto-falantes – ou você pode jogar seu smartphone no console central também e fingir que dá na mesma.
A Continental quer reavaliar a necessidade de ter várias dessas peças que pesam e ocupam espaço e usar o próprio acabamento interno em seu lugar. É isso aí: os plásticos e outros painéis internos do carro poderão fazer o papel de alto-falantes no sistema de áudio da empresa alemã.
O funcionamento do Ac2ated Sound é bastante simples: em vez do conjunto de ímã, fios e diafragma cônico de um alto-falante convencional, a companhia quer que as peças atuem como o diafragma e crie as ondas de pressão que o nosso ouvido interpreta como sons, sendo que esses pulsos são gerados por conjunto de atuadores embutidos nos painéis.
A Continental compara o funcionamento do seu sistema ao de um violino e se apoia em três ações: excitação (a conversão do sinal elétrico em movimento), transferência (a transferência das ondas de som nos painéis) e irradiação (a expansão das ondas de som para o ambiente interno do veículo).
Dimitrios Patsouras, o engenheiro responsável pela parte de som da empresa, explica que o método tradicional de alto-falantes não é necessário. “Não é preciso integrar alto-falantes com membranas oscilantes quando você tem todas as superfícies que você precisa já instaladas dentro do carro”, disse.
O engenheiro foi mais longe, apontando o que cada uma das peças pode fazer: “A coluna A é ótima para frequências altas, enquanto os painéis das portas, por sua vez, têm as propriedades necessárias para gerar frequências médias. Similar à tecnologia de alto-falantes, nós usamos componentes maiores, como o teto ou a porção traseira, para gerar as frequências mais baixas”.
Os benefícios disso, de acordo com a Continental, são a redução de peso e a parte logística dos componentes, que fica substancialmente menor – um sistema de som convencional de carros top-de-linha conta facilmente com mais de 10 alto-falantes, como é o caso da Volvo XC90, que consegue emular a sala de concerto da Orquestra Filarmônica de Gotemburgo.
A empresa não divulgou se a tecnologia já está sendo aplicada e testada em algum veículo nem se existe algum tipo de parceria com as montadoras.
Fontes