A briga entre a Oracle e a Google já tem alguns anos, e embora a dona do Java tenha conseguido alguns resultados positivos nos tribunais americanos, o fato é que a conta tem ficado relativamente barata para a Google, que tem usado manobras na disputa de forma a não ter que pagar ativamente royalties ou uma multa de grande valor.
Entretanto, parece que a Oracle não está satisfeita com os resultados e quer engrossar a voz. No último relatório divulgado sobre o caso, a gigante afirma que a Google não violou suas patentes apenas na versão Froyo (2.2) do Android, mas em todas as edições posteriores do SO, ou seja, no Gingerbread (2.3), Honeycomb (3.0), Ice Cream Sandwich (4.0), Jelly Bean (4.1), KitKat (4.4) e Lollipop (5.0).
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Além disso, a Oracle também afirma que a expansão agressiva do Android em várias plataformas além dos smartphones tem diminuído a relevância do Java puro e, portanto, afetado negativamente os negócios da empresa.
A defesa da Google afirma categoricamente que não há nada de errado em usar APIs de outros softwares/linguagens, já que elas permitem a integração e comunicação entre sistemas diferentes. Por outro lado, a Oracle argumenta que o Android não usa somente a API do Java sem autorização, mas também código protegido por copyrights.
Em 2012, a Oracle recebeu um parecer positivo sobre os direitos da API do Java, mas ainda está sendo analisado se a Google terá que pagar ou não por isso. O fato é que, com as novas alegações da Oracle envolvendo as últimas versões do Android, a Google precisará investir muito mais em bons advogados e argumentos nos tribunais se quiser se livrar de uma bela (e multimilionária) indenização.
Fontes