(Fonte da imagem: Reprodução/Pocket Now)
Na última quinta-feira (27), divulgamos a informação de que Sundar Pichai teria afirmado que o Android não foi feito para ser uma plataforma segura (notícia que você confere na íntegra logo abaixo). Diante da situação, a Google entrou em contato com a equipe do Tecmundo para esclarecer que isso se tratava de um equívoco promovido por um blog francês, replicado por diversos veículos internacionais e nacionais.
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Segundo a companhia, na verdade Pichai afirmou que a característica aberta do sistema operacional era justamente o que permitia a ele se tornar mais seguro. “Qualquer pesquisador e desenvolvedor do mundo pode inspecioná-lo e acredito que isso contribuí em muito para aumentar a segurança do Android”, declarou o executivo.
“O Android foi construído para ser muito, muito seguro. As coisas que você está vendo se devem ao fato de o Android ser uma plataforma aberta que permite a muitas pessoas trabalhar de forma diferente; então há parceiros que, ao enviar um aparelho ao mercado, fazem isso usando uma versão antiga. E claro, você pode ter alguma vulnerabilidade de segurança ali, mas isso não significa que o Android não é seguro”, explica o vice-presidente sênior.
“Nos esforçamos muito para tornar o Android seguro. O Google Play analisa e verifica automaticamente milhares de aplicativos em busca de malwares, registramos dados sobre isso. O que fazemos é algo top de linha”, afirma Pichai. Segundo ele, o principal problema visto na plataforma é o fato de que não são todos os parceiros da Google que mantém seus aparelhos atualizados, algo que permite a exploração de brechas já fechadas em versões mais recentes. “É aí que vemos problemas, não no Android em um nível fundamental”, conclui.
[Notícia original]
O vice-presidente sênior do Google e chefe do Android, Sundar Pichai, comentou sobre vários pontos durante o Mobile World Congress 2014 – entre eles a presença do sistema operacional no Nokia X e nos aparelhos da Samsung. No entanto, uma das pautas discutidas pelo empresário chamou bastante a atenção do público, justamente no que se refere à segurança digital. Segundo Pichai, o próprio Android não foi desenvolvido para ser seguro.
"Não podemos garantir que o Android foi construído para ser seguro", comenta o representante do Google. "O formato dele foi feito para dar mais liberdade. Quando as pessoas falam sobre 90% dos malwares para o Android, elas devem levar em conta o fato que ele é o sistema operacional mais usado no mundo. Se eu tivesse uma companhia dedicada para malwares, eu também enviaria meus ataques para o Android."
Analisando os números
A justificativa de Pichai se baseia na marcante presença do sistema operacional no mercado de celulares. Ainda no ano passado, o Android era utilizado em 80% dos aparelhos do mundo, seguido pelo iOS com 14% dos smartphones.
Acompanhando estes números está o aumento de malwares para o sistema do Google. Segundo o relatório da F-Secure no primeiro trimestre de 2013, 91,3% dos vírus encontrados para os aparelhos celulares estavam concentrados no Android – mostrando que o discurso de Sundar está coerente com a realidade do mercado.
No entanto, a declaração do representante do Google não oferece muito otimismo quanto a segurança de aparelhos com Android. Por um lado, o sistema operacional é um dos mais procurados pelos desenvolvedores – mas essa abertura pode custar a segurança dos usuários, que muitas vezes estão expostos a aplicativos maliciosos. No fim das contas, fica a grande pergunta: até que ponto convém trocar a liberdade pelos riscos neste mundo cercado pelos smartphones?
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