Com o Xperia Z Ultra, a Sony mostra que não tem medo de desbravar novos mercados, fazendo sua estreia no segmento dos phablets. Apresentando uma tela de 6,4 polegadas com resolução Full HD, o dispositivo conta com um poderoso processador Snapdragon 800 que o torna apto a competir no mesmo nível com rivais como o Galaxy Note 3, da Samsung.
Tivemos a oportunidade de passar alguns dias com o novo aparelho e, neste artigo, trazemos uma análise completa de tudo o que ele tem a oferecer. Confira nossas impressões e, após a leitura, não se esqueça de registrar sua opinião sobre o dispositivo em nossa seção de comentários.
Especificações
Aprovado
Design de construção
Apresentando as linhas retas características dos produtos fabricados pela Sony, o Xperia Z Ultra se mostra um aparelho bastante atraente. O 0,6 centímetro de espessura do dispositivo surpreende e, combinado com a tela de 6,4 polegadas adotada pela fabricante e a cor preta, passa a impressão de que estamos lidando com uma barra de chocolate.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Ciente da maneira como os consumidores lidam com smartphones, a empresa adotou um posicionamento central para o controlador de volume e para o botão responsável por ligar o aparelho. Isso se mostrou uma decisão bastante certeira, ao permitir o uso de somente uma mão para lidar com alguns controles comuns do aparelho.
A tela do Xperia Z Ultra merece um parágrafo à parte, devido à alta qualidade de imagens que ela apresenta. O tamanho do display, combinado ao suporte à resolução 1080p, torna o phablet ideal para navegar pela internet, assistir a vídeos ou reproduzir games. Graças à tecnologia Triluminous, o aparelho exibe cores de maneira bastante viva e com um nível de contraste muito competente.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Em geral, o que mais chama a atenção no dispositivo é sua discrição. Apesar de exibir alguns logotipos em sua parte frontal e traseira, o aparelho faz isso de forma pouco chamativa, o que, somado a seu design, contribui para que ele tenha um ar de sofisticação sem ter que apelar para acabamentos mirabolantes ou cores berrantes.
Desempenho impressionante
Embora já tenhamos passado dos tempos em que smartphones top de linha tinham dificuldade em lidar com alguma espécie de conteúdo, ainda assim o Xperia Z Ultra surpreende por sua fluidez. Graças ao processador Snapdragon 800, não há qualquer espécie de lentidão na hora de navegar pelas telas do aparelho, que se mostra capaz de lidar com qualquer aplicativo sem dificuldades.
Comparação entre o Z Ultra e o iPad Mini (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Seja na realização de tarefas cotidianas, como navegar pela internet ou escrever textos, ou durante trabalhos mais pesados, o dispositivo em nenhum momento apresentou dificuldades ou chegou a travar. Até mesmo games reconhecidamente pesados, como Dead Trigger, puderam ser aproveitados em suas configurações mais pesadas sem que o dispositivo da Sony sofresse para isso.
O único contraponto sentido durante a avaliação do dispositivo é o fato de que ele tende a aquecer de maneira notável quando exigimos muito de seu hardware durante um tempo considerável. Felizmente, a temperatura não chega a atingir níveis preocupantes e basta deixar o dispositivo repousando durante alguns minutos para que ele volte ao normal.
Não tem uma stylus? Isso não é problema
Embora conte com suporte a canetas stylus, o Xperia Z Ultra não traz um item do tipo em sua embalagem — algo que está longe de ser um problema. Confiante na durabilidade de sua tela, a Sony permite que você use praticamente qualquer caneta ou lápis comum como meio de interagir com os aplicativos instalados no phablet.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Mesmo que essa ideia pareça estranha em um primeiro momento, não demora até você se acostumar com o fato de que o vidro frontal usado pela Sony é realmente resistente e que não há chances de que o uso de objetos convencionais vá riscar a tela do dispositivo. Vale notar que, na prática, não é preciso necessariamente usar uma caneta ou lápis para lidar com o aparelho, pois basta usar qualquer objeto com ponta fina (de preferência feito de metal).
Durante o período em que estivemos com o aparelho em mãos, usamos objetos que vão de lápis e canetas até garfos, conectores de fones de ouvido, pendrives e até mesmo o iPhone 5S como forma de escrever na tela do dispositivo. Em todos os casos, só detectamos alguns problemas na hora de usar objetos de plástico, que tiveram dificuldades em ser detectados pelo aparelho.
TV digital integrada
Embora o suporte a sinais de TV digital não seja algo comum em aparelhos top de linha, essa opção marca presença na versão nacional do Xperia Z Ultra — característica que só é compartilhada com o modelo japonês do aparelho. Isso significa que, independente de o aparelho estar conectado à internet ou não, é possível utilizá-lo como uma maneira de acompanhar seus programas favoritos em qualquer lugar.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Graças à tela generosa do phablet, assistir à programação local se torna algo prazeroso, e a experiência substitui bem aquela proporcionada por uma televisão grande em momentos nos quais a portabilidade é essencial. No entanto, vale notar que dispor de um bom fone de ouvido é essencial para aproveitar a experiência, tanto por questões de educação quanto pelo fato de as saídas de som do gadget não serem muito potentes.
Aparelho resistente à água
Além de ser bastante resistente a quedas e outros tipos de impacto, o Xperia Z Ultra chama a atenção por resistir à água sem qualquer problema (contanto que suas entradas laterais estejam protegidas). Durante nossa análise, o aparelho se mostrou capaz de continuar funcionando sem problemas após ficar submerso durante vários minutos.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Embora não seja possível interagir com a tela do aparelho nos momentos em que ele está debaixo d’água, essa resistência se mostra interessante para quem quer utilizá-lo como forma de gravar vídeos em uma piscina (ou não quer largar o phablet nem durante um banho). Segundo a fabricante, o aparelho pode ficar submerso por até 30 minutos sem que haja prejuízo a seus componentes internos.
No entanto, não dá para negar que a função serve mais como curiosidade do que como algo que você vai utilizar durante seu cotidiano. Na prática, essa característica serve como uma proteção adicional a acidentes, evitando que seu aparelho quebre após ter sido derrubado acidentalmente em uma poça ou após uma chuva torrencial.
Bateria competente
Para testar a efetividade da bateria do Xperia Z Ultra, realizamos um teste simples. Após nos certificarmos de que o aparelho estava 100% carregado, ajustamos o brilho de sua tela para 50% de sua capacidade máxima e o reiniciamos. Em seguida, acionamos sua conectividade WiFi e reproduzimos o mesmo vídeo do YouTube em sequência até que o dispositivo desligasse automaticamente.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Sob essas condições, foi necessário esperar 6 horas e 15 minutos (das 7 prometidas pela fabricante) até que a bateria do gadget se esgotasse e fosse necessário conectá-lo a uma tomada. Embora a marca não seja exatamente extraordinária, esse valor se mostra satisfatório para um produto com as características desenvolvidas pela Sony.
Na prática, o aparelho aguenta muito bem um dia de uso intenso antes que seja necessário carregar sua bateria interna. Caso você não costume utilizar redes WiFi e mantenha conexões 3G e 4G desligadas, é possível chegar à noite com aproximadamente 70% da bateria disponível para uso.
Reprovado
Câmera fotográfica que se atém ao básico
Caso você considere a câmera fotográfica de um aparelho algo essencial para decidir por sua compra, há grandes chances de que você se decepcione com o Xperia Z Ultra. Embora o dispositivo não chegue a desapontar nesse sentido, o fato de ele se ater somente a funções básicas o torna menos atrativo nesse quesito do que a linha Note da Samsung ou até mesmo que o Xperia Z1.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Entre os pontos que merecem críticas está a ausência de qualquer espécie de flash, o que praticamente elimina a possibilidade de registrar imagens em ambientes escuros. Além disso, o software de câmera se mostra bastante limitado, oferecendo somente algumas funções básicas, como o acesso ao modo HDR e a alguns efeitos especiais que servem mais como curiosidade do que como opções realmente úteis.
O zoom digital do Xperia Z Ultra não é uma de suas qualidades (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Problemas de transporte
As características híbridas do Xperia Z Ultra fazem com que o aparelho sofra um problema que não é visto nem em smartphones nem em tablets. Enquanto os primeiros podem ser transportados sem problema dentro do bolso, os segundos normalmente costumam ficar dentro de mochilas ou maletas na hora de levá-los de um lugar para outro — já com o aparelho da Sony, nenhum dos métodos se mostra exatamente o mais apropriado.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Ao mesmo tempo em que o gadget se mostra grande demais para ser levado confortavelmente dentro de um bolso (mesmo que seja o de um paletó ou o de uma jaqueta), deixá-lo dentro de uma mochila gera certa insegurança — afinal, uma ligação pode chegar a qualquer momento.
Assim, caso você opte por usar o aparelho tanto como smartphone quanto como tablet, será preciso fazer alguns malabarismos para levá-lo de um lado para outro. Embora isso não chegue a incomodar muito, essa característica híbrida acaba fazendo com que o dispositivo perca um pouco a conveniência apresentada por aparelhos especializados nesse sentido.
Vale a pena?
Apresentando uma tela impressionante e um hardware poderoso, o Sony Xperia Z Ultra é um dos melhores phablets disponíveis atualmente no mercado. Além de poder lidar com qualquer aplicativo sem nenhum problema, o dispositivo se destaca pela sua resistência e pela possibilidade de usar praticamente qualquer objeto como substituto a uma caneta Stylus.
iPad Mini, Xperia Z Ultra, Galaxy Note e iPhone (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O aparelho não decepcionou em nenhum dos testes realizados, se mostrando uma opção excelente especialmente para quem deseja acessar conteúdos multimídia. Seja na hora de assistir a filmes ou jogar games, o display avantajado do gadget fornece uma experiência bastante agradável — e não prejudica em nada o fato de ele contar um receptor de TV digital integrado.
No entanto, vale notar que a principal característica do produto (sua tela avantajada) pode se tornar um inconveniente, especialmente para quem tem o costume de carregar o celular dentro do bolso. No entanto, esse pequeno problema em nada tira o brilho do Xperia Z Ultra, que representa uma bela estreia para a Sony no mercado de phablets.
O Xperia Z Ultra utilizado durante a análise foi cedido pela assessoria da Sony Mobile