A venda de livros físicos pela Amazon no Brasil, iniciada na última quinta-feira (21), pode desencadear uma verdadeira guerra no comércio nacional de livros. Segundo o site PublishNews, grupos do setor editorial não descartam pedir o congelamento dos preços para evitar que a mais nova concorrente receba muito destaque por conta de descontos e promoções.
Uma reunião entre CBL (Câmara Brasileira do Livro), Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Libre (Liga Brasileira de Editoras) e ANL (Associação Nacional de Livrarias) teria acontecido na semana passada, durante a Bienal do Livro de São Paulo, para analisar a situação e buscar um consenso.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma carta será produzida e entregue aos candidatos à Presidência do país contendo propostas de regulamentação do mercado. Elas incluiriam incentivo a pequenos e médios editores e publicadores, melhorias na distribuição de produtos e a tão polêmica medida para fixar preços — algo que ainda não é unânime nem mesmo entre os tais órgãos, mas é defendido por uma boa parcela.
Essa medida impediria descontos, especialmente em lançamentos, e fixaria um preço por tempo limitado para obras. Ainda assim, ela talvez não vire uma realidade, já que nem foi formalizada porque não são todas as entidades que concordam com a proposta.
A França já adota essa fórmula e outros países criticam duramente a Amazon por conta da prática "predatória" de descontos considerados abusivos ou muito abaixo da taxa de mercado e frete grátis, entre outros exemplos.
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