Com a popularização dos assistentes virtuais inteligentes, a tecnologia que gira em torno desse serviço avança a cada dia. Seja a Cortana, da Microsoft, a Siri, da Apple, ou qualquer outra versão, a ideia é não apenas ter os assistentes em smartphones e tablets, mas implantá-los em carros, lojas, escritórios e residências, com o objetivo de facilitar a vida do ser humano cada vez mais.
Desta vez, é a Amazon que tem a intenção de ensinar umas coisinhas a mais para o seu serviço de assistente virtual, conhecido como Alexa. A ideia é fazer com que Alexa não apenas entenda os comandos dirigidos a ela, mas também perceba a irritação em sua voz e, nesses casos, até se desculpe por não ter feito algo como deveria.
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Captando as entrelinhas
Alexa é a voz e a inteligência artificial que vive dentro do Amazon Echo, o dispositivo doméstico controlado por voz criado pela gigante do varejo norte-americana. As melhorias feitas no recurso devem permitir, além de uma compreensão maior dos comandos, um entendimento de traços de personalidade e da emoção em quem fala. Fontes ligadas ao desenvolvimento do Amazon Echo indicam que a companhia tem se esforçado para se manter à frente dos concorrentes nessa categoria de assistente virtual.
As melhorias feitas no recurso devem permitir, além de uma compreensão maior dos comandos, um entendimento de traços de personalidade e da emoção em quem fala
O sucesso surpreendente do Amazon Echo, lançado em 2014 pela empresa sem muito alarde, obviamente chamou atenção dos concorrentes, especialmente da Google, que recentemente anunciou um novo eletrodoméstico parecido com o Echo, chamado Google Home. Na rabeira desse avanço tecnológico vem a Apple, com todos os rumores de que a companhia deve abrir o código da Siri para desenvolvedores criarem mais funções em cima da assistente já famosa pela presença em iPhones e outros dispositivos afins da marca.
Um passo à frente
O Amazon Echo se diferencia nessa categoria de seus concorrentes mais antigos, Cortana e Siri, por apresentar um dispositivo com apenas três comandos físicos: o liga/desliga do aparelho, um botão para emudecer o microfone e um controle de volume. O resto é completamente realizado através da “conversa” com a Alexa. Já a Siri, por exemplo, ainda é um serviço complementar, frequentemente utilizado para fazer ligações e recuperar informações pessoais como agenda, alarmes etc.
Com esse desenvolvimento, a Alexa vai conseguir manter conversas mais complexas com maior qualidade
O avanço que os pesquisadores da Amazon pretendem atingir com a Alexa tem como objetivo diferenciar tons de voz, emoções e implicações, aplicando técnicas de probabilidades para ajudar na interpretação de comandos ambíguos. Com esse desenvolvimento, a Alexa vai conseguir manter conversas mais complexas com maior qualidade, sempre se lembrando do que a pessoa disse anteriormente e usando esse conhecimento em interações posteriores.
Segundo os pesquisadores, entender sinais emocionais pode deixar as máquinas muito mais inteligentes, porém, até então, essa tecnologia ainda não foi incorporada em nenhum tipo de dispositivo ao alcance do consumidor, mas tudo indica que a Amazon pode ser a pioneira nessa categoria.
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