Automação e profissionais digitais: apoio ou oposição?

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Para quem está fora do meio digital, a palavra “automação” pode soar um pouco assustadora. Ela traz a ideia de substituição do humano pela máquina, e não é difícil imaginar cenas futuristas sombrias em que as pessoas não têm mais seus empregos. A cultura popular inseriu esses pensamentos em muitos de nós.

A verdade é que as coisas não são bem assim, mesmo em áreas que já atuam ativamente com a tecnologia. No Marketing Digital, por exemplo, a automação não só é inofensiva nesse sentido, como também é importante para o próprio trabalho dos profissionais envolvidos.

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Análise de dados

Desde o início da publicidade digital foi preciso lidar com quantidades enormes de dados, pois são a matéria-prima do que fazemos. Conforme o tempo passou e o online se tornou cada vez mais essencial para a população, os dados também cresceram a ponto que são humanamente impossíveis de serem analisados sem ajuda.

São bilhões, trilhões de informações reunidas a partir do rastro digital que cada usuário deixa durante suas jornadas online: visitas a sites, comportamento em anúncios, compras, desistências e muito mais. Com tudo isso, é possível estabelecer estratégias para personalizar e atender às necessidades de cada grupo de consumidores.

Ajuda ou atrapalha?

É aí que está o segredo: a estratégia. Isso só pode ser feito efetivamente pelas pessoas certas. A automação existe para disponibilizar o material de forma acessível para esses profissionais.

Atividades mais simples já são automatizadas há anos, praticamente desde que o marketing digital começou a crescer e se tornar essencial para os negócios. Agora, só precisamos nos preparar para situações mais complexas.

O poder computacional está se tornando maior para comportar a enorme quantidade de dados. Ao mesmo tempo, os algoritmos estão se tornando mais sofisticados para identificar informações mais específicas e atuar nelas. Por exemplo, temos o Machine Learning, isto é, solução por meio da qual o sistema se encarrega de aprender sozinho e aprimorar as próprias ações. É um caminho sem volta — e tudo bem.

As ferramentas utilizadas pelos profissionais digitais estão se fortalecendo e apresentando novas possibilidades. Não há nenhuma razão para fugir. De maneira resumida, a ideia é que a automação atue na parte operacional e de organização dos dados, sugerindo caminhos, mas deixando o ser humano com funções mais estratégicas.

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André Palis, colunista do TecMundo, trabalhava na Google antes de sair para empreender. Fundou a Raccoon em 2013, em São Carlos, importante polo de tecnologia do Estado, e em 8 anos de empresa adquiriu a carteira de grandes players do mercado, como Vivara, Natura, Leroy Merlin e Centauro. Em 2013, notou um gap no mercado digital, pediu demissão na Google e, ao lado de Marco Túlio Kehdi, fundou a Raccoon, uma agência full service que atua como parceira estratégica em toda a cadeia digital.

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