A Apple divulgou ontem (29) o relatório financeiro do último trimestre de 2018, o primeiro do ano fiscal de 2019, que acabou em 29 de dezembro. E alguns números não são dos melhores para a empresa de Cupertino, que viu a receita do período fechar em US$ 84,3 bilhões, 5% a menos na comparação com o último trimestre de 2017, e a venda de iPhones cair 15% na variação ano a ano.
As más notícias, porém, ficam por aí, pois a receita da Maçã vinda de todos os demais produtos e serviços foi bem positiva. A arrecadação com serviços, por exemplo, bateu recorde e fechou em US$ 10,9 bilhões, aumento de 19% na comparação com o período entre outubro e dezembro de 2017.
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Os setores de Mac e Vestíveis (como Apple Watch) e Casa e Acessórios (como Apple TV e HomePod) cresceram 9% e 33%, respectivamente. A receita com o iPad também aumentou e terminou dezembro 17% acima do registrado no mesmo trimestre do ano anterior.
“Embora seja decepcionante perder a nossa orientação de receita, procuramos administrar a Apple a longo prazo, e os resultados deste trimestre demonstram que a força subjacente de nosso negócio segue profunda e abrangente”, comentou o presidente da Maçã Tim Cook.
Em entrevista a Reuters, Tim Cook defendeu que as vendas do iPhone foram piores em mercados onde o preço do smartphone aumentou graças a questões econômicas locais. Para tentar evitar um problema maior nos próximos relatórios financeiros, a Apple anunciou a redução do preço do dispositivo em alguns países — mas não revelou quanto, quando nem onde.
1,4 bilhão de usuários ativos
Se alguns resultados ficaram abaixo do que se esperava, isso não é motivo de preocupação para a Apple — ao menos é o que transparece a declaração do seu principal executivo. Tim Cook revelou que a empresa tem, atualmente, uma base de 1,4 bilhão de usuários ativos e a sua presença aumentou em todas as regiões geográficas nas quais ela está presente.
“Essa é uma grande prova da satisfação e lealdade de nossos clientes e está levando o nosso negócio de Serviços a um novo recorde graças ao nosso ecossistema amplo e de rápido crescimento”, celebrou Cook.
Para o próximo trimestre
Para o segundo trimestre fiscal de 2019 (entre janeiro e março), a Apple tem como orientação de receita a seguinte previsão:
- Receita entre US$ 55 bilhões e US$ 59 bilhões;
- Margem bruta entre 37% e 38%;
- Gastos operacionais entre US$ 8,5 bilhões e US$ 8,6 bilhões;
- Outras rendas/despesas de US$ 300 milhões;
- Taxa de impostos de aproximadamente 17%.
Aos seus acionistas, a Apple anunciou que pagará US$ 0,73 por ação no próximo dia 14.
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