Enquanto o Spotify ensaia sua abertura de capital – algo que, espera-se, deve acontecer muito em breve –, certas empresas andam sondando o negócio para fazer uma aquisição rápida. De quem estamos falando? Claro que da Tencent. Supostamente, a gigante chinesa teria feito uma proposta para abocanhar o serviço de streaming no início deste ano.
As informações vêm de uma fonte anônima do TechCrunch que, apesar de não saber o valor da oferta, afirma que a oferta foi devidamente negada pela empresa sueca. O problema não deve ter sido dinheiro, já que não é como se a Tencent não pudesse oferecer uma bolada pela plataforma. Afinal, a companhia faz esses tipos de compras regularmente, seja para reforçar sua presença na China ou para expandir sua influência pelo restante do globo.
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Duas das grandes aquisições internacionais mais marcantes da empresa foram a compra majoritária da Riot Games (criadora de League of Legends) e a aquisição da Supercell (dona de sucessos como Clash of Clans, Hay Day e Clash Royale). A Tencent, porém, não fica só nos games. Em sua terra natal, por exemplo, a marca domina o setor dos mensageiros instantâneos com o WeChat.
A empresa pode ter confiado no próprio taco
Além disso, a companhia tem a supremacia do mercado chinês de áudio via streaming com o QQ Music e o KuGou. Somados, ambos atendem um público de 600 milhões de pessoas, um número que deixa muito para trás a recém-conquistada marca dos 140 milhões de usuários do Spotify. Com isso, é possível que o Spotify tenha deixado escapar a oportunidade de entrar em um mercado gigante e extremamente lucrativo. Por outro lado, ao recusar a oferta, a empresa confiou no próprio taco e garantiu que continue tendo liberdade e autonomia no negócio.
Agora é aguardar...
Se essa decisão foi acertada? Só o tempo dirá. Apesar do prejuízo de US$ 568 milhões em 2016, o Spotify pode estar confiando que os novos contratos com as gravadoras e o vindouro IPO serão a solução de todos os seus problemas. Ainda assim, resta torcer que seu caminho não seja similar ao da Snap, que preferiu jogar a oferta do Facebook para escanteio e agora vê suas ações em uma situação não muito agradável.
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