Depois das últimas informações que surgiram sobre as especificações da série de placas gráficas AMD Radeon HD7000, diversas notícias sobre as memórias XDR2 começaram a aparecer. Apesar de a fabricante (AMD) não ter confirmado nada, muitos portais vêm sugerindo que as empresas — tanto AMD quanto NVIDIA — pretendem usar o padrão XDR, memórias proprietárias da Rambus, nas futuras gerações de placas gráficas.
(Fonte da imagem: Divulgação/AMD)
Para alguns, esse tipo de memória ainda é desconhecido. Para outros, não passa de passado. Acontece que esse padrão de memória não foi extinto. Aliás, está muito vivo e as mais recentes novidades devem colocá-lo no páreo novamente. Assim, considerando os boatos, decidimos elaborar este artigo para esclarecer sobre os benefícios que veremos em breve, bem como quais características diferem esse tipo de memória do atual GDDR5.
O que difere a XDR da DDR?
Em suma, tanto a memória XDR como a DDR são do tipo DRAM, ou seja, memórias de acesso aleatório dinâmico. No entanto, existe uma pequena diferença: as memórias DDR utilizam um sistema de sincronia para aumentar a eficiência na comunicação com o BUS — aspecto que as encaixa no padrão SDRAM, algo inexistente nas memórias XDR.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Ambas são voláteis (perdem os dados quando não recebem energia) e de alta densidade — isso quer dizer que elas podem armazenar grande quantidade de dados. Quanto ao aspecto visual, há distinções claras. A quantidade de contatos, transistores e demais componentes é bem diferente. Isso implica na impossibilidade de usar memórias XDR em dispositivos compatíveis com o padrão DDR e vice-versa.
O funcionamento interno também não tem nada de semelhante. Isso resulta em diferenças nas especificações finais, o que, no entanto, não afeta em grande escala o desempenho (apesar de ficar claro que geralmente as XDR alcançam melhores resultados). Basicamente, o padrão XDR surgiu para concorrer com a segunda geração de memórias DDR.
Esquema de funcionamento da XDR (Fonte da imagem: Divulgação/Rambus)
Assim, podemos chegar a algumas conclusões. As memórias XDR têm latências menores que as DDR2, utilizam voltagens mais baixas (0,3 V a menos), operam em altas frequências e se comunicam com os demais componentes de forma diferente. Ocorre, no entanto, que somente as memórias DDR podem ser usadas em computadores, visto que não há placas-mãe compatíveis com o padrão XDR.
XDR2: a mais rápida
Que as memórias XDR apresentam bons resultados, ninguém discute, afinal, elas já provaram eficiência no console PlayStation 3. Todavia, o que muitos duvidam é da afirmação que a Rambus vem fazendo: a XDR2 é superior à DDR3 e, consequentemente, mais veloz que a GDDR5.
(Fonte da imagem: Divulgação/Rambus)
Segundo as informações divulgadas pela Rambus, a XDR2 tem taxa de dados variável entre 6,4 e 12,8 Gbps, enquanto o padrão GDDR5 consegue resultados entre 4 e 6 Gbps. Além disso, a largura de banda das memórias XDR2 é superior, com valores que ficam entre 25,6 e 51,2 GB/s. Já nas memórias GDDR5, a largura de banda varia entre 16 e 24 GB/s.
Como se não bastasse, a fabricante informa que a XDR2 terá densidade maior. Enquanto as placas com memória GDDR5 podem contar apenas com chips de até 2 GB, os dispositivos com XDR2 terão a possibilidade de usar módulos de até 4 GB.
Outras características que demonstram a superioridade do padrão XDR2 são a quantidade de pinos (as memórias GDDR5 usam 170, enquanto que os módulos da segunda geração da XDR contam com apenas 124), o tipo de sinal (que nas XDR2 é completamente diferencial, o que garante que os dados sejam aproveitados de diversas maneiras) e a tensão necessária para funcionamento (memórias XDR2 usam 30% menos energia).
(Fonte da imagem: Divulgação/Rambus)
Tais especificações garantem maior desempenho, menos espaço ocupado, temperaturas mais baixas e maior economia de energia. Desse modo, fica fácil entender por que as memórias XDR2 estarão presentes nas futuras placas gráficas (ao menos nos modelos mais potentes).
Apenas o começo da batalha
Apesar de a Rambus estar contando vantagem com o padrão XDR2, as fabricantes que trabalham com memórias DDR não estão tão preocupadas. Primeiro porque as memórias XDR2 não serão instaladas em todas as placas gráficas, ou seja, mesmo que haja perda de mercado, o padrão GDDR5 continuará sendo usado.
(Fonte da imagem: Divulgação/Rambus)
Além disso, é importante lembrar que as memórias XDR2 estão entrando para superar um padrão antigo. O GDDR5 deve ser abandonado em breve, pois as memórias DDR4 já estão em testes, o que consequentemente resultará na produção de novos módulos de memórias gráficas do tipo DDR — que provavelmente serão memórias GDDR6.
Não há nada de concreto, mas é esperado que a próxima geração de placas de vídeo (Radeon HD7000 e GTX600) venha com memórias XDR2 e GDDR5. Talvez com o lançamento das memórias DDR4 (e consequentemente das GDDR6), a geração futura fique dividida entre o padrão GDDR6 e o XDR2.
(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)
Enfim, qualquer ganho em desempenho nas placas gráficas será um benefício para todos os consumidores. Afinal, seja com XDR2 ou GDDR5, o importante é ter competição e evolução no ramo, assim sempre teremos diversas opções de alta tecnologia. Você não concorda? Deixe seu comentário!
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