(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
De acordo com o geneticista George Church, é perfeitamente possível, em teoria, recriar hoje um homem de Neandertal — a famosa subespécie extinta do Homo sapiens que teria habitado diversas regiões da Europa há cerca de 300 mil anos. O processo para clonar um Neandertal, entretanto, bem poderia servir de base para um argumento cinematográfico.
Basicamente, para que o código genético da subespécie fosse reconstruído, seria necessário que uma mulher servisse — por mais de uma vez — como “barriga de aluguel”, conforme disse Church em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel. A ideia seria aplicar o DNA Neandertal a células-tronco humanas várias vezes, a fim de se aproximar do código original.
“Se nós fizermos isso um número suficiente de vezes, então nós acabaremos por gerar uma linha de células-tronco que poderia se tornar cada vez mais próxima da sequência correspondente ao Neandertal”, disse Church. “Nós desenvolvemos o processo semiautomatizado para fazer isso no meu laboratório.” Ao final, todos os “pedaços” obtidos como resultado seriam introduzidos em uma célula-tronco humana, “o que permitiria a criação de um clone Neandertal”.
Por enquanto, só em Hollywood
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
O desfecho da experiência, entretanto, não deve ocorrer em um futuro assim tão próximo. Afinal, a própria clonagem ainda é um assunto controverso — e, é claro, utilizar uma “barriga de aluguel” para um homem de Neandertal vai muito além do que a ética atual poderia considerar como razoável.
Church, porém, defende que a recriação da subespécie seria incrivelmente benéfica para a compreensão de questões relativas à diversidade atual. Isso porque, presumivelmente, um Neandertal teria um padrão de pensamento diferente do dos humanos — oferecendo, dessa forma, um “boost” evolucionário para a “nossa espécie”.
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