(Fonte da imagem: Thinkstock)
De acordo com o pessoal da Discover Magazine, os produtores de tomate estão sacrificando o sabor do fruto em nome da estética. Quem já teve o privilégio de provar um tomate que cresceu naturalmente deve ter percebido a diferença no sabor em relação aos que são vendidos nos mercados, que são vermelhos e brilhantes mas com gosto insosso.
Conforme explicou Ann Powell, da Universidade da Califórnia, ao selecionar tomates maduros que, além de belos, também apresentam formatos e cores mais uniformes, os produtores estão, na verdade, selecionando frutas que sofreram uma mutação genética que os deixa mais atraentes, mas que também afeta o seu sabor.
Tomates mutantes
Segundo a pesquisadora, os tomates não industrializados, ou seja, os que são plantados no fundo do quintal e não são tão perfeitos quanto os que vemos nos mercados, costumam apresentar um processo de amadurecimento no qual as suas cores são bem menos uniformes. Na verdade, eles possuem um tom de verde mais escuro próximo ao talo e são mais claros na parte inferior.
Por outro lado, os tomates mutantes apresentam uma coloração verde clara bastante uniforme, e a mutação genética que sofreram faz com que a sua produção de clorofila seja prejudicada. E é durante a fotossíntese que as frutas convertem o dióxido de carbono e água em oxigênio e açúcar, tornando os tomates saborosos.
A boa notícia é que a pesquisadora identificou o grupo de genes que sofreu a mutação, conseguindo, em parte, contornar o problema do sabor. Powell “transplantou” um gene sadio nos tomates mutantes, além de melhorar os níveis de licopeno, a substância que deixa os frutos vermelhos. Com essa pequena correção, a pesquisadora espera solucionar o problema da produção de tomates para que eles sejam atraentes e saborosos ao mesmo tempo, em larga escala.
Fontes: Universidade da Califórnia e Discover Magazine
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