Depois de muita expectativa e de especulações, o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) anunciou aquilo que pode ser a chamada “partícula de Deus”, o Bóson de Higgs. A descoberta foi apresentada à comunidade científica na manhã desta quarta-feira em Genebra, na Suíça.
A novidade foi revelada por pesquisadores das equipes CMS e ATLAS após realizarem testes no acelerador de partículas, revelando o possível bóson de massa entre 125 e 126 GeV — Gigaelétron-Volt, unidade de medida utilizada por elementos subatômicos e que equivale a um próton. Por décadas, cientistas tentavam encontrar a unidade elementar da Física teórica moderna.
No entanto, ainda não há a certeza de que estamos diante da chamada partícula de Deus. Isso porque ainda é preciso analisar e comparar a novidade para que tenhamos uma confirmação definitiva. No entanto, os dois grupos deram 5 sigmas de confiabilidade ao resultado, o que significa que as chances de não estarmos diante de algo inédito sejam de uma em 1 milhão.
Mas, mesmo assim, os pesquisadores não se sentem confortáveis o suficiente para chamar a descoberta de Bóson de Higgs. Ainda que ele se comporte como tal, será preciso mais uma série de testes, cálculos e pesquisas para que cheguemos a uma conclusão definitiva. De acordo com o diretor do Cern, Rolf Heuer, trata-se do início de uma longa jornada na investigação das propriedades dessa partícula.
Ao fim da apresentação, os cientistas chamaram ninguém menos do que o criador do conceito, o físico inglês Peter Higgs, que postulou a existência de uma partícula elementar em 1964. Emocionado, Higgs disse em seu discurso que está muito feliz de ainda estar vivo quando sua teoria está prestes a ser comprovada.
Fonte: The Verge, Gizmodo, ArsTechnica