Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta chegou ao catálogo da Netflix na última quarta-feira (03). Com direção da comediante Amy Poehler (Parks & Recreation; Saturday Night Live), o filme é uma adaptação do romance homônimo de Jennifer Mathieu e acompanha Vivian (Hadley Robinson), uma adolescente que sempre preferiu seguir as regras e não chamar atenção. Tudo muda com a chegada de uma nova aluna que a força a analisar o comportamento descontrolado dos colegas de escola e a faz perceber que está cansada do que vê.
O filme tem 74% de aprovação do público e 65% dos críticos, de acordo com o Rotten Tomatoes. Confira o que os jornalistas estão falando sobre a produção.
Amy Poehler com o elenco de Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta.Fonte: IMDb/Reprodução
Pete Hammond (Deadline)
Com a música estridente de Bikini Kill, uma atitude afiada e socialmente ousada e uma tentativa de retratar esses jovens como seres humanos de verdade, o filme de Poehler navega lindamente nesse mundo sem recorrer a estereótipos e tornando seus protagonistas totalmente tridimensionais. No geral, é um filme muito doce e satisfatório, dentro de um gênero no qual é difícil encontrar novos caminhos. De algum modo, Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta faz isso, e de forma memorável. Bom trabalho, Poehler.
Molly Freeman (Screen Rant)
No fim das contas, a essência de Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta está no lugar certo, e com certeza muitas meninas e mulheres se relacionam com a história da maioridade de Vivian enquanto ela não apenas abre os olhos para as injustiças do patriarcado mas também se junta à luta contra isso. Sua mensagem não é revolucionária nem totalmente original, mas os elementos de Riot Grrrl e a trilha sonora punk oferecem uma nova versão desse tipo de história. Além de sua mensagem clara, Moxie é simplesmente um filme adolescente agradável, e sem dúvida vale a pena conferir se você deseja assistir a algo novo na Netflix.
Inkoo Kang (THR)
O livro de Mathieu se passa em uma pequena cidade do Texas onde a bajulação de estrelas de futebol americano faz mais sentido. Poehler parece ter ambientado seu filme em Anytown, uma escolha que visa tornar Moxie mais universal, mas acaba tirando um pouco o significado dessa relação. O descontentamento que as meninas da Rockport High canalizam através do zine de Vivian parece genérico, rasgado de manchetes de jornais e artigos de revistas, em vez de específico para seus personagens. Mas a maior decepção de Moxie é seu clímax, que é tão desanimador que dissipa qualquer boa vontade que o filme acumulou nas 2 horas anteriores.
Eric Eisenberg (CinemaBlend)
A melhor coisa de filmes adolescentes é que eles oferecem aos jovens a oportunidade de reconhecer que não estão sozinhos enfrentando os problemas malucos que vêm com a vida — e seria maravilhoso se as pessoas assistissem a Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta e se sentissem inspiradas pelas ações dos protagonistas. Ele abriga esse potencial, mas é mais provável que se torne um filme sobre o qual você reflete com um encolher de ombros e um "É ok", conforme o pôster passa quando você circula pelo catálogo da Netflix. Seus objetivos são positivos, mas os resultados são medíocres.
Tomris Laffly (Variety)
O filme tenta, simultaneamente, questionar os padrões impossíveis impostos ao corpo feminino, sublinhar os perigos de uma cultura do silêncio, confrontar o privilégio branco e, em breves instantes, dar voz a um leque de atores diversos. Uma aluna trans, uma menina com deficiência e vários alunos de diferentes origens raciais e socioeconômicas, todos ganham seu momento de visibilidade. Porém, em meio a uma tela tão lotada, alguns personagens e fios narrativos mais envolventes são deixados de lado. Apesar desses problemas, Poehler consegue fazer algo memorável: uma tapeçaria jovem com o coração no lugar certo, sem medo de lidar com assuntos tão difíceis quanto estupro.
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