O bilionário norte-americano Bill Gates é bastante conhecido por suas doações e incentivos para fundos de pesquisa, mas outro dos fundadores da Microsoft também faz a sua parte quando o assunto é filantropia. Paul Allen anunciou na segunda-feira (8) que deve investir US$ 100 milhões (R$ 260 milhões) na criação de um instituto dedicado a investigar as células do corpo humano e criar modelos que podem ser compartilhados por pesquisadores de todo o mundo.
A ideia básica é que o Allen Institute for Cell Science faça algo próximo do estudo feito com o genoma humano, mapeando o funcionamento das numerosas células e acelerando as pesquisas relacionadas a doenças. “Células são as unidades fundamentais da vida, com cada doença que conhecemos afetando um tipo específico delas. Os cientistas aprenderam bastante sobre as 50 trilhões de células em nosso corpo nas últimas décadas, mas criar um modelo celular abrangente exige uma abordagem diferente”, explica o empresário.
“Criamos o Allen Institute for Cell Science como uma força catalizadora para integrar tecnologias e abordagens em grande escala e prover recursos de qualidade a toda a comunidade científica”, afirma Paul, que já foi diagnosticado com câncer duas vezes. “Nossa esperança é que esses esforços vão antecipar o tratamento de diferentes doenças”, comenta.
Para entender como a informação armazenada nos genes é traduzida para as células vivas – e o que dá errado quando ocorrem as doenças –, o instituto deve utilizar uma abordagem multidisciplinar e colaborativa de ciência, com o objetivo de responder essas questões levantadas. Iniciando com o projeto Allen Cell Observatory, os cientistas devem produzir uma base de dados visual e dinâmica, além de modelos animados de cada elemento das células em funcionamento, integrando informações de diferentes vertentes da ciência.
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