Lua (Fonte da imagem: WikiCommons)
Já foi constatado que a Lua possui magma em seu interior, mas o que não se sabia era a razão de não haver vulcões no nosso satélite natural, assim como acontece na Terra. Pesquisadores da ESRF (European Synchrotron Radiation Facility) podem ter chegado a uma conclusão, com a ajuda do nosso conhecido (e poderoso) raio-x.
Segundo o IO9, os estudiosos analisaram algumas rochas trazidas da missão Apollo, criando assim cópias artificiais idênticas à Lua, em uma escala microscópica. A seguir, eles derreteram estas rochas, fazendo com que as condições de pressão e temperatura (45.000 bar e 1600 graus Celsius) ficassem iguais às encontradas no núcleo do satélite.
Os pesquisadores, então, usaram um potente raio-x para analisar os resultados, determinando a densidade das rochas no manto lunar. As simulações feitas pelo computador sugerem que boa parte do magma da Lua é menos denso do que o que há ao seu redor, o que significa que deveria subir para a superfície assim como acontece no nosso planeta.
Entretanto, existe uma exceção crucial: as rochas ricas em vidro de titânio, trazidas na expedição. Elas produzem um magma líquido tão denso que não consegue chegar à superfície, portanto, que continua no interior da Lua, o que explica a falta das precipitações na superfície.
Entretanto, em um futuro muito distante, o magma pode conseguir finalmente alcançar a superfície, formando também ali um vulcão, afirmam os cientistas.
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