Talvez você não se lembre, mas já houve um tempo em que as baterias compostas por íons de lítio eram uma minoria no mercado. Quando isso acontecia, quem imperava nas prateleiras de todo o mundo eram as ligas de níquel — que apesar de seguras, deixam a desejar em questões como tamanho e leveza. Hoje, são essas últimas que ficaram abandonadas, mas pesquisadores querem mudar esse cenário.
Responsáveis pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento da BASF estão trabalhando para ampliar capacidades das baterias de níquel e já conseguiram alguns avanços bem consideráveis. Até o momento, eles afirmam que já conseguiram dobrar a capacidade de algumas baterias compostas por hidrido de níquel, fazendo com que o custo de produção também seja bem reduzido.
Os trunfos da tecnologia
Segundo o que foi publicado no Technology Review, a meta de produção da BASF é fazer com que 1 kWh das baterias de níquel seja cotado em até US$ 146. Isso significaria metade do que é gasto para a montagem de uma bateria com íons de lítio. E o grande trunfo disso tudo está nas microestruturas dos materiais de níquel usados.
Com detalhes menores do que os normais, a energia armazenada na estrutura das baterias acaba se tornando mais durável e demandando menos metal — ou seja, fica mais leve. Cada quilograma de material é capaz de prover 140 Watts-hora, mas a meta dos pesquisadores é de ampliar isso para que o sistema possa concorrer com os 230 Watts-hora conseguidos com um quilograma de lítio.
Por outro lado, as baterias de níquel são mais estáveis do que as rivais e podem ser aquecidas sem correr risco de combustão. Agora, os pesquisadores da BASF procuram formas de ampliar ainda mais as capacidades das baterias de níquel. Como já dissemos, hoje já é possível dobrar as capacidades e eles afirmam que possuem tecnologia para levar ampliar tudo em até oito vezes.
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