Apresentado no Cybernics International Forum deste ano, o exoesqueleto HAL (Hybrid Assistive Limb) vem cheio de promessas e esperança para as pessoas portadoras de algum problema motor ou muscular que impede ou dificulta a locomoção. Além disso, a “roupa” melhora algumas capacidades humanas, como a força.
Criado por professores e alunos da Universidade de Tsukuba e desenvolvido pela Cyberdyne, o traje detecta, através da pele, os impulsos elétricos enviados pelo cérebro para os músculos. Em seguida, esses impulsos são enviados para os motores presentes no traje, os quais reproduzem o movimento humano.
O funcionamento em detalhes
Qualquer movimento humano tem seu início no cérebro. Quando uma pessoa tem a intenção de se mexer, sinais nervosos são enviados do cérebro para os músculos, reproduzindo o movimento desejado. Alguns sinais podem ser detectados através da pele, e é aí que o traje da Cyberdyne entra.
Utilizando sensores que estão em contato com a pele do usuário, o HAL é capaz de captar os impulsos nervosos enviados pelo cérebro. Baseado no tipo de sinal recebido, o traje é capaz de decidir quais peças movimentar, reproduzindo assim o movimento das juntas do corpo humano.
O traje completo pesa aproximadamente 23 kg e é alimentado por uma bateria com aproximadamente três horas de autonomia.
O HAL em detalhes (Fonte da imagem: Cyberdyne)
A pesquisa e suas aplicações
Segundo o professor Yoshiyuki Sankai, responsável pelo projeto, presidente e CEO da Cyberdyne, enquanto a maioria dos países e empresas estão preocupados em armamento ou melhorias para as tecnologias já existente, o Japão concentra boa parte de seus esforços em melhorar a qualidade de vida daqueles que possuem alguma dificuldade de locomoção.
Isso, de acordo com Sankai, traz um desafio ainda maior, pois não basta construir uma máquina, é preciso entender as necessidades de cada indivíduo separadamente e desenvolver uma tecnologia que consiga atender ao maior número de pessoas possível.
Espera-se que o HAL seja aplicado em diversas áreas. Ele pode ser usado, por exemplo, para a reabilitação de paciente que sofreram algum tipo de trauma ou ainda no apoio a trabalhos pesados em fábricas. Além disso, sempre há como utilizar a tecnologia a favor do entretenimento.
Ainda não se sabe quando o HAL estará disponível no mercado nem quanto vai custar. Os testes e as demonstrações parecem promissores, mas ainda há alguns ajustes e melhorias a fazer.
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