(Fonte da imagem: The New York Times)
Um estudo realizado por Jonathan G. Koomey, professor consultor do departamento de engenharia ambiental e civil da Universidade de Stanford, mostra que o número de servidores existentes no mundo é menor do que as previsões feitas no passado. Os principais responsáveis pelos números baixos é a crise financeira de 2008 e o desenvolvimento de tecnologias como chips mais eficientes e virtualização de servidores.
A diminuição no consumo de energia contradiz uma previsão feita em 2007 feita pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Segundo o relatório produzido na época, a maior difusão de computadores e da internet através da população mundial iria fazer com que, em 2010, os bancos de dados mundiais usassem o dobro da energia que consumiam em 2005.
No estudo, feito a pedido do jornal The New York Times, Koomey descobriu que o aumento de consumo foi de somente 56% - somente nos Estados Unidos, a energia utilizada foi 36% superior aos números registrados em 2005.
Resultados surpreendentes
Embora o relatório não tenha sido capaz de calcular o impacto da recessão norte-americana no aumento da energia consumida, o resultado surpreende devido ao impacto cada vez maior que centros de dados têm na vida moderna. Além de serem responsáveis pelo processamento de mensagens de email, esses locais realizam funções importantes como o gerenciamento de compras online, transações bancários e desenvolvimento de relatórios coorporativos.
(Fonte da imagem: The New York Times)
Outro aspecto surpreendente dos resultados é que, durante o período estudado, tecnologias como a computação através da nuvem e serviços de streaming de música ganharam muita popularidade entre os usuários da internet. Esses serviços são conhecimentos pela alta demanda de dados, o que exige a construção de servidores com tamanho considerável.
Apesar da demanda crescente de energia na área de tecnologia de informação, os servidores usados por companhias como Apple, Microsoft e Google são responsáveis por somente 1,1 a 1,5% do consumo mundial de eletricidade. Nos Estados Unidos, os números ficam entre 1,7% e 2,2% da energia gasta pelo país.
Dados da Google
Durante a produção do trabalho, Koomey conseguiu entrar em contato com a Google e obteve alguns detalhes sobre os servidores usados pela companhia, conhecida pelo sigilo nessa área. Segundo um executivo não identificado, os bancos de dados usam eletricidade correspondente a somente 1% da energia gasta por servidores em escala global. Ao todo, a companhia gasta cerca de 0,01% de toda a eletricidade produzida no planeta.
Caso as estimativas divulgadas pela gigante de buscas estejam corretas, podem confirmar a percepção positiva que a indústria tem sobre a companhia. Apesar de ser conhecida pelos imensos servidores, a Google utiliza equipamentos especialmente modificados para realizar a tarefa, ao contrário da maioria dos competidores, que aposta em dispositivos comuns e que não são especializados em nenhuma tarefa específica.
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