[VÍDEO] Zombie Army 4: Dead War é excelente para jogar com os amigos
A desenvolvedora britânica Rebellion encontrou quase sem querer a fórmula de Zombie Army. Inspirados no grande sucesso de Sniper Elite v2, a desenvolvedora criou o primeiro jogo da franquia de zumbis nazistas com o nome de Sniper Elite: Zombie Army – que parecia quase uma expansão ou DLC do game original - lançado exclusivamente para PC em 28 de fevereiro de 2013.
A história se passa no final da segunda guerra mundial após a Alemanha ser derrotada, porém indignado com isso, Hitler se recusa a perder e acaba usando um artefato profano para invocar uma legião de exércitos de nazistas mortos-vivos. E recai sobre quatro heróis a tarefa de derrotar os exércitos zumbis e o Führer de uma vez por todas.
Sniper Elite: Zombie Army 2 foi lançado em outubro do mesmo ano e o terceiro jogo da franquia, Zombie Army Trilogy chegou aos consoles e PC em 2015 trazendo gráficos renovados (mas não muito) e pouca mudança no gameplay. Agora Zombie Army 4: Dead War está chegando e fica a seguinte dúvida: Vai ser mais do mesmo? Será que é divertido? Confira com a gente a análise completa do jogo!
História em um jogo de zumbis?
Um ano após derrotar Hitler e o mandar literalmente para o inferno no final da trilogia, os mortos voltaram a vagar pela Terra sem motivo aparente. Situado na Europa na década de 40, o trabalho dos heróis é descobrir quem está trazendo os nazistas de volta à “vida”.
A história não é o ponto alto do jogo, ela apenas serve como plano de fundo para que os acontecimentos do game ocorram. Se você está esperando algo na linha da série Sniper Elite, é bom saber que a experiência é muito mais voltada para a ação cooperativa, e não para a progressão.
Jogar sozinho é bem “ok”, mas o modo coop é muito divertido
Zombie Army 4 conta com dois modos de jogo diferentes, campanha e horda.
O modo campanha do game pode ser aproveitado tanto sozinho quanto em coop com até 4 jogadores no total e conta com 9 missões: Mortos à frente, Canal da Morte, Frigorífico, Zoológico Zumbi, Praia Apodrecida, Pesadelo Derretido, Todas as Estradas Levam ao Inferno, Base do Inferno e Máquina Infernal. Todas elas possuem de 3 a 4 capítulos, sendo que no final de cada um deles o jogador deve se direcionar para o abrigo, local no qual é possível reabastecer suas munições e itens. Além disso, este modo possui colecionáveis que podem ser encontrados durante as missões e o desafio Z, que garante uma experiência extra ao completar um certo requerimento da fase.
A história fica muito melhor em coop, porém, sozinho é extremamente monótono e enjoativo. Mesmo os objetivos sendo fáceis (sempre envolvendo algo como levar algo de ponto A para o ponto B e sobreviver a alguma horda), parece que o jogo não adapta muito bem a dificuldade para o modo solo, e a quantidade de zumbis que surgem é exorbitante e cansativa. Mesmo alterando a dificuldade para o fácil, não muda quase nada na jogatina.
O modo horda é desafiador e o mais legal do game. São quatro missões (por enquanto) e seus mapas são inspirados naqueles do modo campanha. Nele também é possível jogar sozinho ou em modo cooperativo de até 4 jogadores e seu objetivo é sobreviver às ondas de zumbis que vão surgindo. Você começa em um abrigo com apenas a pistola, caixotes de munição e kit médicos disponíveis no local e conforme for avançando, são enviados carregamentos com mais armas e itens de tempos em tempos.
Tentar o modo horda sozinho é quase uma missão impossível. Jogando na dificuldade média, eu consegui apenas concluir o primeiro mapa, mas com outras pessoas é aí que o jogo brilha. Com quatro jogadores, o gameplay fica extremamente divertido e caótico, mesmo quando aparece uma multidão de inimigos ou quando surgem vários monstros pesados (Carniceiro, Incendiário e Atirador Pesado) de uma só vez. Vale lembrar que após matá-los, é possível utilizar as armas deles para aumentar ainda mais a carnificina.
Novas mecânicas que melhoraram o gameplay
As armas são divididas em três categorias: rifles, armas secundárias e pistolas. Todas podem ser aprimoradas nas Bancadas do Abrigo após adquirir Kits de Aprimoramento disponíveis nas missões do modo campanha ou após subir certos níveis de posto. Agora também é possível adicionar elementos (explosivo, elétrico, incendiário e divino) às armas tanto por modificadores de itens encontrados em caixotes no game, ou por meio de upgrades.
Outra coisa legal é que cada tipo possui uma habilidade especial diferente, que pode ser usada para sair de uma situação difícil, como o Foco de Arma das armas secundárias que desacelera o tempo e permite que você atire mais vezes.
São 4 personagens jogáveis: Boris, Jun, Karl e Shola. Um dos grandes diferenciais em Dead War é que todos eles possuem características diferentes – ao contrário dos três primeiros em que isso não existia – como a Jun, que precisa de menos mortes para ativar a habilidade da pistola Detona-Miolos, corre mais rápido e gastando menos vigor, mas como ponto fraco, não é tão boa em combate corporal.
Além das habilidades especiais, o game agora possui as Vantagens, que podem ajudar bastante. Por exemplo, com a Segunda Chance, o jogador pode evitar a morte caso consiga eliminar algum zumbi com a pistola, mas ela só pode ser ativada uma vez.
Os combos são exibidos de forma mais interativa na tela, e quanto mais mortos-vivos nazistas você matar, melhor. Mas só é preciso mirar com muito cuidado, porque erros diminuem o tempo deles. No final de cada capítulo é exibido sua pontuação dividida em rankings (bronze, prata e ouro) para que o jogador possa comparar seu desempenho com o dos amigos e a experiência adquirida. Se sua pontuação estiver ruim, você pode apelar ao Altar de Invocação, que garante alguns suprimentos e uma pontuação extra.
O quarto jogo da franquia possui um sistema de postos (níveis), e ao atingir uma determinada quantidade de experiência, garante novas habilidades, mais espaços para utilizar as vantagens, acessórios para colocar em seu personagem, modificadores de itens, visuais de arma, emotes e provocações.
Ao atingir certas metas, como completar níveis ou ações específicas, você também recebe um adesivo para colocar em seu álbum e ganhar mais experiência.
O divertido é que muitos mapas possuem armadilhas para ajudar a eliminar vários zumbis de uma vez, como um dispositivo sonoro que, ao ser ativado, emite um discurso nazista que atrai vários inimigos até ele e depois explode; além disso, também tem um tubarão zumbi que pode ser usado ao seu favor! Se as armadilhas não estiverem disponíveis, você sempre pode contar com as granadas e as minas para criar uma. A granada isca atrai vários mortos-vivos para o ponto onde foi lançada, e você pode usar a incendiária para acabar com o máximo que conseguir. Em uma situação de apuro também é possível utilizar o nocaute, que abate um inimigo ou os ataques especiais, como a Explosão divina, que além de derrubar os inimigos também recupera um pouco da sua vida.
Uma mecânica antiga, mas que não deixou de ser divertida, é o Raio-X. Com ele, você pode ver quando seu disparo causa um dano crítico, arrancando os testículos de um zumbi, perfurando olhos, e até mesmo estilhaçando a bacia de mais de um morto-vivo de uma vez.
Veredito
Zombie Army 4: Dead War realmente sabe ser muito divertido no modo cooperativo, mas se torna facilmente maçante quando jogado sozinho. Seu estilo é irreverente e engraçado, e as novas mecânicas e itens são bem interessantes, trazendo um fôlego renovado para a franquia.
Vale ressaltar que o game vai receber um patch antes do lançamento e algumas coisas podem melhorar.
Zombie Army 4: Dead War foi gentilmente cedido pela Rcell para a realização desta análise.
Fontes
- Coop muito divertido
- Os novos itens e habilidades dão uma renovada no gameplay
- Sistema de recompensas bacana para dar replay
- As câmeras lentas brutais continuam divertidas
- A conexão online é boa mesmo com jogadores de ping alto
- Gráfico poderia ser melhor
- História fraca
- Dificuldade no modo solo é desnivelada
- Objetivos muito repetitivos
- Movimentação um pouco travada
Nota do Voxel