De onde vieram tantos zumbis? Esqueça, melhor sair atirando!
Um bom local para encontrar uma história de zumbis detalhada, suntentada por toda uma estrutura pseudo-científica, certamente é a série Resident Evil — particularmente, Resident Evil 5. Mas, se o seu objetivo é encontrar uma versão “pixelizada” das batalhas insanas por sobrevivência que pululam em alguns dos maiores clássicos “trash” de George Romero, então talvez Zombie Apocalypse seja o seu jogo.
Principalmente se você estiver interessado em economizar uns tostões (um bom número deles, dados os preços que alguns jogos em mídia física assumem ao atravessar a fronteira brasileira). Basicamente, pela bagatela de 800 MS Points, você vai ser arremessado para dentro de um universo tão superlotado de zumbis e derivados, que sequer dará tempo para pensar em alguma história para animar todo o caos!
Quer dizer: um meteorito com uma carga biológica misteriosa? Vazamento de alguma arma biológica sigilosa do exército? Esqueça. O tempo gasto ao tentar encontrar uma lógica para que os mortos tenham de suas tumbas (vários de uma única tumba, a bem da verdade) é mais que suficiente para que um grupo de esfomeados comedores de cérebro já tenha arrastado o seu personagem para o seu primeiro “respawn”.
Mas espere, essa não é justamente a ideia? Sem dúvida que é. O negócio em Zombie Apocalypse é simplesmente permanecer vivo até o próximo dia. Enquanto chuvas de zumbis os mais variados enchem os cenários, você simplesmente terá que atirar incessantemente (sem nenhum exagero aqui) até que o último deles tenha retornado para baixo da terra. Não, não existe sentido... mas essa insanidade regada a sangue pútrido poderá abrigar você e mais três amigos! Só é bom tomar cuidado com possíveis bolhas nos dedos.
Tão simples quanto deveria ser
A jogabilidade de Zombie Apocalypse é exatamente o que se esperaria de um jogo do gênero. Quer dizer, em menos de um minuto você já terá aprendido perfeitamente do que se trata: direcional analógico esquerdo controla o personagem; direcional analógico direito serve para atirar em qualquer direção dentro da visão isométrica do game; gatilhos trazem diferentes ataques com a motosserra.
Mas, caso você tenha jogado o lendário Robotron: 2084, esqueça. Nem mesmo aquele um minuto será necessário, já que Zombie Apocalypse nada mais é que um “Robotron encontra zumbis” — incrível como ninguém havia pensado nisso antes.
Armas!
Entretanto, alguma diferença pode aparecer quando novas armas vão aparecendo. Caso você troque a metralhadora default do jogo por, digamos, algo semelhante a um coquetel molotov, é bom ter consciência que trata-se de uma arma lenta, embora devastadora caso utilizada como projétil de área. O rifle de precisão é outro caso particular: são tiros lentos, mas que derrubam tudo o que estiver na sua linha de ação (realmente, nenhum paralelo com a realidade).
É claro que algumas armas ainda demandam utilizações bastante típicas, como a motosserra (presente em 11 de cada dez filmes “trash”). São dois ataques possíveis: um normal que serve para serrar o maio número possível de zumbis, e outro que serve para mandar definitivamente um único comedor de cérebros para o outro mundo, consistindo em mergulhar a motosserra no infeliz.
Mas, afora os clichês, existe ainda a dose de humor que não poderia faltar em algo do gênero. Uma das suas armas mais singulares em Zombie Apocalypse é um... ursinho de pelúcia. Exatamente. Trata-se da isca que pode ser jogada quando você começar a se afogar no meio dos mortos-vivos. O ursinho, inexplicavelmente (como quase tudo aqui), atrai os zumbis, dizendo coisas como “I’m stuffed with love... and C4” (eu estou cheio de amor... e C4), para em seguida explodir e aliviar um pouco as coisas no cenário.
No mais, nada que não possa ser encontrado em outros jogos de ação — ou na casa daquele seu vizinho esquisito. São lança-chamas, lançadores de granadas, escopetas, submetralhadoras, etc. Qualquer uma delas pode simplesmente despencar bem perto do seu personagem sem nenhum motivo aparente — portanto, caso você esteja jogando em grupo, o negócio é tentar pegá-las antes que o seu “mui amigo” o faça.
É claro, existem ainda as armas providenciadas pela estrutura do próprio cenário do jogo. São turbinas de aviões, trituradores de carne, compactadores de carros, etc. Utilize-os bem, e garanta alguns pontinhos extras ao final do dia.
Objetivos igualmente simples
Os desafios do jogo seguem também essa tendência visceralmente simples. Basicamente, além de tentar permanecer vivo durante durante os dias (são 55 no total), você terá apenas que, eventualmente, ajudar um helicóptero a resgatar vítimas dos locais, dando cobertura. No mais, é atirar, cortar, atirar, correr, atirar e... bem, você entendeu.
É claro, a forma mais divertida de se fazer isso certamente é jogando em grupo. Seja local ou onilne, Zombie Apocalypse suporta até 4 jogadores simultaneamente em um cenário. Aí a coisa realmente ganha outra conotação; o trabalho em equipe deixa as coisas mais variadas, interessantes e — como não poderia ser diferente — divertidas. Ao final de cada “dia” (que representam as fases aqui), serão exibidas as estatísticas por jogador, mostrando quem se saiu melhor.
Mas os seus dias dentro de Zombie Apocalypse ganham uma variedade a mais de quando em quando. São os modos especiais do jogo, que sempre acrescentam uma dimensão “interessante” ao desafios básico do jogo.
Enquanto “Blackout” traz uma escuridão quase completa que apenas é quebrada por uma pequena quantidade de luz em volta dos personagens, “Chainsaw Day” obriga você e seus malfadados amigos a atravessarem um dia inteiro utilizando apenas a motosserra.
Mortos-vivos cada vez mais... mortais!
Com o perdão do trocadilho infame, outro ponto alto de Zombie Apocalypse vem da atuação e da variedade dos seus coadjuvantes aqui: os mortos-vivos. Eles aparecem nas mais variadas formas: o zumbi clássico de Left 4 Dead, uma espécie de mistura cambaleante entre bêbado e morto-vivo, sujeitos enormes e adiposos, vovozinhas que arremessam facas (essas são terríveis!), kamikazes explosivos, vomitadores de uma gosma verde, etc.
Tudo bem, individualmente eles dificilmente trariam um grande desafio. Mas o que você me diz de 200... 300... ou mesmo do absurdo de 1.500 zumbis em uma única fase? Nesses momentos, você entende duas coisas sobre Zombie Apocalypse: é um jogo para mais um jogador, e ainda bem que existem “continues” infinitos e que o jogo é sempre salvo automaticamente. Mas, com um pouco de sorte, você despacha essa horda toda em cerca de três ou quatro horas.
Sangue e destruição!
Os visuais de Zombie Apocalypse são exatamente o que você poderia esperar em um jogo do estilo lançado nas conformidades ($$$) da XBL. Ostentando uma bela e funcional perspectiva isométrica, você terá aqui:
(a) uma superabundância de sangue e excreções físicas (algumas até radioativas);
(b)um nível de detalhamento e texturas que sem dúvida faz um bom trabalho;
(c)membros pulando aqui, explosões acontecendo ali;
Bem-vindo ao inferno, Sr. Herói Genérico
Não, realmente nada contra o fato de os personagens de Zombie Apocalypse serem destacados diretamente de alguns dos mais consagrados clichês de filmes “trash”. Afinal, todo mundo aqui já espera algo mais ou menos na linha do veterano de guerra resmungão, do sujeito que perdeu a família e agora parte em vingança e, é claro, da beldade com roupas rasgadas.
O problema é que essa diferenciação, que até é bem colocada nos trechos tragicômicos de história que se podem ler ao escolher o personagem, acaba mesmo por aí. Cada um dos personagens responde exatamente da mesma maneira aos controles, ataca exatamente do mesmo jeito, se movimenta exatamente do mesmo jeito.
A única diferença fica nas comemorações ao Final das fases que, entretanto, de tão repetitivas acabam cansando. Enfim, um pouco mais de variedade realmente não faria mal, e ainda garantiria uma longevidade maior ao título.
“Nós já não passamos por aqui?”
Com 55 dias para sobreviver e apenas sete cenários disponíveis, essa será uma pergunta bastante recorrente. Embora os cenários, de forma geral, sejam bastante estéticos e até mesmo funcionais (confira a sessão “armas” acima), visitar, revisitar e re-revisitar um mesmo cemitério ou aeroporto destruído acaba realmente cansando. Nem mesmo a variedade crescente dos zumbis consegue apagar totalmente essa impressão.
Melhor não jogar sozinho
Verdade seja dita: Zombie Apocalypse não é um jogo indicado para jogadores solo. E nós não estamos falando agora da grande diversão que é espatifar mortos-vivos na companhia de um bom amigo, mas sim do fato de que, para apenas um jogador, as coisas beiram a insanidade depois de certo ponto. Assim sendo, caso você não se considere um fac-símile do Rambo, melhor sair à cata de alguém para dividir os controles.
Vale a pena?
Escorregões aqui e ali, Zombie Apocalypse ainda é, sem dúvida, uma das melhores diversões descompromissadas que se pode adquirir através da XBL. São inimigos e mais inimigos, chuvas de balas e explosões, e uma potencial coleção de bolhas nos dedos. Enfim, tudo o que um legado genuíno de Robotron: 2084 poderia exigir.
Principalmente se você estiver interessado em economizar uns tostões (um bom número deles, dados os preços que alguns jogos em mídia física assumem ao atravessar a fronteira brasileira). Basicamente, pela bagatela de 800 MS Points, você vai ser arremessado para dentro de um universo tão superlotado de zumbis e derivados, que sequer dará tempo para pensar em alguma história para animar todo o caos!
Quer dizer: um meteorito com uma carga biológica misteriosa? Vazamento de alguma arma biológica sigilosa do exército? Esqueça. O tempo gasto ao tentar encontrar uma lógica para que os mortos tenham de suas tumbas (vários de uma única tumba, a bem da verdade) é mais que suficiente para que um grupo de esfomeados comedores de cérebro já tenha arrastado o seu personagem para o seu primeiro “respawn”.
Mas espere, essa não é justamente a ideia? Sem dúvida que é. O negócio em Zombie Apocalypse é simplesmente permanecer vivo até o próximo dia. Enquanto chuvas de zumbis os mais variados enchem os cenários, você simplesmente terá que atirar incessantemente (sem nenhum exagero aqui) até que o último deles tenha retornado para baixo da terra. Não, não existe sentido... mas essa insanidade regada a sangue pútrido poderá abrigar você e mais três amigos! Só é bom tomar cuidado com possíveis bolhas nos dedos.
Aprovado
Do que nós gostamos
Do que nós gostamos
Tão simples quanto deveria ser
A jogabilidade de Zombie Apocalypse é exatamente o que se esperaria de um jogo do gênero. Quer dizer, em menos de um minuto você já terá aprendido perfeitamente do que se trata: direcional analógico esquerdo controla o personagem; direcional analógico direito serve para atirar em qualquer direção dentro da visão isométrica do game; gatilhos trazem diferentes ataques com a motosserra.
Mas, caso você tenha jogado o lendário Robotron: 2084, esqueça. Nem mesmo aquele um minuto será necessário, já que Zombie Apocalypse nada mais é que um “Robotron encontra zumbis” — incrível como ninguém havia pensado nisso antes.
Armas!
Entretanto, alguma diferença pode aparecer quando novas armas vão aparecendo. Caso você troque a metralhadora default do jogo por, digamos, algo semelhante a um coquetel molotov, é bom ter consciência que trata-se de uma arma lenta, embora devastadora caso utilizada como projétil de área. O rifle de precisão é outro caso particular: são tiros lentos, mas que derrubam tudo o que estiver na sua linha de ação (realmente, nenhum paralelo com a realidade).
É claro que algumas armas ainda demandam utilizações bastante típicas, como a motosserra (presente em 11 de cada dez filmes “trash”). São dois ataques possíveis: um normal que serve para serrar o maio número possível de zumbis, e outro que serve para mandar definitivamente um único comedor de cérebros para o outro mundo, consistindo em mergulhar a motosserra no infeliz.
Mas, afora os clichês, existe ainda a dose de humor que não poderia faltar em algo do gênero. Uma das suas armas mais singulares em Zombie Apocalypse é um... ursinho de pelúcia. Exatamente. Trata-se da isca que pode ser jogada quando você começar a se afogar no meio dos mortos-vivos. O ursinho, inexplicavelmente (como quase tudo aqui), atrai os zumbis, dizendo coisas como “I’m stuffed with love... and C4” (eu estou cheio de amor... e C4), para em seguida explodir e aliviar um pouco as coisas no cenário.
No mais, nada que não possa ser encontrado em outros jogos de ação — ou na casa daquele seu vizinho esquisito. São lança-chamas, lançadores de granadas, escopetas, submetralhadoras, etc. Qualquer uma delas pode simplesmente despencar bem perto do seu personagem sem nenhum motivo aparente — portanto, caso você esteja jogando em grupo, o negócio é tentar pegá-las antes que o seu “mui amigo” o faça.
É claro, existem ainda as armas providenciadas pela estrutura do próprio cenário do jogo. São turbinas de aviões, trituradores de carne, compactadores de carros, etc. Utilize-os bem, e garanta alguns pontinhos extras ao final do dia.
Objetivos igualmente simples
Os desafios do jogo seguem também essa tendência visceralmente simples. Basicamente, além de tentar permanecer vivo durante durante os dias (são 55 no total), você terá apenas que, eventualmente, ajudar um helicóptero a resgatar vítimas dos locais, dando cobertura. No mais, é atirar, cortar, atirar, correr, atirar e... bem, você entendeu.
É claro, a forma mais divertida de se fazer isso certamente é jogando em grupo. Seja local ou onilne, Zombie Apocalypse suporta até 4 jogadores simultaneamente em um cenário. Aí a coisa realmente ganha outra conotação; o trabalho em equipe deixa as coisas mais variadas, interessantes e — como não poderia ser diferente — divertidas. Ao final de cada “dia” (que representam as fases aqui), serão exibidas as estatísticas por jogador, mostrando quem se saiu melhor.
Mas os seus dias dentro de Zombie Apocalypse ganham uma variedade a mais de quando em quando. São os modos especiais do jogo, que sempre acrescentam uma dimensão “interessante” ao desafios básico do jogo.
Enquanto “Blackout” traz uma escuridão quase completa que apenas é quebrada por uma pequena quantidade de luz em volta dos personagens, “Chainsaw Day” obriga você e seus malfadados amigos a atravessarem um dia inteiro utilizando apenas a motosserra.
Mortos-vivos cada vez mais... mortais!
Com o perdão do trocadilho infame, outro ponto alto de Zombie Apocalypse vem da atuação e da variedade dos seus coadjuvantes aqui: os mortos-vivos. Eles aparecem nas mais variadas formas: o zumbi clássico de Left 4 Dead, uma espécie de mistura cambaleante entre bêbado e morto-vivo, sujeitos enormes e adiposos, vovozinhas que arremessam facas (essas são terríveis!), kamikazes explosivos, vomitadores de uma gosma verde, etc.
Tudo bem, individualmente eles dificilmente trariam um grande desafio. Mas o que você me diz de 200... 300... ou mesmo do absurdo de 1.500 zumbis em uma única fase? Nesses momentos, você entende duas coisas sobre Zombie Apocalypse: é um jogo para mais um jogador, e ainda bem que existem “continues” infinitos e que o jogo é sempre salvo automaticamente. Mas, com um pouco de sorte, você despacha essa horda toda em cerca de três ou quatro horas.
Sangue e destruição!
Os visuais de Zombie Apocalypse são exatamente o que você poderia esperar em um jogo do estilo lançado nas conformidades ($$$) da XBL. Ostentando uma bela e funcional perspectiva isométrica, você terá aqui:
(a) uma superabundância de sangue e excreções físicas (algumas até radioativas);
(b)um nível de detalhamento e texturas que sem dúvida faz um bom trabalho;
(c)membros pulando aqui, explosões acontecendo ali;
Reprovado
O que espantou o BJ... No mau sentido
O que espantou o BJ... No mau sentido
Bem-vindo ao inferno, Sr. Herói Genérico
Não, realmente nada contra o fato de os personagens de Zombie Apocalypse serem destacados diretamente de alguns dos mais consagrados clichês de filmes “trash”. Afinal, todo mundo aqui já espera algo mais ou menos na linha do veterano de guerra resmungão, do sujeito que perdeu a família e agora parte em vingança e, é claro, da beldade com roupas rasgadas.
O problema é que essa diferenciação, que até é bem colocada nos trechos tragicômicos de história que se podem ler ao escolher o personagem, acaba mesmo por aí. Cada um dos personagens responde exatamente da mesma maneira aos controles, ataca exatamente do mesmo jeito, se movimenta exatamente do mesmo jeito.
A única diferença fica nas comemorações ao Final das fases que, entretanto, de tão repetitivas acabam cansando. Enfim, um pouco mais de variedade realmente não faria mal, e ainda garantiria uma longevidade maior ao título.
“Nós já não passamos por aqui?”
Com 55 dias para sobreviver e apenas sete cenários disponíveis, essa será uma pergunta bastante recorrente. Embora os cenários, de forma geral, sejam bastante estéticos e até mesmo funcionais (confira a sessão “armas” acima), visitar, revisitar e re-revisitar um mesmo cemitério ou aeroporto destruído acaba realmente cansando. Nem mesmo a variedade crescente dos zumbis consegue apagar totalmente essa impressão.
Melhor não jogar sozinho
Verdade seja dita: Zombie Apocalypse não é um jogo indicado para jogadores solo. E nós não estamos falando agora da grande diversão que é espatifar mortos-vivos na companhia de um bom amigo, mas sim do fato de que, para apenas um jogador, as coisas beiram a insanidade depois de certo ponto. Assim sendo, caso você não se considere um fac-símile do Rambo, melhor sair à cata de alguém para dividir os controles.
Avaliação Final
Vale a pena?
Escorregões aqui e ali, Zombie Apocalypse ainda é, sem dúvida, uma das melhores diversões descompromissadas que se pode adquirir através da XBL. São inimigos e mais inimigos, chuvas de balas e explosões, e uma potencial coleção de bolhas nos dedos. Enfim, tudo o que um legado genuíno de Robotron: 2084 poderia exigir.
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