Terceiro episódio prova que gráficos não são a única fórmula para o sucesso
Demorou mais de um ano. Cortes foram feitos e muito se falou, mas a SEGA trouxe o terceiro grande título da série Yakuza para o ocidente. Se você nunca teve contato com a franquia (nem mesmo nos tempos do PlayStation 2), saiba que ela oferece aos jogadores muita ação, com chutes e socos, em um sistema que combina RPG à navegação livre pela cidade e lutas em tempo real.
A história continua exatamente do ponto em que o segundo game parou, isto é, com o protagonista Kazuma Kyriu tentando se desvincular de sua vida como um dos chefões do clã Dojo, atribuindo suas antigas funções a conhecidos e amigos, na tentativa de deixar a vida de crimes para trás para cuidar de sua nova motivação na vida: as crianças do orfanato.
Questões de família
O problema é que as coisas não são tão simples. O local que escolheram para fundar o orfanato se torna alvo de uma ação internacional que envolve o exército americano, os políticos japoneses e as organizações criminais locais, que estão loucas para expulsá-lo em troca de dinheiro.
Até mesmo o pai de Kazuma — que todos acreditavam estar morto — volta com um assassinato a sangue frio, ponto de partida para a narrativa que utiliza uma série de voltas no tempo para explicar a situação de forma interessante. Essa trama abre caminho para que você faça o que sabe melhor: correr atrás do problema e arrebentar a cara de quaisquer envolvidos.
O único problema para alguns será vencer o visual já defasado do game, mas como abordaremos a seguir, Yakuza 3 tem tudo para fazer com que esse “detalhe” não o atrapalhe em meio ao caminho.
Não deixe que os gráficos já defasados e que a falta dos diálogos durante a partida o desanimem durante um primeiro contato. Yakuza 3 é como uma mina de ouro, apenas esperando para ser descoberto. Aqueles que se dedicarem durante alguns minutos serão recompensados com uma dose máxima de diversão e com uma história repleta de mistério e traições.
Se somente a história e a jogabilidade não forem suficientes para empolgá-lo, considere o conteúdo praticamente interminável do game, que abrange missões paralelas, encontros pelos restaurantes e até mesmo jogos completos de esporte, como sinuca e golfe, que o prenderão por horas em frente à televisão.
Tudo isso é somado à visão única da cidade fictícia de Okinawa, que exibe todas as peculiaridades exageradas de seus habitantes, ao lado da constante evolução das habilidades do protagonista e de um cenário que chega a ser absurdo de tão divertido.
No fim das contas, Yakuza 3 só não sai desta análise com uma nota mais alta porque não é um pacote completo, sendo a falta de diálogos narrados ao longo das partidas e os gráficos inacabados os únicos pontos que pesam contra. Se você curte ação e uma boa narrativa não perca tempo e faça uma visita ao universo de Kazuma.
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Nota do Voxel