O ataque dos vermes malditos!
Worms é mais ou menos como Sonic: o tipo de jogo criado para representar, antes de mais nada, uma mecânica de jogo. São títulos cuja fórmula se encontra em perfeita sintonia com a jogabilidade, o que acaba gerando um efeito residual meio complicado: quando essas franquias tentam absorver as ideias de uma nova “escola” de games — o 3D, por exemplo —, acabam invariavelmente sofrendo uma queda nas vendas, já que se afastam demais da concepção original.
Em outras palavras, enquanto Sonic é associado imediatamente a fases rápidas e sem muito para se pensar, Worms, por sua vez, evoca imediatamente um clima nonsense de guerra, humor negro e destruição gratuita... Em um ambiente necessariamente 2D. A “volta para casa” de Worms Reloaded é a prova disso: em oposição direta ao estilo inaugurado em Worms 3D, a franquia revisita agora o estilo simples e viciante que deu notoriedade aos vermes beligerantes 15 anos atrás.
Mas não, não se trata apenas de um novo-velho jogo, do tipo que pega algo datado e apresenta com novos gráficos. Worms Reloaded apresenta uma evolução de acordo com o estilo original da série. Dessa forma, existem novas armas, novas modalidades de batalha, novas tiradas de humor negro. Tudo isso sem descuidar do mandamento principal de qualquer game atual com proposta simples: vários modos para batalhas online.
Além disso, você também poderá forjar o seu próprio exército de vermes, acrescentando indumentária, estilos em combate e, por fim, um nome tão despretensioso quanto aqueles das equipes incluídas de antemão no jogo — coisas como cadetes espaciais. Isso sem falar nas melhorias gerais no tratamento gráfico — com planos de fundo dinâmicos e animações inéditas —, dezenas de linhas de voz novas, etc. Vamos aos detalhes.
Depois de algum experimentalismo, Reloaded representa o retorno de Worms para as suas origens: humor nonsense, armas absurdas e terrivelmente poderosas, minhocas que seguem digladiando sem absolutamente nenhum motivo aparente. Isso sem se esquecer dos acréscimos que, no fim das contas, justificam um novo título: novas armas, nova indumentária, novas tiradas cômicas.
Enfim, trata-se de uma evolução que não altera a fórmula original, tão intimamente ligada com a franquia. O resultado é um game que tanto é capaz de arrancar elogios dos fãs de longa data quanto de arregimentar audiências mais novas para a eterna guerra entre minhocas.
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Nota do Voxel