Imagem de World of Warcraft
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World of Warcraft

Nota do Voxel
91

Mais uma obra prima da Blizzard Entertainment que revolucionou o gênero!

Se existe uma softhouse que possa ser apontada como prudente e por isso mesmo, competente, um dos primeiro nome a despontar é a Blizzard. Desde os primórdios, ainda no período do Super Nintendo, ela já era notável através de títulos como Black Thorn, Lost Vikings e Rock and Roll Racing. Após isso, jogos para PC tais como Warcraft e o estupendo Diablo e Starcraft vieram somente a consolidar a qualidade de seus games e aumentar a quantidade de fãs da empresa.

Em um mercado abarrotado de lançamentos, na maioria deles, feitos às pressas, é notável que ainda existam aqueles que primem pela qualidade em vez de superlotar as prateleiras com títulos vazios e de cunho unicamente comerciais.

World of Warcraft (WOW) é um MMORPG (Mass Multiplayer Online Role Playing Game) ou seja, um jogo para ser desfrutado unicamente na internet, online, através da interação com um vasto mundo e milhões de outros jogadores. Aproveitando o histórico de sucesso da série Warcraft, WOW continua narrando a infindável guerra que transcorre no mundo de Azeroth; dividida em duas grandes facções: a horda e a aliança.

Alguns pequenos aborrecimentos para o público brasileiro

Antes de falar sobre o jogo, convém explicar um pouco sobre o sistema de licenças de uso utilizado pela Blizzard. Ao contrário do que alguns possam pensar, o jogador não paga uma determinada quantia e passa a deter o direito de participar das partidas onlines indefinidamente, e sim deve pagar mensalidades, fixadas no valor de quinze dólares.

Começam aí alguns pequenos aborrecimentos para o público brasileiro: primeiro é o fato de não haver um serviço oficial de pagamento na moeda nacional (reais) e segundo são os servidores, que estão localizados nos Estados Unidos. Com isso, o jogador deverá adquirir, através de cartões de créditos internacionais, uma chave de ativação com validade pré-determinada e renovar conforme sua vontade de continuar jogando WOW (ou adquirir Game Cards, algo como fichas de fliperamas virtuais dos tempos modernos).

Tendo-se como base os atuais 8 milhões de jogadores, situados em sua maioria na China, não haverá falta de interesse por ninguém. Quanto ao problema causado pelos servidores é o famigerado ping, que eventualmente causa lentidões e influencia negativamente na jogabilidade — dispensável dizer que o pré-requisito mínimo para se jogar World of Warcraft é uma boa conexão de banda larga.

Após a instalação dos inúmeros CDs e atualização dos enormes patches, que constamentemente corrigem e equilibram o jogo, a etapa seguinte é a escolha de um reino que irá hospedar o personagem, uma raça e uma classe. Algo bastante feliz atingido pela softhouse foi a harmonia e equilíbrio entre os poderes das raças.

Apesar de haver algumas disparidades, o jogador nunca terá a impressão de que sua espécie foi negligenciada ou não possui semelhantes no jogo, muito pelo contrário, todas as raças são bastante utilizadas pela comunidade gamer. Além disso, as introduções em forma de cutscenes, auxiliadas por um texto interessante no momento da escolha, ajudam bastante o jogador a tirar a dúvida sobre qual raça escolher. É claro que a aparência conta bastante neste ponto, já que nem todos gostam de jogar com pequeninos gnomos ou com brutamontes similares a minotauros (Taurens).

Quanto à escolha dos reinos, eis aqui uma maneira interessante de contornar a superpopularidade de World of Warcraft. Azeroth é grande? Sim, mas isso não é o bastante para suportar os milhões de jogadores existentes. Com isso, um dentre vários reinos deve ser escolhido de modo que esta será a casa permanente do personagem, que irá interagir somente com personagens que habitam o mesmo que ele escolheu.

Outra limitação é o fato do jogador não poder jogar com raças da facção adversária, ou seja: se o jogador escolheu a raça dos Night Elves, ele não poderá jogar com os Trolls (nativos da facção da Horda). Nada disso é aborrecedor e corresponde perfeitamente à lógica do game.

Após a escolha de um nome (que não pode ter conotações sexuais, diga-se de passagem), a próxima etapa é admirar uma rápida introdução narrada de maneira bastante intrigante que apresenta um pouco da raça e de sua terra natal. Adiante, já em pleno controle do personagem, a jogabilidade mostra sua qualidade: os comandos, apesar de serem inúmeros, são bastante intuitivos, ao contrário do que as screenshots possam sugerir.

Interagindo com as massas de um mundo amplo e rico em detalhes

Um mundo colorido, com vários NPCs (personagens não jogadores) e muitos animais por perto fazem com que qualquer um fique admirado com tanta riqueza de detalhes e elementos para interagir. Jogadores mais experientes fortemente equipados, às vezes montados em animais exóticos correm atarantadamente em busca de sua próxima instance (como são chamadas as grandes missões). Outros, mais novatos, estão matando bichos aos montes para passar de nível.

Como este é o caso em questão, lá vamos nós se juntar a uma matança indiscriminada de javalis, as principais vítimas deste mundo. Através de um procedimento simples, porém cansativo, o jogador clica com o botão direito e espera o seu personagem desferir golpes em um inimigo quase que inofensivo, adquirindo com sua morte escassos pontos de experiência.

Logo o jogador irá aprender que a conversa com os NPCs é muito mais rentável, não havendo sequer a necessidade de procurá-los, já que eles ficam parados na cidade somente esperando que o jogador, unicamente ele, resolva alguns dos inúmeros probemas existentes em Azeroth. Isso inclui desde matar alguns lobos e pegar suas peles até resolver problemas com gangues de bandidos da região. Apesar disso soar um pouco pobre para os mais ferrenhos críticos da interpretação dos personagens, a mecância funciona bem e estimula constamente o jogador a continuar se aventurando.

Após um determinado tempo, esse meio de subir de nível se torna monótono, o que torna a opção de se juntar com outros jogadores praticamente uma obrigação. Além de ser muito mais divertido conversar com outras pessoas, é estimulante ver o progresso em conjunto e o ganho de novos itens. Neste ponto a Blizzard acertou novamente, ao dar a oportunidade dos itens serem distribuídos de maneira alternada entre os jogadores, evitando desvantagens para aqueles que possuem uma conexão de internet lenta e sejam prejudicados pela morosidade da resposta de seus comandos.

Já nos níveis mais altos, o destaque fica por conta dos combates entre os próprios jogadores, disputas entre grandes clãs (reuniões de enormes grupos de jogadores) além da união de várias pessoas para o cumprimento de missões em que dezenas de jogadores devem derrotar poderosos inimigos, como dragões por exemplo.

Bom gosto e simplicidade na construção do ambiente

Outro fator que contribui bastante para a qualidade do jogo é a flexibilidade da engine em se adaptar a praticamente qualquer configuração de hardware, por mais simples que seja. Mesmo com 256 de RAM e uma placa de vídeo mediana é possível atingir boas taxas de quadros por segundo, ainda assim conseguindo uma parcela dos gráficos impressionantes de World of Wacraft.

Não é só pelo forte apelo das cores, bonitos efeitos de luz, ou as grandes quantidades de texturas que beiram o perfeccionismo fazem deste jogo um êxito em termos gráficos, é o bom gosto no desenho das construções, dos personagens e na naturalidade das animações que fazem do título um caso a parte entre vários outros jogos com plataformas pesadíssimas mas que, muitas vezes, só atingem péssimos gráficos. Com isso, a percepção não é de algo que seja realista — e nem é essa a proposta do game — e sim a de algo que mescla desenho animado e fantasia medieval.

A emoção de ouvir uma orquestra

Para os que jogaram Diablo, WarCraft 2 e 3, assim como StarCraft, não é necessário ficar adulando a desenvolvedora pela sua atenção ao aspecto sonoro, todos sabemos de sua capacidade de impressionar o jogador com uma qualidade irrepreensível. De qualquer forma, World of WarCraft não foge à regra do trabalho da equipe de som que fez os títulos anteriores. A apresentação por si só já pode ser considerada uma das melhores combinações de áudio e vídeo já vista em um jogo, contendo emoção e cativando na medida certa. As músicas, já dentro da partida, ocorrem de maneira econômica, aparecendo mais nas cidades e ambientes fechados. Nas outras situações, o que se tem são os ricos efeitos sonoros do gramado, do vento e das árvores, assim como eventuais animais por perto.

Praticamente infinitas horas de jogo

Com tudo isso em vista, não é possível negar que World of Wacraft sintetizou as melhores características do gênero MMORPG, difundindo-o para milhões de jogadores através de um enorme mundo, com inúmeras catacumbas, cavernas, castelos, cidades, pântanos e planícies a serem exploradas em, praticamente, infinitas horas de jogo.

Através de um suporte impecável em um site completo, com informações sobre os milhares de itens disponíveis além da presença ativa de moderadores em todo o jogo (os famosos Game Masters) e poucos loadings, praticamente imperceptíveis, o jogo é realmente digno de um dos melhores games de todos os tempos para os que admiram o tema ou a série, em qualquer nível.
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