A prova definitiva de que RTS e RPG podem conviver em um mesmo título
Warhammer 40,000: Down of War II — Retribution é a segunda expansão a levar a experiência original de Down of War II um passo adiante, embora sem se afastar da doutrina e do estilo que servem como marca registrada para a franquia da Relic Entertainment. Isso equivale a dizer que aqui também se faz presente o típico clima híbrido da série, flertando simultaneamente com elementos estratégicos, táticos e com o desenvolvimento típico de um RPG.
Mas há ainda algumas vantagens óbvias antes mesmo de se iniciar Retribution. Quem jogou a primeira expansão de Dawn of War II, Chaos Rising, deve se lembrar bem da necessidade que havia do primeiro DoW II, caso você quisesse utilizar as facções originais no modo multiplayer. Bem, não é o que ocorre aqui.
Retribution dá um passo além ao permitir que se encare tanto o modo campanha quanto o multiplayer em seis fronts distintos... Sem a necessidade de possuir os títulos anteriores. Ademais, ao manter a mecânica dos jogos anteriores e corrigir algumas falhas, Retribution ainda se torna indicado tanto para os fãs mais exigente quanto para os novatos em jogos de estratégia.
É claro que nem tudo aqui é tão perfeito quanto deveria, a começar por um efeito menos desejável da campanha multifacetada de Retribution. Embora existam aqui seis subcampanhas distintas — uma para cada facção, incluindo até mesmo a Guarda Imperial —, a impressão que uma única boa história foi fragmentada em alguns pastiches simples, cujo apelo dramático é bastante... Discutível.
Ok, mas nada que obscureça as melhorias técnicas, as novas unidades e os clássicos visuais de ponta da série — estes plenamente capazes de elevar as batalhas estratégicas da posição de simples querelas matemáticas/estatísticas para a de uma verdadeira guerra, cheia de explosões, sangue e elementos inusitados.
Mesmo com alguns deslizes, o recheio do pacote de Retribution parece suficientemente merecedor dos US$ 30 que são pedidos. Afinal, além de se manter fiel ao estilo típico da série Dawn of War — compondo com maestria uma jogabilidade que é ao mesmo tempo RTS e RPG —, o acréscimo de novas campanhas e também de novas possibilidades multiplayer funciona como o chamariz perfeito tanto para fãs da série quanto para novatos.
E o mais interessante? Todo esse conteúdo adicional é disponibilizado sem qualquer necessidade dos títulos anteriores.
Por fim, gráficos bem detalhados e cenários dinâmicos aparecem para provar que um RTS pode sim trazer em si um clima bélico intenso e impactante, em vez de se apoiar em números, estatísticas e previsibilidade. Tudo isso apoiado por uma história épica que, mesmo deixando algumas pontas soltas, serve perfeitamente para dar continuidade à doutrina viciante de Warhammer.
Nota do Voxel