Decepção atrás de decepção e alguns dinossauros no novo jogo da série Turok.
Jogos de tiro em primeira pessoa nunca fizeram sucesso em consoles. É muito mais prático jogar games de tiro com um teclado e mouse, ao invés dos controles típicos de videogames. Entretanto, essa nova geração de aparelhos, que engloba o Playstation 3, o Xbox 360 e o Nintendo Wii, tem provado que esse tabu está com seus dias contados. Cada vez mais jogos do gênero conhecido como FPS (sigla do inglês First Person Shooter) chegam a esses videogames, e estão fazendo muito sucesso.
Títulos como The Darkness, Bioshock, Call of Duty 4: Modern Warfare, Unreal Tournament 3 e outros mais estão se apresentando nos consoles e fazendo sucesso avassalador. Justamente por isso, era de se esperar que um jogo da franquia Turok, que foi uma das pioneiras em FPS para console, saísse muito bem nesses novos tempos.
Títulos como The Darkness, Bioshock, Call of Duty 4: Modern Warfare, Unreal Tournament 3 e outros mais estão se apresentando nos consoles e fazendo sucesso avassalador. Justamente por isso, era de se esperar que um jogo da franquia Turok, que foi uma das pioneiras em FPS para console, saísse muito bem nesses novos tempos.
Entretanto, ao que parece, não é só no enredo recheado de dinossauros que Turok se prende ao passado. O título, que fez muito sucesso no Nintendo 64, há mais de 10 anos atrás, ainda não deixou para trás os conceitos daquele console, e continua remoendo o passado sem sair do lugar. O título foi uma verdadeira decepção para quem esperava que a série poderia se mostrar um sucesso nos novos consoles. Mas o que importa é que ainda é Turok, e matar dinossauros com armas de fogo, um arco e flecha ou ainda uma faca de selva — como aquela do Rambo —, sempre será diversão garantida!
O enredo fraco de sempre
Ora, convenhamos: qualquer que seja a desculpa para que um personagem com decendência indígena saque armas de fogo e um arco e flecha para combater dinossauros, ela não poderia ser muito boa. Turok nunca contou com um enredo profundo e intrigante. Na verdade a base do jogo sempre foi a violência contra monstros assassinos, assim como a maioria dos jogos em primeira pessoa que conta com monstros assassinos.
O novo título da série chega aos consoles de nova geração com uma história que não muda o tabu, apesar de estar bastante diferente dos seus antecessores. O enredo dos primeiros jogos da franquia era baseado em um personagem chamado Tal Set, um índio da tribo Turok. Sua tribo tinha a missão de proteger a Terra Perdida, e quando um robô gigante decide dominar a região, Tal Set é enviado para destruí-lo. No caminho, o índio combate robôs e dinossauros que o robô (The Campaigner) soltou pela selva.
No novo jogo, você entra na pele de Joseph Turok, que também é um descendente indígena, porém sua tribo não é Turok, mas uma outra linhagem de índios norte-americanos. Outra grande mudança: esqueça a idéiade proterger uma “Terra Perdida”, no novo jogo você faz parte de um esquadrão de elite que viaja para outro planeta em busca de Roland Kane, um criminoso de guerra.
Joseph é o mais novo soldado agregado à Whiskey Company, e já esteve ao lado de Kane antes do militar abandonar o exército e tornar-se um guerrilheiro. Tudo que Turok aprendeu sobre guerra foi ensinado justamente por Kane. Por uma ironia do destino, Turok é enviado para eliminar seu mentor.
O jogo começa quando a nave que transporta a Whiskey Company é abatida e Turok precisa sair dela às pressas, onde a fuga da nave serve como um nível tutorial que ensina a movimentação básica do jogo. Logo após, o jogador deve correr pela selva desarmado e matar alguns dinossauros pequenos usando apenas sua força física.
Minigames são o ponto forte da jogabilidade
A jogabilidade de Turok não é das melhores. Os principais aspectos que baixaram a qualdiade desse aspecto foram a mira, que vem calibrada numa sensibilidade espantosa — isso pode ser alterado pelo menu do jogo — e os comandos de tiro, que confundem o jogador na hora de alternar entre armas primárias e secundárias.
Esse segundo aspecto ocorre pois enquanto o jogador porta apenas uma arma primária, pode portar duas secundárias. Entretanto, só é possível lançar granadas, por exemplo, ao sacar a arma primária. Além disso, o botão que serve para dar zoom na arma primária é usado como tiro da arma esquerda na opção secundária. Tudo isso confunde bastante o jogador nos primeiros momentos do jogo, deixando-o um tanto atordoado.
O uso da faca também não é lá dos melhores. Para ativar um golpe certeiro no adversário, não é necessário nada além de pressionar o botão de ataque (R2, no padrão do PS3) no momento em que o jogo ordenar a ação. Feito isso, uma espécie de cut-scene apresenta Turok em terceira pessoa, golpeando o adversário — seja ele um soldado inimigo ou um dinossauro — de uma das formas préprogramadas que são sorteadas aleatoriamente. Se houvesse um minigame com mais de uma ação, matar com a faca seria muito mais interessante, já que os riscos de erro seriam maiores. Da forma atual, entretanto, é mais emocionante e perigoso atirar com uma metralhadora à distância.
O que chama atenção positivamente, porém, são os minigames ativado quando um dinossauro pula no seu personagem: enquanto, na maioria dos jogos, os minigames são sempre bastante previsíveis — forçando o jogador a pressionar sempre a mesma tecla —, em Turok a variedade de minigames é bastante considerável: existem comandos que devem ser realizados com o gatilho L2, outros com o R2, alguns com ambos os gatilhos, e ainda com o direcional analógico esquerdo. O interessante é que como isso não pode ser previsto, a ação torna-se muito mais atraente devido ao elemento surpresa.
“Carregando...”? No meio do jogo?!
A lentidão no carregamento de um jogo é uma das coisas que pode rachar a experiência ao meio. Quando o jogador assiste muitos “loadings”, como são chamadas as telas de carregamento, se cansa rápido do jogo, e, com freqüência, acaba deixando-o de lado. Call of Duty 4 é o perfeito exemplo de como um jogo deveria tratar esse aspecto: as cenas de introdução das missões são apresentadas enquanto a missão é carregada, dessa forma o jogador nem sequer percebe a barra de carregamento encher, e acaba se sentindo num filme, com ação infinita do começo ao fim.
Em contrapartida, Turok apresenta o outro lado da moeda: o jogo conta com tudo que um game não deve ter em termos de “enrolação”. Os pontos de salvamento automático da missão são muito espaçados, o que leva o jogador a precisar salvar sozinho em determinados trechos do mapa, ou terá que caminhar um trecho longo demais novamente caso morra.
Além disso, quando o jogador morre, a tela de loading fica por um tempo absurdo na tela, e assim que ela some e o jogador pensa: “ufa! Vou voltar a jogar”, basta dar alguns passos com seu personagem para que a tela congele e o texto “Loading” apareça no canto inferior direito da tela. É preciso muita paciência para não trocar o disco no console ou simplesmente desligar o videogame e sair para dar uma volta enquanto respira bem fundo.
Além disso, outro desestímulo para continuar jogando Turok é a inteligência artificial dos adversários. Dinossauros seriam, teoricamente, burros, agindo por instinto. Isso é perfeito, ocorre da forma que qualquer um imaginaria, porém na hora de lutar cotra os soldados de Roland Kane é que a coisa fica complicada: os adversários são burros, quase tanto quanto os dinossauros. O que parece um pouco mais interessante no jogo são os óculos dos soldados inimigos. Quando estão verdes, significa que os adversários não sabem de sua presença. Amarelos, simbolizam um estado de alerta e quando ficam vermelhos anunciam que você está no campo de visão do inimigo.
Porém é a única coisa inteligente do jogo. Até mesmo suas construções, bases militares altamente tecnológicas, não têm funcionamento apropriado: o ideal seria que os jogadores penetrassem na base silenciosamente, sem chamar atenção, porém não é o que acontece. Ao contrário, você pode muito bem fazer ressoar o alarme da base, e ainda assim passar livremente pelas portas, que são dotadas de trava eletrônica e deveriam lacrar-se ao sinal de um ataque.
Gráficos e áudio abaixo da expectativa
A esperança de encontrar em Turok mais um jogo com gráficos de última geração e realismo impressionante cai por água abaixo logo na introdução do jogo. Efeitos de iluminação muito mal produzidos resultam em personagens que parecem estar sempre contra a luz e derramando litros de suor, ainda que estejam apenas recebendo ordens de seu comandante.
A iluminação foi produzida de maneira tão pobre, que é comum ter a impressão de que os personagens emanam uma aura de luz de seus corpos. A modelagem também não é das melhores, fazendo visíveis falhas gráficas pouco dignas da nova geração de consoles. As texturas não contam com nada surpreendente, seja positiva ou negativamente. Estão no padrão da maioria dos jogos de nova geração.
Ora, convenhamos: qualquer que seja a desculpa para que um personagem com decendência indígena saque armas de fogo e um arco e flecha para combater dinossauros, ela não poderia ser muito boa. Turok nunca contou com um enredo profundo e intrigante. Na verdade a base do jogo sempre foi a violência contra monstros assassinos, assim como a maioria dos jogos em primeira pessoa que conta com monstros assassinos.
O novo título da série chega aos consoles de nova geração com uma história que não muda o tabu, apesar de estar bastante diferente dos seus antecessores. O enredo dos primeiros jogos da franquia era baseado em um personagem chamado Tal Set, um índio da tribo Turok. Sua tribo tinha a missão de proteger a Terra Perdida, e quando um robô gigante decide dominar a região, Tal Set é enviado para destruí-lo. No caminho, o índio combate robôs e dinossauros que o robô (The Campaigner) soltou pela selva.
No novo jogo, você entra na pele de Joseph Turok, que também é um descendente indígena, porém sua tribo não é Turok, mas uma outra linhagem de índios norte-americanos. Outra grande mudança: esqueça a idéiade proterger uma “Terra Perdida”, no novo jogo você faz parte de um esquadrão de elite que viaja para outro planeta em busca de Roland Kane, um criminoso de guerra.
Joseph é o mais novo soldado agregado à Whiskey Company, e já esteve ao lado de Kane antes do militar abandonar o exército e tornar-se um guerrilheiro. Tudo que Turok aprendeu sobre guerra foi ensinado justamente por Kane. Por uma ironia do destino, Turok é enviado para eliminar seu mentor.
O jogo começa quando a nave que transporta a Whiskey Company é abatida e Turok precisa sair dela às pressas, onde a fuga da nave serve como um nível tutorial que ensina a movimentação básica do jogo. Logo após, o jogador deve correr pela selva desarmado e matar alguns dinossauros pequenos usando apenas sua força física.
Minigames são o ponto forte da jogabilidade
A jogabilidade de Turok não é das melhores. Os principais aspectos que baixaram a qualdiade desse aspecto foram a mira, que vem calibrada numa sensibilidade espantosa — isso pode ser alterado pelo menu do jogo — e os comandos de tiro, que confundem o jogador na hora de alternar entre armas primárias e secundárias.
Esse segundo aspecto ocorre pois enquanto o jogador porta apenas uma arma primária, pode portar duas secundárias. Entretanto, só é possível lançar granadas, por exemplo, ao sacar a arma primária. Além disso, o botão que serve para dar zoom na arma primária é usado como tiro da arma esquerda na opção secundária. Tudo isso confunde bastante o jogador nos primeiros momentos do jogo, deixando-o um tanto atordoado.
O uso da faca também não é lá dos melhores. Para ativar um golpe certeiro no adversário, não é necessário nada além de pressionar o botão de ataque (R2, no padrão do PS3) no momento em que o jogo ordenar a ação. Feito isso, uma espécie de cut-scene apresenta Turok em terceira pessoa, golpeando o adversário — seja ele um soldado inimigo ou um dinossauro — de uma das formas préprogramadas que são sorteadas aleatoriamente. Se houvesse um minigame com mais de uma ação, matar com a faca seria muito mais interessante, já que os riscos de erro seriam maiores. Da forma atual, entretanto, é mais emocionante e perigoso atirar com uma metralhadora à distância.
O que chama atenção positivamente, porém, são os minigames ativado quando um dinossauro pula no seu personagem: enquanto, na maioria dos jogos, os minigames são sempre bastante previsíveis — forçando o jogador a pressionar sempre a mesma tecla —, em Turok a variedade de minigames é bastante considerável: existem comandos que devem ser realizados com o gatilho L2, outros com o R2, alguns com ambos os gatilhos, e ainda com o direcional analógico esquerdo. O interessante é que como isso não pode ser previsto, a ação torna-se muito mais atraente devido ao elemento surpresa.
“Carregando...”? No meio do jogo?!
A lentidão no carregamento de um jogo é uma das coisas que pode rachar a experiência ao meio. Quando o jogador assiste muitos “loadings”, como são chamadas as telas de carregamento, se cansa rápido do jogo, e, com freqüência, acaba deixando-o de lado. Call of Duty 4 é o perfeito exemplo de como um jogo deveria tratar esse aspecto: as cenas de introdução das missões são apresentadas enquanto a missão é carregada, dessa forma o jogador nem sequer percebe a barra de carregamento encher, e acaba se sentindo num filme, com ação infinita do começo ao fim.
Em contrapartida, Turok apresenta o outro lado da moeda: o jogo conta com tudo que um game não deve ter em termos de “enrolação”. Os pontos de salvamento automático da missão são muito espaçados, o que leva o jogador a precisar salvar sozinho em determinados trechos do mapa, ou terá que caminhar um trecho longo demais novamente caso morra.
Além disso, quando o jogador morre, a tela de loading fica por um tempo absurdo na tela, e assim que ela some e o jogador pensa: “ufa! Vou voltar a jogar”, basta dar alguns passos com seu personagem para que a tela congele e o texto “Loading” apareça no canto inferior direito da tela. É preciso muita paciência para não trocar o disco no console ou simplesmente desligar o videogame e sair para dar uma volta enquanto respira bem fundo.
Além disso, outro desestímulo para continuar jogando Turok é a inteligência artificial dos adversários. Dinossauros seriam, teoricamente, burros, agindo por instinto. Isso é perfeito, ocorre da forma que qualquer um imaginaria, porém na hora de lutar cotra os soldados de Roland Kane é que a coisa fica complicada: os adversários são burros, quase tanto quanto os dinossauros. O que parece um pouco mais interessante no jogo são os óculos dos soldados inimigos. Quando estão verdes, significa que os adversários não sabem de sua presença. Amarelos, simbolizam um estado de alerta e quando ficam vermelhos anunciam que você está no campo de visão do inimigo.
Porém é a única coisa inteligente do jogo. Até mesmo suas construções, bases militares altamente tecnológicas, não têm funcionamento apropriado: o ideal seria que os jogadores penetrassem na base silenciosamente, sem chamar atenção, porém não é o que acontece. Ao contrário, você pode muito bem fazer ressoar o alarme da base, e ainda assim passar livremente pelas portas, que são dotadas de trava eletrônica e deveriam lacrar-se ao sinal de um ataque.
Gráficos e áudio abaixo da expectativa
A esperança de encontrar em Turok mais um jogo com gráficos de última geração e realismo impressionante cai por água abaixo logo na introdução do jogo. Efeitos de iluminação muito mal produzidos resultam em personagens que parecem estar sempre contra a luz e derramando litros de suor, ainda que estejam apenas recebendo ordens de seu comandante.
A iluminação foi produzida de maneira tão pobre, que é comum ter a impressão de que os personagens emanam uma aura de luz de seus corpos. A modelagem também não é das melhores, fazendo visíveis falhas gráficas pouco dignas da nova geração de consoles. As texturas não contam com nada surpreendente, seja positiva ou negativamente. Estão no padrão da maioria dos jogos de nova geração.
O único efeito gráfico que causa uma boa impressão no jogo é quando Joseph Turok está a poucos instantes de sua morte. A tela fica borrada, dando um resultado muito semelhante ao experienciado minutos antes de uma pessoa desmaiar. Fica difícil enxergar os adversários e o melhor a fazer é correr e se esconder até o dito efeito passar (dura apenas alguns segundos). Caso o personagem morra, o resultado também é bastante interessante: a tela fica completamente manchada de vermelho e Turok se volta para o adversário que desferiu o golpe final, caindo no chão logo em seguida.
Quanto à trilha sonora, os ritmos presentes em Turok são bastante envolventes. O jogo apresenta músicas com toda a tensão digna de um FPS ao mesmo tempo que insere um estilo musical típico das tribos nativo-americanas, com tambores e flautas artesanais.
Entretanto, é perceptível durante diversas vezes ao correr do jogo cortes bruscos nos efeitos de som, como um helicóptero que pode ser ouvido bem de perto e, de repente, seu som desaparece sem qualquer tipo de transição, e outros acontecimentos semelhantes. Isso tira muita credibilidade da trilha sonora de Turok, e faz dela uma das principais decepções do jogo, já que tinha tudo para ser excepcional.
Multiplayer mediano, mas com mapas confusos
Turok conta com um modo multiplayer bastante nivelado: enquanto alguns aspectos do jogo são muito bons, como por exemplo usar os dinossauros contra seus inimigos, jogando nos adversários um sinalizador que atrai os lagartões — isso também é possível no modo história —, outros, como os mapas, são confusos ao ponto de deixar os jogadores perdidos.
A não-linearidade é muito positiva, quando utilizada da forma correta. Porém um mapa do modo Capture the Flag (o clássico modo de tiro online onde os times devem roubar a bandeira inimiga), não pode fugir de sua formatação linear comum. Turok deixa isso acontecer, fazendo com que o jogo perca seu aspecto intuitivo e deixe os jogadores completamente perdidos.
Uma grande engine, uma grande decepção
Quem está por dentro do mundo dos jogos ultimamente sabe que os principais lançamentos têm carregado um nome de peso por trás de toda sua produção: Unreal Engine 3. Para quem não sabe, uma engine (do inglês motor) é o que movimenta um jogo, fazendo os cálculos físicos, oferecendo as respostas da inteligência artifical e toda espécie de processamento necessário para que o game funcione perfeitamente.
A Unreal Engine 3, criada pela Epic Games para o jogo Unreal Tournament 3, é uma das engines mais avançadas do momento, e está presente em nomes de grande peso como Bioshock, Gears of War, o já citado Unreal Tournament 3, Mass Effect, Medal of Honor: Airborne, e até no futuro Gears of War 2, que deve chegar ao mercado até o final de 2008.
Porém, não basta uma engine de peso para um bom jogo, e Turok nos prova isso, usando a mesma engine de todos esses nomes que marcaram os últimos meses no mundo dos games num título que deve ser esquecido em pouco tempo, ainda que conte com um histórico longo no mundo dos consoles.
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