Montanhas de músculos em um jogo divertido mas meio confuso.
Tudo bem, luta livre profissional não é propriamente uma mania nacional por aqui. A bem da verdade, a maioria dos brasileiros provavelmente sequer consegue entender como é possível que um teatro arranjado tenha campeonatos e campeões. Entretanto, se você se encontra naquele seleto grupo de pessoas que admira as performances teatrais de icônicos heróis fantasiados como Sting e o lendário Hulk Hogan, talvez fosse mesmo interessante dar uma olhada em TNA iMPACT!
Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando se pensa em um jogo de luta livre? Caso você compartilhe da mesma visão estereotipada da maioria das pessoas, deve ser algo envolvendo montanhas de músculos fantasiadas, dezenas de golpes ostensivos e uma história na qual falta profundidade e coesão, mas sobram gritos e cenas cômicas. Bem, esse é sem dúvida o caso de TNA.
Simples e divertido...
É claro que existe pelo menos uma centena de golpes diferentes em luta livre profissional — incluindo os golpes clássicos e suas infinitas variações. Isso significa que TNA terá também centenas de combinações envolvendo coisas como “meia-lua-e-soco-forte” ou “para-trás-dois-segundos-para-frente-e-soco-médio”? De forma alguma. Não obstante a ostensiva quantidade de golpes inicialmente disponível e mais a penca que pode ser desbloqueada, utilizar golpes em TNA é realmente bastante simples.
Basicamente, você vai utilizar três botões: soco, chute e agarrão (por falta de um termo melhor). O resto será todo disparado utilizando modificadores e seguindo o contexto da luta. Quer dizer, em um momento, um agarrão pode significar um arremesso e, no momento seguinte, um pilão, sendo que entre um golpe e outro a única diferença será provavelmente uma direção diferente no direcional ou a circunstância em que se encontra o adversário.
Um bom exemplo é o chute. Conforme já dito, existe apenas um botão de chute. Entretanto, ao utilizar o modificador de força, será disparado um golpe muito mais forte (embora também mais lento). Já para o caso de se estar correndo, o mesmo botão de chute vai disparar uma bela voadora típica de luta livre — aquela que termina com os dois jogadores indo para o chão.
Como um acréscimo à boa variedade de golpes, TNA ainda oferece um bom suporte aos movimentos que são uma das marcas mais características das lutas livre: os golpes utilizando partes improváveis dos cenários. Portanto, espere poder subir nas cordas, se pendurar em cabos e até mesmo descer do palco para catar cadeiras a fim de produzir aquele espetáculo visual com toda sorte de baixarias que faz a luta livre ser o que é. E sim, isso é realmente ótimo.
Além disso, vários ataques ainda vão dar a possibilidade de um ataque reverso que, por sua vez, pode também dar brecha a um terceiro ataque consecutivo. Várias seqüências de golpes são mesmo memoráveis, ocasionando movimentos fluidos acrescidos da ovação da torcida.
...mas meio confuso às vezes
Sim, a jogabilidade é simples e isso facilita em muito o aprendizado de TNA. Realmente, qualquer um com alguns minutos de treino será capaz de executar os movimentos que encantam fãs do gênero a anos. Entretanto, facilidade acrescida de centenas de golpes só poderia levar, invariavelmente, a um problema eventual: nem sempre o golpe planejado é igual àquele que o seu personagem vai executar.
Realmente não serão raras às vezes em que você tentará subir as cordas para acabar fazendo uma imobilização. Ou — e isso realmente vai acontecer muitas vezes, acredite —, uma pretendida imobilização que terminará com um fugidio personagem saindo do ringue e abandonando descaradamente um inimigo caído. Parece engraçado, mas realmente dá raiva quando acontece.
Fritando um pouco os controles
E, infelizmente, esses não serão os únicos momentos que vão tirar o brilho de TNA. Em vários momentos durante a luta será necessário escapar de algum truque do adversário ou ainda executar movimentos repetidos a fim de que uma eventual desorientação do personagem passe.
Embora escapar de um golpe consista apenas no pressionamento de um botão — o que fará o ser personagem revidar o ataque —, é preciso realmente ter um “timing” perfeito para fazê-lo no exato momento em que o símbolo desponta na tela. Portanto, não se sinta culpado se você, no fim das contas, acabar apenas fritando o botão de revide a fim de acertar totalmente por acaso.
E, seguindo o estilo “fase bônus de Mortal Kombat 1”, outro momento fará com que você diminua consideravelmente a vida útil do seu controle. Trata-se das várias ocasiões em que, sem prévio aviso, o personagem ficará desorientado por tempo indeterminado. O jogo vai então convidá-lo a movimentar rapidamente o direcional analógico de um lado para o outro a fim de recobrar os sentidos. Enfim, chato, cansativo, nem um pouco divertido e menos ainda funcional.
Modos de jogo, personalização e muita... muita espera
Por incrível que pareça, TNA realmente traz um modo história. Você vai assumir o controle de um fictício personagem da TNA que experimenta a fama para em seguida sucumbir à retaliação por uma chantagem não aceita. Suicide (a propósito, esse é o seu nome), após ser espancado na saída da grande luta, vai acordar em um precário hospital no México, onde descobre que teve o seu rosto desfigurado. Enfim, essa é a deixa para que você personalize o seu lutador.
E esse é sem dúvida um dos pontos altos do jogo, criar o seu lutador fictício que terá como objetivo voltar aos holofotes da TNA. Entretanto, esse ponto alto virá seguido diretamente por um dos pontos baixos do jogo: as várias e intermináveis telas de carregamento. Toda vez que alguma modificação for feita no seu personagem, será exibida uma ostensiva e lenta barra de carregamento que realmente vai tomar um bom tempo de jogo.
Quer dizer, caso você esteja jogando a versão para PS3, isso não vai realmente surpreendê-lo, já que antes mesmo de começar o jogo será exibida a barra de instalação do jogo. A boa notícia? Bem, perto desta, a barra de modificação do personagem vai até parecer rápida. E, para completar a parte desanimadora do jogo, em vários momentos uma ou outra quebra de gráficos deve fazer muita gente torcer o nariz — embora não atrapalhe realmente a diversão.
Bem, provavelmente a melhor maneira de deixar de lado quebras de gráfico e a fritação sem sentido de botões seja jogar contra inimigos humanos. Quer dizer, tudo bem, você vai ficar preso em movimentos que demandarão um ou outro minigame meio sem sentido. Mas, e daí? Afinal, o seu adversário também vai ficar, o que pelo menos deve ocasionar algumas situações divertidas.
Apesar disso, algumas texturas estão realmente muito boas. Isso porque a Midway se ocupou de recriar até mesmo a pele dos lutadores nos seus mínimos detalhes, o que realmente dá uma impressão de realismo.
Enfim, um título divertido, que sem dúvida traz muito daquele espetáculo nem um pouco tímido dos campeonatos de luta livre. Entretanto, TNA não é realmente um supra-sumo. Quer dizer, caso você realmente seja um fã de luta livre, o que o espera é um título bem razoável, contendo vários ícones da TNA, alguns gráficos passáveis e momentos até bem divertidos. Caso contrário. Bem, provavelmente existem melhores escolhas em se tratando de jogos de luta.
Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando se pensa em um jogo de luta livre? Caso você compartilhe da mesma visão estereotipada da maioria das pessoas, deve ser algo envolvendo montanhas de músculos fantasiadas, dezenas de golpes ostensivos e uma história na qual falta profundidade e coesão, mas sobram gritos e cenas cômicas. Bem, esse é sem dúvida o caso de TNA.
Simples e divertido...
É claro que existe pelo menos uma centena de golpes diferentes em luta livre profissional — incluindo os golpes clássicos e suas infinitas variações. Isso significa que TNA terá também centenas de combinações envolvendo coisas como “meia-lua-e-soco-forte” ou “para-trás-dois-segundos-para-frente-e-soco-médio”? De forma alguma. Não obstante a ostensiva quantidade de golpes inicialmente disponível e mais a penca que pode ser desbloqueada, utilizar golpes em TNA é realmente bastante simples.
Basicamente, você vai utilizar três botões: soco, chute e agarrão (por falta de um termo melhor). O resto será todo disparado utilizando modificadores e seguindo o contexto da luta. Quer dizer, em um momento, um agarrão pode significar um arremesso e, no momento seguinte, um pilão, sendo que entre um golpe e outro a única diferença será provavelmente uma direção diferente no direcional ou a circunstância em que se encontra o adversário.
Um bom exemplo é o chute. Conforme já dito, existe apenas um botão de chute. Entretanto, ao utilizar o modificador de força, será disparado um golpe muito mais forte (embora também mais lento). Já para o caso de se estar correndo, o mesmo botão de chute vai disparar uma bela voadora típica de luta livre — aquela que termina com os dois jogadores indo para o chão.
Como um acréscimo à boa variedade de golpes, TNA ainda oferece um bom suporte aos movimentos que são uma das marcas mais características das lutas livre: os golpes utilizando partes improváveis dos cenários. Portanto, espere poder subir nas cordas, se pendurar em cabos e até mesmo descer do palco para catar cadeiras a fim de produzir aquele espetáculo visual com toda sorte de baixarias que faz a luta livre ser o que é. E sim, isso é realmente ótimo.
Além disso, vários ataques ainda vão dar a possibilidade de um ataque reverso que, por sua vez, pode também dar brecha a um terceiro ataque consecutivo. Várias seqüências de golpes são mesmo memoráveis, ocasionando movimentos fluidos acrescidos da ovação da torcida.
...mas meio confuso às vezes
Sim, a jogabilidade é simples e isso facilita em muito o aprendizado de TNA. Realmente, qualquer um com alguns minutos de treino será capaz de executar os movimentos que encantam fãs do gênero a anos. Entretanto, facilidade acrescida de centenas de golpes só poderia levar, invariavelmente, a um problema eventual: nem sempre o golpe planejado é igual àquele que o seu personagem vai executar.
Realmente não serão raras às vezes em que você tentará subir as cordas para acabar fazendo uma imobilização. Ou — e isso realmente vai acontecer muitas vezes, acredite —, uma pretendida imobilização que terminará com um fugidio personagem saindo do ringue e abandonando descaradamente um inimigo caído. Parece engraçado, mas realmente dá raiva quando acontece.
Fritando um pouco os controles
E, infelizmente, esses não serão os únicos momentos que vão tirar o brilho de TNA. Em vários momentos durante a luta será necessário escapar de algum truque do adversário ou ainda executar movimentos repetidos a fim de que uma eventual desorientação do personagem passe.
Embora escapar de um golpe consista apenas no pressionamento de um botão — o que fará o ser personagem revidar o ataque —, é preciso realmente ter um “timing” perfeito para fazê-lo no exato momento em que o símbolo desponta na tela. Portanto, não se sinta culpado se você, no fim das contas, acabar apenas fritando o botão de revide a fim de acertar totalmente por acaso.
E, seguindo o estilo “fase bônus de Mortal Kombat 1”, outro momento fará com que você diminua consideravelmente a vida útil do seu controle. Trata-se das várias ocasiões em que, sem prévio aviso, o personagem ficará desorientado por tempo indeterminado. O jogo vai então convidá-lo a movimentar rapidamente o direcional analógico de um lado para o outro a fim de recobrar os sentidos. Enfim, chato, cansativo, nem um pouco divertido e menos ainda funcional.
Modos de jogo, personalização e muita... muita espera
Por incrível que pareça, TNA realmente traz um modo história. Você vai assumir o controle de um fictício personagem da TNA que experimenta a fama para em seguida sucumbir à retaliação por uma chantagem não aceita. Suicide (a propósito, esse é o seu nome), após ser espancado na saída da grande luta, vai acordar em um precário hospital no México, onde descobre que teve o seu rosto desfigurado. Enfim, essa é a deixa para que você personalize o seu lutador.
E esse é sem dúvida um dos pontos altos do jogo, criar o seu lutador fictício que terá como objetivo voltar aos holofotes da TNA. Entretanto, esse ponto alto virá seguido diretamente por um dos pontos baixos do jogo: as várias e intermináveis telas de carregamento. Toda vez que alguma modificação for feita no seu personagem, será exibida uma ostensiva e lenta barra de carregamento que realmente vai tomar um bom tempo de jogo.
Quer dizer, caso você esteja jogando a versão para PS3, isso não vai realmente surpreendê-lo, já que antes mesmo de começar o jogo será exibida a barra de instalação do jogo. A boa notícia? Bem, perto desta, a barra de modificação do personagem vai até parecer rápida. E, para completar a parte desanimadora do jogo, em vários momentos uma ou outra quebra de gráficos deve fazer muita gente torcer o nariz — embora não atrapalhe realmente a diversão.
Bem, provavelmente a melhor maneira de deixar de lado quebras de gráfico e a fritação sem sentido de botões seja jogar contra inimigos humanos. Quer dizer, tudo bem, você vai ficar preso em movimentos que demandarão um ou outro minigame meio sem sentido. Mas, e daí? Afinal, o seu adversário também vai ficar, o que pelo menos deve ocasionar algumas situações divertidas.
Apesar disso, algumas texturas estão realmente muito boas. Isso porque a Midway se ocupou de recriar até mesmo a pele dos lutadores nos seus mínimos detalhes, o que realmente dá uma impressão de realismo.
Enfim, um título divertido, que sem dúvida traz muito daquele espetáculo nem um pouco tímido dos campeonatos de luta livre. Entretanto, TNA não é realmente um supra-sumo. Quer dizer, caso você realmente seja um fã de luta livre, o que o espera é um título bem razoável, contendo vários ícones da TNA, alguns gráficos passáveis e momentos até bem divertidos. Caso contrário. Bem, provavelmente existem melhores escolhas em se tratando de jogos de luta.
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