Theatrhythm Final Bar Line é a experiência musical definitiva
É possível apontar diferentes aspectos pelos quais os jogos da franquia Final Fantasy conquistaram o coração dos fãs. Entre títulos mais ou menos cultuados pelo público, o brilhantismo e consistência da sua trilha sonora são algo digno de nota. Sabendo disso, a Square Enix e a desenvolvedora Indieszero lançaram Theatrhythm Final Bar Line, um carismático jogo de ritmo que celebra o legado da franquia pela sua música.
Essa série de jogos musicais não é necessariamente inédita, já que começou no Nintendo 3DS e dispositivos iOS em 2012. No entanto, aqui ela alcança o seu ponto mais alto em qualidade e quantidade de conteúdo, com mais de 380 faixas de diferentes títulos de Final Fantasy — incluindo os numerados e spin-offs.
Nas linhas a seguir, o Voxel traz os pontos positivos e negativos de Theatrhythm Final Bar Line. Vale lembrar que a cópia do jogo foi fornecida gentilmente pela Square Enix para a produção dessa análise e ele está disponível para Nintendo Switch e PlayStation 4. Confira:
Jogabilidade acessível
É natural que muitas pessoas evitem jogos de ritmo por serem tradicionalmente difíceis de aprender. No entanto, Theatrhythm Final Bar Line (ou Teatrinho para os íntimos) traz uma jogabilidade simplificada que permite ao usuário vencer as músicas com apenas um botão. Conforme se sentir mais confortável com os comandos, ele pode explorar os níveis mais avançados e utilizar mais botões para encontrar a forma mais confortável de superar os desafios.
Para exemplificar, o jogo traz apenas três tipos de notas musicais no total: apertar (notas vermelhas); segurar (notas verdes); e analógico para um dos lados (notas amarelas). Não importa qual seja o botão pressionado, as músicas sempre seguem essa estrutura. Por isso, o jogador tem liberdade para encontrar um layout confortável com os botões que tiver à disposição no controle.
As músicas em Final Bar Line são ilustradas pelos personagens do grupo do jogadorFonte: Reprodução/Bruno Magalhães
Isso faz com que Final Bar Line seja um dos jogos de ritmo mais intuitivos de aprender e masterizar — sem deixar de lado a diversão para veteranos do gênero. Junte isso ao fato de que o jogo traz inúmeros ajustes de acessibilidade e elementos de RPG às partidas, com a possibilidade de montar uma equipe com heróis e vilões de Final Fantasy.
Mais do que um jogo de ritmo
No modo principal, Series Quests, os jogadores viajam entre os diferentes títulos de Final Fantasy com algumas das suas músicas mais icônicas. É preciso utilizar chaves para destravar um título, as quais são conquistadas após vencer algumas músicas do caminho selecionado. Assim que destrava um título, seus personagens principais ficam à disposição para montar uma equipe com até quatro membros. O jogo traz um elenco robusto com mais de 100 figuras conhecidas.
Assim como nos RPGs tradicionais, os personagens podem subir de nível e destravar habilidades específicas. Embora não seja algo necessário para avançar na “campanha”, é possível montar uma equipe levando em consideração as fraquezas dos inimigos, pois cada canção é representada por um conjunto de ameaças. Vencendo determinadas condições, os jogadores ganham recompensas ainda melhores — e isso também é um ótimo incentivo para explorar novas combinações e repetir as fases.
O modo principal de Final Bar Line permite destravar vários títulos famosos de Final FantasyFonte: Reprodução/Bruno Magalhães
O dano causado pelo jogador depende, claro, do quão precisamente as notas são pressionadas nas partidas. Também é possível equipar itens de suporte e de experiência, além de uma invocação que surge em momentos específicos da canção para desferir dano massivo. É bastante divertido colecionar personagens e testar suas combinações. Isso ainda faz com que Final Bar Line extrapole as amarras de um jogo de ritmo e seja mais convidativo para iniciantes.
Por sua vez, o modo Music Stages permite navegar livremente pela lista de músicas destravadas e jogar quantas vezes desejar — com destaque para músicas especiais que são liberadas após completar os títulos no modo principal. Caso o jogador tenha as edições mais caras de Final Bar Line, também é possível explorar músicas de outras franquias da Square Enix, com destaque para NieR, Live a Live, The World Ends with You, Chrono, Octopath Traveler, entre outras.
Por fim, existe um modo multiplayer online para até quatro jogadores em que é possível interferir diretamente na trilha dos adversários, seja obstruindo a visão ou confundindo os botões. Ao final, os jogadores podem trocar seus cartões de perfil e recompensas, incluindo pedras de invocação.
Conclusão
Theatrhythm Final Bar Line nos faz perceber mais uma vez o quão poderosas são as músicas de Final Fantasy. Quando revisitamos alguns dos nossos títulos favoritos, é bastante difícil não se emocionar ao reviver seus momentos — ainda que tudo seja representado de forma carismática com os bonecos fofinhos.
Final Bar Line é um jogo de ritmo convidativo, mas sem abandonar o desafio para veteranosFonte: Reprodução/Bruno Magalhães
Ao mesmo tempo em que a gameplay chama a atenção pela sua simplicidade, ela é inventiva e não deixa a desejar quando o assunto é desafio para veteranos. Existe diversão para todos os perfis de jogadores. Além disso, seu conteúdo robusto é capaz de garantir dezenas e até mesmo centenas de horas de gameplay sem fazer o jogo cair na mesmice.
A melhor forma de descrever o jogo é como a experiência musical definitiva, estabelecendo-se com facilidade entre os melhores games de ritmo já lançados. Considerando a realidade brasileira, o preço do jogo é bastante desencorajador nas lojas digitais, especialmente com as DLCs inclusas. No entanto, tenham a certeza de que Theatrhythm Final Bar Line traz o melhor que os jogos de ritmo têm a oferecer.
Categorias
- Fusão perfeita entre jogo de ritmo e RPG;
- Densidade de conteúdo;
- Jogabilidade simples e intuitiva;
- Obviamente, trilha sonora.
- O jogo falha em ensinar algumas nuances da gameplay;
- Algumas músicas marcantes ficaram como DLC;
- Sistema de lobby podia ser melhor;
- Sem legendas em PT-BR.
Nota do Voxel