Vingança, paixões e vísceras. Acompanhe as aventuras de Geralt de Rivia.
Quando o escritor polonês, Andrzej Sapkowski, publicou a primeira história estrelada por Gerald de Rivia, em 1986 na famosa revista Fantastyka (maior publicação polonesa dedicada à literatura de fantasia), certamente ele não esperava que o caçador de monstros com pinta de detetive noire, faria tamanho sucesso ao redor do mundo.
Os contos e novelas de Sapkowski, que acompanham as aventuras do maior “Witcher” (caçadores de monstros possuidores de poderes sobrenaturais e treinamento especial), já renderam adaptações para quadrinhos, cinema, televisão e, mais recentemente, invadiram o mundo virtual dos videogames.
As histórias da Saga Witcher (do polonês Saga o Wiedźminie) — também conhecidas como Blood of the Elves Saga, foram lançadas no Brasil pela editora “Livros do Brasil” — já foram traduzidas para várias línguas e mostram um mundo repleto de magia e criaturas fantásticas, no qual o limite entre bem e mal é um tanto turvo e o caráter dos personagens se define justamente por essa “liberdade moral”.
O universo habitado por Gerald de Rivia transita naturalmente pelo mundo dos RPGs, sendo que já possui um sistema próprio para a versão de papel e caneta. Agora, nos videogames, The Witcher (conscientemente traduzido de forma errada — já que o a primeira tradução do nome utilizada nos livros e preferida pelo próprio autor é The Hexer) apresenta um jogo repleto de possibilidades e carregado de aventura.
Faltou inspiração…
Mesmo tomando como base a prolífica obra do autor polonês, o jogo The Witcher não consegue alcançar o mesmo grau de altivez criativa, mostrando uma trama pouco inspirada e previsível.
O universo de Geralt de Rivia é recriado com certa fidelidade, sendo que a história do jogo acompanha as aventuras do caçador de monstros enquanto ele lida com uma repentina amnésia.
O jogo começa quando um grupo de Witchers (caçadores de monstros) encontra Geralt ferido, delirante e totalmente desmemoriado. Depois de receber o socorro de seus colegas, Geralt desperta e começa a lidar com a sua amnésia.
Cercado por seus companheiros de longa data, o herói desmemoriado tenta compreender alguns fatos importantes do seu passado. Entretanto, antes mesmo de Geralt aceitar alguns pontos da sua identidade, um grupo de Witchers rebeldes invade o castelo.
Liderados por um mago extremamente poderoso, os membros da Salamandra — nome do grupo de caçadores criminosos — roubam antigos segredos dos Witchers referentes ao processo de mutação que cada um dos caçadores passa durante a infância para adquirirem seus poderes sobrenaturais.
Feridos moral e fisicamente, os Witchers enviam Geralt (mesmo sem memória) em busca do esconderijo dos membros da Salamandra, incumbindo-o da responsabilidade de recuperar os segredos roubados pelos criminosos.
... Mas deu pro gasto
Com esta trama simplista (herói amnésico em busca de vingança), o jogo cria uma série de “ganchos” que são utilizados para explicar a jogabilidade e o sistema de evolução do personagem. Ora, para que Geralt possa utilizar todos os seus poderes ele terá que reaprender a utilizá-los, ou melhor, terá que lembrar como usá-los.
O que realmente impressiona é que mesmo assim, com uma história nada inovadora, o jogo consegue ser incrivelmente denso, discutindo temas importantes como: racismo, rejeição social, destino e o debate moral.
Ao longo da sua caçada, Geralt terá de tomar uma série de decisões que irão afetar diretamente vários outros aspectos da trama. O jogador vai decidir entre a vida e a morte de outros personagens, salvando ou abandonado pessoas em necessidade, escolhendo um lado em meio a uma grande guerra.
O resultado de cada escolha gera efeitos inesperados, afetando a trama até o momento final da história. Reafirmando o poder das suas decisões, em todos os momentos decisivos, Geralt fará questão de informar as conseqüências de suas ações através de um breve monólogo.
Emoções virtuais a flor da pele
Se a trama não explora todo o universo do autor Andrzej Sapkowski e o sistema de jogo limita-se a uma sucessão de pequenas missões, a caracterização dos personagens criados pelo escritor polonês certamente fazem justiça à obra.
Todos os integrantes do elenco adicionam algum tipo de “tempero” a trama, sendo que o protagonista, Geralt, é certamente o mais completo e complexo de todos. Sarcástico, vingativo, leal, desleal, emotivo, estes são apenas alguns dos adjetivos de um herói repleto de sentimentos e contradições.
Apesar das suas ações serem controladas pelo jogador, em nenhum momento deixamos de perceber a amplitude de emoções que rege o personagem. A ampla gama de opções que se desfralda ante ao jogador não causa nenhum tipo de descrença, criando um cenário realista, habitado por seres ambivalentes.
Após algumas cenas, a fachada de “cara durão”, proposta pelo visual de Geralt, começa a se desmanchar, cedendo um bom espaço para um espectro muito maior de emoções, fato que ajuda a moldar um personagem muito mais interessante do que um simples vingador enfurecido.
E isto não se resume a Geralt, apesar de menos elaborados (até mesmo pelo seu tempo de atuação no jogo), personagens secundários também conseguem transparecer alguns pontos de sua personalidade, ao mesmo tempo em que conseguem imbuir emoções no jogador, criando sentimentos de ódio, perturbação, compaixão, indiferença, etc.
Em busca do passado
Seja em um encontro casual com um bando de elfos saltitantes, ou anões barbudos, todas as interações de Geralt com os outros habitantes deste mundo fantástico são extremamente vivazes e em alguns casos muito divertidas.
Ao longo da sua busca por vingança, o caçador de monstros irá esbarrar com alguns velhos conhecidos — levando em consideração a recente amnésia de Geralt —, tais encontros vão causar um impacto direto na trama, fazendo com que tais personagens ganhem muito mais destaque, voltando a aparecer em outras ocasiões, sejam eles amigos ou inimigos.
Estes tendem a apresentar informações muito úteis para a resolução da misteriosa perda de memória do protagonista, além de oferecer situações interessantes — que tal encontrar a sua namorada e não se lembrar do nome dela?
Virilidade caricata
Como todo bom guerreiro medieval, Geralt é um homem extremamente viril, algo incrivelmente irresistível para qualquer mulher virtual criada por designers trancafiados em cubículos em um escritório polonês.
Tendo isso em mente, Geralt é capaz de realizar proezas sexuais com praticamente todas as mulheres que cruzem o seu caminho. Uma vez que ambos aceitem os termos de tal “compromisso”, uma animação desfocada garante que o rapaz completou o “serviço”.
As desnecessárias cenas de sexo não devem ser levadas a sério, por razões ainda desconhecidas os desenvolvedores resolveram incluí-las no jogo, talvez para forçar uma classificação etária maior.
O fato é que as tais seqüências parecem ter saído diretamente de um filme de comédia (um filme baixo e imaturo é verdade). Algumas das cenas mais bisonhas da história dos videogames aparecem durante as desventuras amorosas de Geralt, os diálogos ridículos parecem ter sido desenvolvidos com o único propósito de fazer rir.
Perdido na tradução
Se você já tem problemas para acompanhar textos e diálogos em inglês, prepare-se para uma experiência extremamente frustrante. Traduzido do original polonês, os diálogos presentes em The Witcher, apresentam sérios problemas, frases quebradas e de interpretação estranha afetam diretamente o seu avanço no jogo.
Os personagens saltam entre um tópico e outro sem qualquer aviso ou pausa, sem contar que algumas frases parecem fora do lugar, enquanto outras parecer ter sido completamente removidas do texto. Algo temerário em qualquer jogo, em especial em um RPG, no qual a trama desenvolve-se quase que exclusivamente através de diálogos.
O jogador sente-se excluído e acaba tendo que recorrer ao diário (presente entre as opções de jogo) para preencher algumas lacunas e outros detalhes secundários da trama.
Armas, magias e alquimia
Geralt possui três formas de ataque e defesa: armas, magia e substâncias alquímicas. O caçador de monstros se equipa com um duas espadas, uma de aço e outra de prata; cada uma destas pode ser utilizada de três maneiras diferentes: ataques rápidos, fortes ou grupais.
Você escolhe uma opção apropriada para a situação e executa o ataque. Geralt irá realizar a ação assim que você clicar no alvo, para realizar ataques sucessivos basta continuar clicando em cima do alvo.
Escolher o melhor estilo de combate é um excelente elemento da jogabilidade, entretanto o combate com armas não é perfeito e apresenta alguns problemas. Excluindo algumas poucas opções de comandos (como ocultar-se), o sistema de combate acaba tornando-se repetitivo após algumas horas.
Sinais mágicos
A magia é realizada através de sinais e pode ser utilizada de várias formas, variando das tradicionais bolas de fogo, controle mental e até mesmo alguns efeitos de telecinese.
Conjurar feitiços é fácil e extremamente conveniente. As magias são capazes de realizar feitos que o Witcher não seria capaz de reproduzir naturalmente, entretanto não causam tanto dano quanto os ataques físicos.
Finalmente temos as misturas alquímicas de Geralt. Combinando diferentes ingredientes encontrados ao longo da sua jornada (normalmente são pedaços de monstros e ervas do campo), Geralt é capaz de manufaturar poções, óleos e até mesmo bombas.
Vivendo e aprendendo
Geralt vai somar pontos de experiência com certa velocidade, o que vai promover freqüentes evoluções do personagem. A cada evolução você irá receber um novo “talento", estes se dividem em três tipos: bronze, prata e ouro.
Estes talentos são gastos no desenvolvimento das habilidades de Geralt, como por exemplo, seus atributos, técnicas de espada e novos sinais mágicos. A maioria dos talentos vai ser usado na melhoria das suas estatísticas de acerto e dano, bem como os seus dados de resistência.
Visões sombrias
Os cenários e os personagens são realistas e detalhados, trazendo à tona todo o clima sombrio do universo criado por Sapkowski. Os interiores também são bem construídos (mesmo que repetitivos).
Se em um computador “mediano” os gráficos são aceitáveis, em máquinas superiores, com todas as opções de vídeo no máximo, o jogo ganha um aspecto soberbo.
O ponto negativo fica por conta dos longos períodos de carregamento (loading) e a repetição dos modelos. Mais de uma vez você verá “clones” de personagens caminhando pelas ruas.
Quanto ao áudio não há nenhuma reclamação a respeito da trilha sonora, que na maior parte do tempo passa despercebida. Já em relação às dublagens fica um alerta para algumas inconstâncias na qualidade do som, bem como no trabalho dos dubladores, que em alguns casos dão maior ênfase a partes estranhas do texto.
Missão cumprida
No final das contas The Witcher oferece uma experiência bem interessante, em especial para os fãs do gênero. Mesmo com alguns lapsos o jogo consegue se equilibrar entre um dos melhores RPG ocidentais dos últimos tempos, fugindo um pouco da formula MMO que tanto faz sucesso atualmente.
The Witcher é uma excelente pedida para todos à procura de um bom RPG, repleto de ação, suspense e até alguns momentos cômicos. Se você prefere um estilo de jogo mais dinâmico ao invés do esquema em turnos (típico das produções japonesas), certamente vai apreciar as aventuras de Geralt de Rivia.
Os contos e novelas de Sapkowski, que acompanham as aventuras do maior “Witcher” (caçadores de monstros possuidores de poderes sobrenaturais e treinamento especial), já renderam adaptações para quadrinhos, cinema, televisão e, mais recentemente, invadiram o mundo virtual dos videogames.
As histórias da Saga Witcher (do polonês Saga o Wiedźminie) — também conhecidas como Blood of the Elves Saga, foram lançadas no Brasil pela editora “Livros do Brasil” — já foram traduzidas para várias línguas e mostram um mundo repleto de magia e criaturas fantásticas, no qual o limite entre bem e mal é um tanto turvo e o caráter dos personagens se define justamente por essa “liberdade moral”.
O universo habitado por Gerald de Rivia transita naturalmente pelo mundo dos RPGs, sendo que já possui um sistema próprio para a versão de papel e caneta. Agora, nos videogames, The Witcher (conscientemente traduzido de forma errada — já que o a primeira tradução do nome utilizada nos livros e preferida pelo próprio autor é The Hexer) apresenta um jogo repleto de possibilidades e carregado de aventura.
Faltou inspiração…
Mesmo tomando como base a prolífica obra do autor polonês, o jogo The Witcher não consegue alcançar o mesmo grau de altivez criativa, mostrando uma trama pouco inspirada e previsível.
O universo de Geralt de Rivia é recriado com certa fidelidade, sendo que a história do jogo acompanha as aventuras do caçador de monstros enquanto ele lida com uma repentina amnésia.
O jogo começa quando um grupo de Witchers (caçadores de monstros) encontra Geralt ferido, delirante e totalmente desmemoriado. Depois de receber o socorro de seus colegas, Geralt desperta e começa a lidar com a sua amnésia.
Cercado por seus companheiros de longa data, o herói desmemoriado tenta compreender alguns fatos importantes do seu passado. Entretanto, antes mesmo de Geralt aceitar alguns pontos da sua identidade, um grupo de Witchers rebeldes invade o castelo.
Liderados por um mago extremamente poderoso, os membros da Salamandra — nome do grupo de caçadores criminosos — roubam antigos segredos dos Witchers referentes ao processo de mutação que cada um dos caçadores passa durante a infância para adquirirem seus poderes sobrenaturais.
Feridos moral e fisicamente, os Witchers enviam Geralt (mesmo sem memória) em busca do esconderijo dos membros da Salamandra, incumbindo-o da responsabilidade de recuperar os segredos roubados pelos criminosos.
... Mas deu pro gasto
Com esta trama simplista (herói amnésico em busca de vingança), o jogo cria uma série de “ganchos” que são utilizados para explicar a jogabilidade e o sistema de evolução do personagem. Ora, para que Geralt possa utilizar todos os seus poderes ele terá que reaprender a utilizá-los, ou melhor, terá que lembrar como usá-los.
O que realmente impressiona é que mesmo assim, com uma história nada inovadora, o jogo consegue ser incrivelmente denso, discutindo temas importantes como: racismo, rejeição social, destino e o debate moral.
Ao longo da sua caçada, Geralt terá de tomar uma série de decisões que irão afetar diretamente vários outros aspectos da trama. O jogador vai decidir entre a vida e a morte de outros personagens, salvando ou abandonado pessoas em necessidade, escolhendo um lado em meio a uma grande guerra.
O resultado de cada escolha gera efeitos inesperados, afetando a trama até o momento final da história. Reafirmando o poder das suas decisões, em todos os momentos decisivos, Geralt fará questão de informar as conseqüências de suas ações através de um breve monólogo.
Emoções virtuais a flor da pele
Se a trama não explora todo o universo do autor Andrzej Sapkowski e o sistema de jogo limita-se a uma sucessão de pequenas missões, a caracterização dos personagens criados pelo escritor polonês certamente fazem justiça à obra.
Todos os integrantes do elenco adicionam algum tipo de “tempero” a trama, sendo que o protagonista, Geralt, é certamente o mais completo e complexo de todos. Sarcástico, vingativo, leal, desleal, emotivo, estes são apenas alguns dos adjetivos de um herói repleto de sentimentos e contradições.
Apesar das suas ações serem controladas pelo jogador, em nenhum momento deixamos de perceber a amplitude de emoções que rege o personagem. A ampla gama de opções que se desfralda ante ao jogador não causa nenhum tipo de descrença, criando um cenário realista, habitado por seres ambivalentes.
Após algumas cenas, a fachada de “cara durão”, proposta pelo visual de Geralt, começa a se desmanchar, cedendo um bom espaço para um espectro muito maior de emoções, fato que ajuda a moldar um personagem muito mais interessante do que um simples vingador enfurecido.
E isto não se resume a Geralt, apesar de menos elaborados (até mesmo pelo seu tempo de atuação no jogo), personagens secundários também conseguem transparecer alguns pontos de sua personalidade, ao mesmo tempo em que conseguem imbuir emoções no jogador, criando sentimentos de ódio, perturbação, compaixão, indiferença, etc.
Em busca do passado
Seja em um encontro casual com um bando de elfos saltitantes, ou anões barbudos, todas as interações de Geralt com os outros habitantes deste mundo fantástico são extremamente vivazes e em alguns casos muito divertidas.
Ao longo da sua busca por vingança, o caçador de monstros irá esbarrar com alguns velhos conhecidos — levando em consideração a recente amnésia de Geralt —, tais encontros vão causar um impacto direto na trama, fazendo com que tais personagens ganhem muito mais destaque, voltando a aparecer em outras ocasiões, sejam eles amigos ou inimigos.
Estes tendem a apresentar informações muito úteis para a resolução da misteriosa perda de memória do protagonista, além de oferecer situações interessantes — que tal encontrar a sua namorada e não se lembrar do nome dela?
Virilidade caricata
Como todo bom guerreiro medieval, Geralt é um homem extremamente viril, algo incrivelmente irresistível para qualquer mulher virtual criada por designers trancafiados em cubículos em um escritório polonês.
Tendo isso em mente, Geralt é capaz de realizar proezas sexuais com praticamente todas as mulheres que cruzem o seu caminho. Uma vez que ambos aceitem os termos de tal “compromisso”, uma animação desfocada garante que o rapaz completou o “serviço”.
As desnecessárias cenas de sexo não devem ser levadas a sério, por razões ainda desconhecidas os desenvolvedores resolveram incluí-las no jogo, talvez para forçar uma classificação etária maior.
O fato é que as tais seqüências parecem ter saído diretamente de um filme de comédia (um filme baixo e imaturo é verdade). Algumas das cenas mais bisonhas da história dos videogames aparecem durante as desventuras amorosas de Geralt, os diálogos ridículos parecem ter sido desenvolvidos com o único propósito de fazer rir.
Perdido na tradução
Se você já tem problemas para acompanhar textos e diálogos em inglês, prepare-se para uma experiência extremamente frustrante. Traduzido do original polonês, os diálogos presentes em The Witcher, apresentam sérios problemas, frases quebradas e de interpretação estranha afetam diretamente o seu avanço no jogo.
Os personagens saltam entre um tópico e outro sem qualquer aviso ou pausa, sem contar que algumas frases parecem fora do lugar, enquanto outras parecer ter sido completamente removidas do texto. Algo temerário em qualquer jogo, em especial em um RPG, no qual a trama desenvolve-se quase que exclusivamente através de diálogos.
O jogador sente-se excluído e acaba tendo que recorrer ao diário (presente entre as opções de jogo) para preencher algumas lacunas e outros detalhes secundários da trama.
Armas, magias e alquimia
Geralt possui três formas de ataque e defesa: armas, magia e substâncias alquímicas. O caçador de monstros se equipa com um duas espadas, uma de aço e outra de prata; cada uma destas pode ser utilizada de três maneiras diferentes: ataques rápidos, fortes ou grupais.
Você escolhe uma opção apropriada para a situação e executa o ataque. Geralt irá realizar a ação assim que você clicar no alvo, para realizar ataques sucessivos basta continuar clicando em cima do alvo.
Escolher o melhor estilo de combate é um excelente elemento da jogabilidade, entretanto o combate com armas não é perfeito e apresenta alguns problemas. Excluindo algumas poucas opções de comandos (como ocultar-se), o sistema de combate acaba tornando-se repetitivo após algumas horas.
Sinais mágicos
A magia é realizada através de sinais e pode ser utilizada de várias formas, variando das tradicionais bolas de fogo, controle mental e até mesmo alguns efeitos de telecinese.
Conjurar feitiços é fácil e extremamente conveniente. As magias são capazes de realizar feitos que o Witcher não seria capaz de reproduzir naturalmente, entretanto não causam tanto dano quanto os ataques físicos.
Finalmente temos as misturas alquímicas de Geralt. Combinando diferentes ingredientes encontrados ao longo da sua jornada (normalmente são pedaços de monstros e ervas do campo), Geralt é capaz de manufaturar poções, óleos e até mesmo bombas.
Vivendo e aprendendo
Geralt vai somar pontos de experiência com certa velocidade, o que vai promover freqüentes evoluções do personagem. A cada evolução você irá receber um novo “talento", estes se dividem em três tipos: bronze, prata e ouro.
Estes talentos são gastos no desenvolvimento das habilidades de Geralt, como por exemplo, seus atributos, técnicas de espada e novos sinais mágicos. A maioria dos talentos vai ser usado na melhoria das suas estatísticas de acerto e dano, bem como os seus dados de resistência.
Visões sombrias
Os cenários e os personagens são realistas e detalhados, trazendo à tona todo o clima sombrio do universo criado por Sapkowski. Os interiores também são bem construídos (mesmo que repetitivos).
Se em um computador “mediano” os gráficos são aceitáveis, em máquinas superiores, com todas as opções de vídeo no máximo, o jogo ganha um aspecto soberbo.
O ponto negativo fica por conta dos longos períodos de carregamento (loading) e a repetição dos modelos. Mais de uma vez você verá “clones” de personagens caminhando pelas ruas.
Quanto ao áudio não há nenhuma reclamação a respeito da trilha sonora, que na maior parte do tempo passa despercebida. Já em relação às dublagens fica um alerta para algumas inconstâncias na qualidade do som, bem como no trabalho dos dubladores, que em alguns casos dão maior ênfase a partes estranhas do texto.
Missão cumprida
No final das contas The Witcher oferece uma experiência bem interessante, em especial para os fãs do gênero. Mesmo com alguns lapsos o jogo consegue se equilibrar entre um dos melhores RPG ocidentais dos últimos tempos, fugindo um pouco da formula MMO que tanto faz sucesso atualmente.
The Witcher é uma excelente pedida para todos à procura de um bom RPG, repleto de ação, suspense e até alguns momentos cômicos. Se você prefere um estilo de jogo mais dinâmico ao invés do esquema em turnos (típico das produções japonesas), certamente vai apreciar as aventuras de Geralt de Rivia.
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