Versão tridimensional dos Sims inova... Mas também escorrega
Os ratos de laboratório da Electronic Arts já foram enclausurados diversas vezes em versões de bolso. De fato, até mesmo o iPhone ganhou uma versão bastante decente da última geração de The Sims, que também deu as caras no DS. Aliás, esse talvez seja o principal detalhe capaz de provocar alguns equívocos em relação ao port de The Sims 3 para o 3DS: seria apenas uma versão 3D do mesmo título lançado para o portátil anterior da Nintendo?
A resposta é livre de qualquer dúvida: não mesmo. Embora mantenha características afins com o título lançado para o DS, fato é que a terceira geração dos Sims mantém características próprias no 3DS — boa parte delas mais relacionada com o poder gráfico do console do que com a profundidade de campo gerada pelo efeito estereoscópico.
Entretanto, inovação nem sempre é igual a uma boa proposta. Na verdade, embora apresente gráficos inegavelmente mais bem polidos — substituindo os alienígenas do DS por figuras realmente parecidas com seres humanos —, The Sims 3 para o 3DS escorrega em pontos que o DS conseguiu evitar.
Há, por exemplo, menos traços de personalidades, as barras de energia foram substituídas por estruturas gráficas que, embora sejam mais realistas — já que você dificilmente conseguiria representar sua vontade de ouvir música com uma barra verde —, diminuem um pouco do controle intuitivo dos jogos anteriores. Além disso, a ausência de alguns itens é simplesmente inexplicável, e há agora sérias restrições para instituir uma nova família. Vamos aos detalhes.
Embora vá muito do que poderia ser uma simples reapresentação de The Sims 3 para DS, a versão que encontrou o 3DS foi capaz de apresentar não apenas gráficos estereoscópicos, mas também uma nova organização e, consequentemente, uma nova forma de se jogar The Sims em formato pocket.
Apesar disso, a EA não conseguiu escapar de alguns escorregões. Alguns recursos foram inexplicavelmente limitados, e algumas pessoas podem mesmo estranhar (pelo menos no início) o fato de a jogabilidade estar completamente desvinculada das imagens do jogo.
Dessa forma, embora não se trate de uma das melhores leituras feitas dos ratos da EA, The Sims 3 ainda representa uma opção bastante razoável para o 3DS; sobretudo para quem nunca teve a experiência de se passar por um deus.
Categorias
Nota do Voxel