Imagem de The Chronicles of Riddick: Assault on Dark Athena
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The Chronicles of Riddick: Assault on Dark Athena

Nota do Voxel
73

Ligeiramente divertido e envolvente, o retorno de Riddick impressiona apenas em alguns pontos.

The Chronicles of Riddick: Escape From Butcher Bay foi um dos jogos mais aclamados pelos críticos... Há praticamente cinco anos atrás. Lançado em 2004 para as plataformas Xbox e PC, o título se destacou dentre os demais FPS por algumas peculiaridades bastante interessantes tanto na jogabilidade quanto nos recursos técnicos apresentados.

Além disso, o jogo marcou presença também por exibir uma ambientação extremamente fiel ao que ocorre na franquia de longas-metragens de Vin Diesel. O que muitos estavam esperando, portanto, é que o game dedicado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC — Assault on Dark Athena — fosse igualmente intrigante, devido às melhorias variadas dentro do desenvolvimento de jogos.


Na realidade, não foi bem isso o que ocorreu. Assault on Dark Athena, apesar de propiciar um nível aceitável de diversão, deixa a desejar no que diz respeito a inovações. Contendo um remake aprimorado da trama de Escape From Butcher Bay e uma nova história com Riddick, o jogo não mostrar novidades de grande porte, mas, pelo menos, conta com a ambientação cativante do título aclamado em 2004.

A fuga de Richard B. Riddick

Comecemos pelo velho. Para quem gosta do personagem incorporado por Vin Diesel mas não teve o prazer de acompanhar o sucesso gerado pelo game para Xbox e PC, este jogo é imperdível. Escape From Butcher Bay está ainda melhor que o original. É claro que, levando em conta os cinco anos que separam os dois títulos, há uma pequena quantidade de falhas técnicas, mas nada que separe os fãs do implacável Riddick.

Como um todo, a atmosfera do primeiro game é genial. Como os itens originais permanecem firmes e fortes, a fuga de Riddick torna-se ainda mais divertida. O fugitivo deve utilizar seus "talentos variados" para abrir caminho rumo à liberdade, bem como uma série de instrumentos diferentes: os próprios punhos, armas de ataque corpo-a-corpo, rifles de assalto, escopetas...

O abandono da cautela Experimentando a jogabilidade do primeiro jogo, o gamer pode rapidamente compreender a mecânica geral de movimentação e ação. Riddick prefere as sombras para agir, portando o Stealth Mode (modo furtivo), é crucial para a matança silenciosa de certos guardas e inimigos. No entanto, o criminoso não economiza esforços quando precisa socar oponentes em combates diretos.

A prisão pode parecer um local restrito para servir de ambiente principal de um game. No entanto, a história ocorre de forma dinâmica e envolvente, fazendo com que Riddick deva se relacionar diretamente com outros prisioneiros e realizar uma série de investidas silenciosas para cumprir os objetivos das missões. Ponto para o trabalho de vozes do game, que é um dos principais pilares da estrutura geral do game.

Já Dark Athena...

...não foi tão bem-sucedido assim. Assault on Dark Athena é inteiramente baseado no esquema de jogo do título original, mas não apresenta adições significativas. Um dos poucos itens que se destacam é a animação das modelagens faciais dos personagens, que estão ligeiramente melhoradas e um pouco mais convincentes.

Podemos comparar os dois games aos filmes devido ao excelente trabalho de vozes apresentado em cada um deles. Vin Diesel, com sua voz grave e intimidante, lidera os demais protagonistas com um desempenho admirável. Em outras palavras, é possível afirmar que a atmosfera dos dois jogos é igualmente impressionante e interessante.

Mas o principal item não foi melhorado com unhas e dentes: dinâmica de jogo. As missões entediantes do segundo título não se comparam à ação bem construída de Escape From Butcher Bay. O desenrolar dos fatos não convence e deixa a desejar em vários aspectos, pois é inevitável a comparação entre os dois games. Artificial é um bom termo para descrever certos elementos do título de 2009.


Quanto à jogabilidade, também não há inovações de peso. Punhos, armas futuristas e objetos cortantes são utilizados por Riddick na matança de Drones e outros inimigos. O personagem, ainda, pode se esconder nas sombras, eliminar oponentes furtivamente e esconder os corpos nas sombras do cenário. São poucas as vezes nas quais o jogador realmente deve se dar ao trabalho de ocultar os defuntos.

Os olhos poderosos de Riddick são primordiais para o sucesso em determinados ambientes. A fraca iluminação torna-se uma aliada poderosa, ainda mais quando há a oportunidade de atirar em certas lâmpadas para tornar os ambientes ainda mais escuros. Infelizmente, a inteligência artificial não oferece grandes desafios para os gamers familiarizados com FPS em consoles, mesmo com a necessidade de se movimentar discretamente na escuridão.

Vin Diesel esbanja força A jogabilidade, portanto, de elementos furtivos, ação em perspectiva de primeira pessoa, alguns quebra-cabeças e até mesmo movimentação em perspectiva de terceira pessoa ("a la Tomb Raider"). Uma mistura infeliz. Há momentos em que o jogador deve perder bastante tempo desvendando os caminhos a serem percorridos por Riddick, que, felizmente, pula e escala com tremenda facilidade.

É claro que a previsibilidade e a linearidade levam a apenas um elemento: monotonia. Como a dinâmica de Assault on Dark Athena apanha feio para a que é encontrada no primeiro game, a decepção é praticamente inevitável. Uma proposta interessante, uma herança espetacular e um personagem brutalmente violento... E nada de jogo bom.

Bem, o jogo não é de todo ruim. Há um mínimo de tensão e adrenalina durante alguns momentos nos quais o gamer deve prestar atenção e agir com sabedoria. Riddick, se controlado sabiamente, é um combatente discreto, forte e muito ágil.

Um conjunto insosso

Para quem já jogou Escape From Butcher Bay, há poucas razões para experimentar o título lançado em 2009. Essas razões — as ditas "novidades" — não fazem com que os jogadores fiquem empolgados com o game. Indiferença é algo que pode facilmente transpassar os rostos dos gamers que tentarem enxergar as escassas particularidades de Dark Athena.

Outro item que consta na ação do game é repetitividade. Tudo bem, inimigos de estilos diferentes tomam conta das telas, mas eliminá-los sempre do mesmo jeito não colabora nem um pouco para a diferenciação da dinâmica de jogo. As empreitadas de Riddick no cumprimento de missões são muito mais expressivas no começo da trama. Depois de horas, quase tudo é entediante.

Os seis modos multiplayer apresentados, apesar da variedade, não impressionam. O Baixaki Jogos teve problemas com dois itens: atraso na conexão (o famoso "lag") e escassez de jogadores online. Ainda assim, foi possível experimentar um pouco da pancadaria online oferecida pelos desenvolvedores da Starbreeze Studios.

Armas simplesmente bizarras

Enquanto os tradicionais modos Deathmatch, Team Deathmatch e Capture the Flag funcionam exatamente como o esperado. Uma das atrações, no entanto, é o modo Pitch Black, no qual um jogador assume o papel de Riddick e é caçado pelos demais gamers. Quem eliminar o criminoso acaba se transformando no próprio Riddick e assim por diante.

Num panorama geral, os visuais de Assault on Dark Athena são aprazíveis. É claro que os detalhes poderiam ser trabalhados de forma mais cuidadosa, dando a entender que os desenvolvedores não conseguiram polir o game e, ao mesmo tempo, deixá-lo com um desempenho fluido e constante. Tanto o PlayStation 3 quanto o Xbox 360 poderiam ser explorados de forma mais intensa.

Os sons, no entanto, são muito bons. Vale a pena reforçar que o trabalho de vozes é sensacional e conta com uma qualidade bem elevada. A ambientação sonora, como um todo, é suficiente para conquistar os fãs de Riddick.


The Chronicles of Riddick: Assault on Dark Athena é um bom jogo, mas decepcionou a todos que esperavam uma nova trama com jogabilidade e dinâmica espetaculares. O remake de Escape From Butcher Bay é muito interessante, mas não o suficiente para compensar as falhas apresentadas em Assault on Dark Athena.
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