Imagem de The Banner Saga
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The Banner Saga

Nota do Voxel
86

Um novo épico dos jogos eletrônicos

Embora uma análise superficial de The Banner Saga revele um universo que retrata os famosos vikings de maneira semelhante àquela vista em outros meios, basta passar pela hora inicial do jogo para que essa impressão suma. Esse é o tempo necessário para a Stoic (companhia fundada por ex-funcionários da BioWare) provar que estamos lidando aqui com um mundo repleto de elementos originais.

O game tem como cenário um mundo no qual os deuses, que costumavam caminhar pela terra, estão mortos. Além disso, o Sol simplesmente deixou de se movimentar pelos céus, o que condenou parte do mundo a um dia infinito (e outra a uma noite que se estende indefinidamente).

Para completar esse cenário, criaturas com características mecânicas conhecidas como dredges representam uma ameaça constante, por mais que uma grande guerra os tenha restringido a uma pequena região do planeta. Nesse contexto, você controla o destino de duas caravanas — ambas formadas por uma mistura entre humanos e os gigantescos varls — que têm a missão de sobreviver a um novo grande conflito que parece estar prestes a se iniciar.

The Banner Saga é um game que sabe muito bem a audiência que deseja atingir e não faz concessões para tentar ampliar esse público. Assim, embora o game não seja recomendado para quem ainda está dando os primeiros passos no gênero RPG, quem já domina as características desse estilo de jogo vai se deliciar com o que a Stoic oferece neste que deve ser o primeiro capítulo de uma trilogia.

Apresentando uma história intrigante recheada de personagens interessantes (cujo desenvolvimento peca em alguns pontos, infelizmente) e um sistema de batalha que realmente exige a elaboração de estratégias eficientes, o game tem tudo para se tornar um sucesso — mesmo que isso ocorra dentro de um círculo limitado de pessoas (o que não é exatamente um problema).

Não fossem seus defeitos de interface primários, The Banner Saga poderia ser considerado um trabalho tão bom quanto o que a BioWare (ex-casa dos membros da Stoic) fez com títulos como Star Wars: Knights of the Old Republic. Do jeito que o game está atualmente, ele tem que conviver com o fato de não ser um produto essencial, se “contentando” simplesmente em ser muito bom.

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