Dez anos e oito jogos depois, Tenchu Z chega ao Xbox 360 sem muitas novidades.
Quando o primeiro título da série Tenchu foi lançando, em meados de 1997, seu sistema de jogo inovador, baseado na ação furtiva, cativou muitos jogadores, bem como abriu um campo hoje explorado com perfeição por outras franquias como Hitman e Metal Gear.
Dez anos e várias plataformas depois, Tenchu chega ao Xbox 360. Depois de sete títulos — sendo três deles para o PS1, dois para o PS2 e mais um para o PSP e outro para o DS — estabeleceu uma carreira de sucesso. Com este longo currículo, não se pode negar o apelo dos ninjas do clã Azuma. Comandados por Rikimaru, os ninjas da série Tenchu conseguiram deixar a sua marca no mundo dos videogames.
E justamente por conta de tal histórico, a decepção ao jogar Tenchu Z para o Xbox 306 seja ainda maior. O jogo não inova seu sistema e segue no mesmo padrão introduzido ainda no PlayStation. Os gráficos evoluíram, mas ficam aquém das possibilidades do console. As novidades são banais e a jogabilidade extremamente repetitiva.
Silenciosos e sonolentos
O jogo se desenvolve na forma de pequenas histórias, depois de criar e personalizar o seu personagem, você poderá vê-las ao longo de 50 missões, cada uma com um mapa e objetivo diferente. A história apresentada é pouco envolvente e deixa bem claro que o grande atrativo de Tenchu são as técnicas de furtividade dos ninjas. Basicamente ao inicio de cada missão, uma pequena animação mostra o objetivo e depois de alguns minutos outra animação mostra você vitorioso.
Conforme você complete as fases, pontos e dinheiro entram no caixa — estes poderão ser usados para comprar novos itens e habilidades ninja. Os itens são interessantes e, quando você usá-los pela primeira vez, até irá achar legal, mas logo você perceberá que a sua espada é muito mais eficiente. A melhor alternativa, muitas vezes, é passar despercebido evitando todos inimigos. É muito mais fácil do que parece.
Dez anos e várias plataformas depois, Tenchu chega ao Xbox 360. Depois de sete títulos — sendo três deles para o PS1, dois para o PS2 e mais um para o PSP e outro para o DS — estabeleceu uma carreira de sucesso. Com este longo currículo, não se pode negar o apelo dos ninjas do clã Azuma. Comandados por Rikimaru, os ninjas da série Tenchu conseguiram deixar a sua marca no mundo dos videogames.
E justamente por conta de tal histórico, a decepção ao jogar Tenchu Z para o Xbox 306 seja ainda maior. O jogo não inova seu sistema e segue no mesmo padrão introduzido ainda no PlayStation. Os gráficos evoluíram, mas ficam aquém das possibilidades do console. As novidades são banais e a jogabilidade extremamente repetitiva.
Silenciosos e sonolentos
O jogo se desenvolve na forma de pequenas histórias, depois de criar e personalizar o seu personagem, você poderá vê-las ao longo de 50 missões, cada uma com um mapa e objetivo diferente. A história apresentada é pouco envolvente e deixa bem claro que o grande atrativo de Tenchu são as técnicas de furtividade dos ninjas. Basicamente ao inicio de cada missão, uma pequena animação mostra o objetivo e depois de alguns minutos outra animação mostra você vitorioso.
Conforme você complete as fases, pontos e dinheiro entram no caixa — estes poderão ser usados para comprar novos itens e habilidades ninja. Os itens são interessantes e, quando você usá-los pela primeira vez, até irá achar legal, mas logo você perceberá que a sua espada é muito mais eficiente. A melhor alternativa, muitas vezes, é passar despercebido evitando todos inimigos. É muito mais fácil do que parece.
Apesar do jogo apresentar 50 missões diferentes, a maioria dos objetivos se repetem, e logo tornam-se desinteressantes. Você verá que na maioria das vezes basta correr pela vila e cumprir logo o objetivo.
Muy amigo
O jogo traz um modo multiplayer para até quatro jogadores na Xbox Live, entretanto este modo utiliza os mesmos cenários e missões do modo singleplayer, tornando o jogo extremamente enfadonho e desinteressante.
E apesar de se tratar de um multiplayer cooperativo, há pouca cooperação entre os usuários já que um problema de atraso na resposta transforma a ação online em algo lento e repleto de falhas. Sem contar que, se você já conhece o cenário, nada o impede de deixar seus colegas para trás e completar o objetivo sozinho.
Duplo Twist Carpado
No modo solo você passa por um pequeno tutorial antes de iniciar as missões, neste tutorial você aprende os comandos básicos. Mesmo não sendo difíceis de dominar, são muito chatos de executar. Por exemplo, para rastejar, você deve segurar o botão Rb e controlar com o analógico esquerdo.
Os movimentos especiais, que podem ser aprendidos utilizando os pontos de cada missão, são ainda mais chatos de executar. Mas o grande problema é que não surtem muito efeito, visualmente é extraordinário ver seu ninja executar um Duplo Twist Carpado do alto de um muro e cair sobre um inimigo, mas no final das contas esse movimento elaborado não é mortal, e logo você é obrigado a sacar a espada e passar a faca no indivíduo.
Quando um não quer, dois não brigam
Para o pessoal da FromSoftware, todos os guardas do Japão feudal sofriam de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), pois vivem falando sozinho e andando de um lado para o outro. A falta de inteligência artificial deixa o jogo muito fácil, e por conseqüência muito chato. Já que eles estão no Japão, pode ser que seja uma espécie de meditação Zen-budista. Presos a um loop, eles repetem o comportamento até a exaustão.
Infelizmente, parece que além de distúrbios psicológicos os japoneses também sofrem de problemas neurológicos. Talvez por conta da radiação de Hiroshima, todos os guardas sofrem de Alzheimer, e por conta disso não possuem memória alguma. Caso você seja descoberto, o que só irá acontecer se você cair em cima de um desses imbecis mal renderizados, basta dobrar uma esquina e esperar um minuto. Por incrível que pareça, o guarda esquece que acabou de ver um ninja e volta a sua rotina de resmungar e andar de um lado para o outro.
E com o novo modo de edição, você poderá correr pelado com um cata-vento na boca, pelo meio da vila, e ainda assim completar o seu objetivo com relativa facilidade.
Ninjas, mas nem tanto
Os gráficos não impressionam nem um pouco, ainda mais se levarmos em conta o poderio do hardware do Xbox 360, sendo que muitas vezes dá-se a impressão de que se trata de um título do PS2.
As apresentações que surgem na introdução e conclusão das missões estão boas, mas uma vez dentro do modo do jogo os gráficos voltam a cair de qualidade. Os cenários são bem construídos e o exterior dos prédios está bem desenhado, entretanto os personagens são mal definidos.
Por maior que sejam as suas habilidades ninjas, você jamais será capaz de atravessar uma caixa, já em Tenchu Z com seus problemas de cliping, as coisas ficam mais intangíveis que o normal. Uma habilidade especial encontrada em Tenchu é a capacidade de andar sem sair do lugar, ou quem sabe ainda andar sem se mexer. Problemas grosseiros que acabam atrapalhando na jogabilidade.
Outro problema enervante é a posição da câmera, você terá que ajustá-la constantemente, isso pode comprometer a sua localização, caso você esteja próximo de um inimigo, mas não consiga vê-lo por conta da posição da câmera.
Tenchu: Punição dos céus
Traduzindo o nome japonês, Ten, significa céu e Chu, significa punição. Podemos dizer que o nome é bem apropriado
A série Tenchu parece ter esgotado suas idéias, seu sistema de jogo não mudou de forma significativa desde o jogo original lançado a dez anos atrás, os gráficos estão cheios de problemas e a inteligência artificial beira ao absurdo. Todos esses pontos acabam minando o que poderia ser um bom título.
É inegável o apelo que os ninjas exercem na cultura popular, e com jogos como Splinter Cell , Metal Gear e Hitman, mostraram como o gênero de ação furtiva pode ser envolvente. Tenchu Z falha em explorar seu potencial e mostra-se como mais um jogo medíocre. As inovações como o modo de edição pouco acrescentam ao jogo.
Talvez os fãs mais saudosistas consigam apreciar o jogo de outra forma, e mesmo assim para estes fãs ficará a saudade de controlar o famoso Rikimaru.
Nota do Voxel