Os fãs de Soldier of Fortune simplesmente se frustrarão com Payback.
Soldier of Fortune é uma série de jogos extremamente conhecida no mundo dos games. Ações iniciadas de maneira rápida, com missões típicas de tramas de filmes (executar um determinado indivíduo que anda causando estrago para sua agência, por exemplo), são as principais características das várias seqüências de jogos SoF.
Títulos como Double Helix Gold são amplamente divulgados no PC. A praticidade e simplicidade da ação em games como esse, principalmente no modo online (mais jogados no estilo Capture the Flag), teoricamente são os pontos fortes da série. Payback não dá continuação a esses aspectos. O game apenas foi uma produção infeliz.
Vários defeitos na jogabilidade
O game apresenta, tradicionalmente, o mesmo esquema de missões dos outros jogos da série. Um breve briefing ocorre para que o protagonista compreenda sua missão (enquanto o console carrega o jogo em um processo um tanto demorado) e aparece uma descrição escrita da tarefa.
O personagem principal? Thomas Mason, um mercenário freelancer que se encontra em missões extremamente difíceis, repletas de terroristas e soldados especiais tenebrosos.
A missão inicial é escoltar um indivíduo importante para aqueles que atualmente empregam Mason. Mas, surpreendentemente, tudo dá errado. O agente que acompanha Mason nessa missão é um traidor, e acaba matando o personagem escoltado. O agente duplo afirma que os inimigos estão pagando mais pelo mesmo serviço, mas executado do outro lado.
Então Mason embarca em uma série de missões bastante perigosas. Para cumprir seus objetivos, não bastam apenas armas comuns, mas sim muito sangue frio para explodir tudo com equipamentos violentos.
Isso é um dos vários pontos negativos do game. Armas avassaladoras. Há equipamentos tão apelativos que podem sinplesmente explodir tudo e fazer com que corpos voem desmembrados. No entanto, paredes simples de madeira são indestrutíveis, bem como objetos simples, como baldes e pratos.
Mesmo assim alguns detalhes gráficos tentam amenizar o desastre que é o game. Atirar em lâmpadas para fazê-las apagar (infelizmente elas não são destruídas, apenas a luz some do objeto) e descarregar o pente em carros para fazê-los explodir são alguns aspectos agradáveis na experiência do jogo.
Além disso, há a possibilidade de personalizar as armas com até quatro acessórios. Também existe uma boa quantidade de armas selecionáveis, sendo que o jogador pode escolher uma arma principal, uma secundária, uma arma de mão e um tipo de granada.
A trama do game é curta, sem grandes quesitos impressionantes em seu andamento. Jogando a campanha, o gamer consegue explorar praticamente tudo que o jogo oferece, o que é bastante desapontador, visto a quantidade de falhas e pontos fracos presentes na jogabilidade.
Que falhas? Bem, para começar, se o jogador equipar uma arma e utilizar seu zoom para realizar um tiro preciso, se decepcionará facilmente. Pois se a mira estiver exatamente na cabeça do inimigo, o tiro não irá seguir essa direção e não irá acertar a testa do oponente. Alguns podem até chamar de realismo, mas em se tratando de armas profissionais, um agente especial e nenhuma oscilação do personagem durante o zoom da mira, como que o tiro pode ir para outro lugar senão onde aponta a mira?
Segurar a granada para depois arremessá-la e assistir uma explosão quase imediata? Não é possível. Deitar no chão para se proteger melhor dos oponentes? Também não.
Além disso, a inteligência artificial é tremendamente ruim, pois os NPCs (non-playing characters – personagens que o player não pode controlar) possuem movimentos padronizados e ridiculamente previsíveis. Há momentos em que, se o jogador permanecer parado em um certo lugar durante uma longa quantidade de tempo, tomará tiros em intervalos de tempo constantes e não morrerá, mesmo com dois oponentes atirando do outro lado do cenário.
Portanto, para os fãs de games de ação (mesmo nos consoles), o último nível de dificuldade será bastante fácil. Usar as armas avassaladoras e as granadas para explodir os NPCs em lugares estratégicos torna-se uma tarefa simples, e até mesmo maçante.
O visual tenta salvar o game
No primeiro contato, o jogador tem a possibilidade de ficar impressionado com o visual do game. Com as tecnologias de última geração, os produtores puderam proporcionar gráficos convincentes. Mesmo assim, há diversos defeitos.
A comparação com Call of Duty 4, a última sensação dos games de ação em primeira pessoa, é inevitável. Logicamente, diversos defeitos podem ser constatados em Payback. Objetos como paredes de madeira, pratos e utensílios frágeis são indestrutíveis, e nem mesmo os tiros ultrapassam suas superfícies.
Mas o jogo possui seus charmes. Por exemplo, carros podem ser explodidos (mesmo de maneira mal feita, pois atirar em qualquer lugar do automóvel durante um certo tempo fará com que ele exploda), e lâmpadas são apagadas ao serem metralhadas, embora não quebrem, o que é um tanto ridículo.
As paisagens naturais preenchem o game de maneira agradável. Há alguns defeitos na superfícies de paredes e em sombras, mas o conjunto, como um todo, é visualmente belo. A quantidade de detalhes, infelizmente, causa uma queda brusca de FPS (frames per second – quadros exibidos por segundo), dificultando a jogabilidade mais uma vez.
A maleabilidade dos corpos de inimigos derrotados também é outro ponto que aparenta ser uma tentativa de amenizar a quantidade de pontos ruins do game. Decepar membros dos oponentes e suas cabeças (causando uma grande quantidade de sangue jorrado em volta) é legal, mas observar corpos tortos sem pernas flutuando no ar de maneira inexplicável é extremamente decepcionante.
Os cenários são complexos, mas totalmente inexploráveis em sua magnitude. Somente algumas portas específicas podem ser abertas, e embora em alguns cenários vastos terrenos aparecem perante o protagonista e diversas construções são exibidas, nada pode ser explorado totalmente.
Favor não tentar comparar com os outros...
...senão é desastre na certa. Medir os aspectos de Payback tendo como base os outros títulos da série ou grandes games como Call of Duty 4 e Far Cry é algo horrorizante. Comparar o último SoF com esses games é como equiparar Blood (lembram dele?) a Crysis: simplesmente não dá.
O modo multiplayer também é ruim, tanto no PC quanto nos consoles. Nos consoles, a possibilidade de encontrar o famoso lag (demora na resposta dos comandos) é maior ainda, e não há muita gente jogando na internet, o que contribui para uma experiência online ruim.
Com alguns sons bons e certos aspectos gráficos decentes, Soldier of Fortune: Payback é uma boa opção apenas para aqueles que realmente são fãs da série.
Títulos como Double Helix Gold são amplamente divulgados no PC. A praticidade e simplicidade da ação em games como esse, principalmente no modo online (mais jogados no estilo Capture the Flag), teoricamente são os pontos fortes da série. Payback não dá continuação a esses aspectos. O game apenas foi uma produção infeliz.
Vários defeitos na jogabilidade
O game apresenta, tradicionalmente, o mesmo esquema de missões dos outros jogos da série. Um breve briefing ocorre para que o protagonista compreenda sua missão (enquanto o console carrega o jogo em um processo um tanto demorado) e aparece uma descrição escrita da tarefa.
O personagem principal? Thomas Mason, um mercenário freelancer que se encontra em missões extremamente difíceis, repletas de terroristas e soldados especiais tenebrosos.
A missão inicial é escoltar um indivíduo importante para aqueles que atualmente empregam Mason. Mas, surpreendentemente, tudo dá errado. O agente que acompanha Mason nessa missão é um traidor, e acaba matando o personagem escoltado. O agente duplo afirma que os inimigos estão pagando mais pelo mesmo serviço, mas executado do outro lado.
Então Mason embarca em uma série de missões bastante perigosas. Para cumprir seus objetivos, não bastam apenas armas comuns, mas sim muito sangue frio para explodir tudo com equipamentos violentos.
Isso é um dos vários pontos negativos do game. Armas avassaladoras. Há equipamentos tão apelativos que podem sinplesmente explodir tudo e fazer com que corpos voem desmembrados. No entanto, paredes simples de madeira são indestrutíveis, bem como objetos simples, como baldes e pratos.
Mesmo assim alguns detalhes gráficos tentam amenizar o desastre que é o game. Atirar em lâmpadas para fazê-las apagar (infelizmente elas não são destruídas, apenas a luz some do objeto) e descarregar o pente em carros para fazê-los explodir são alguns aspectos agradáveis na experiência do jogo.
Além disso, há a possibilidade de personalizar as armas com até quatro acessórios. Também existe uma boa quantidade de armas selecionáveis, sendo que o jogador pode escolher uma arma principal, uma secundária, uma arma de mão e um tipo de granada.
A trama do game é curta, sem grandes quesitos impressionantes em seu andamento. Jogando a campanha, o gamer consegue explorar praticamente tudo que o jogo oferece, o que é bastante desapontador, visto a quantidade de falhas e pontos fracos presentes na jogabilidade.
Que falhas? Bem, para começar, se o jogador equipar uma arma e utilizar seu zoom para realizar um tiro preciso, se decepcionará facilmente. Pois se a mira estiver exatamente na cabeça do inimigo, o tiro não irá seguir essa direção e não irá acertar a testa do oponente. Alguns podem até chamar de realismo, mas em se tratando de armas profissionais, um agente especial e nenhuma oscilação do personagem durante o zoom da mira, como que o tiro pode ir para outro lugar senão onde aponta a mira?
Segurar a granada para depois arremessá-la e assistir uma explosão quase imediata? Não é possível. Deitar no chão para se proteger melhor dos oponentes? Também não.
Além disso, a inteligência artificial é tremendamente ruim, pois os NPCs (non-playing characters – personagens que o player não pode controlar) possuem movimentos padronizados e ridiculamente previsíveis. Há momentos em que, se o jogador permanecer parado em um certo lugar durante uma longa quantidade de tempo, tomará tiros em intervalos de tempo constantes e não morrerá, mesmo com dois oponentes atirando do outro lado do cenário.
Portanto, para os fãs de games de ação (mesmo nos consoles), o último nível de dificuldade será bastante fácil. Usar as armas avassaladoras e as granadas para explodir os NPCs em lugares estratégicos torna-se uma tarefa simples, e até mesmo maçante.
O visual tenta salvar o game
No primeiro contato, o jogador tem a possibilidade de ficar impressionado com o visual do game. Com as tecnologias de última geração, os produtores puderam proporcionar gráficos convincentes. Mesmo assim, há diversos defeitos.
A comparação com Call of Duty 4, a última sensação dos games de ação em primeira pessoa, é inevitável. Logicamente, diversos defeitos podem ser constatados em Payback. Objetos como paredes de madeira, pratos e utensílios frágeis são indestrutíveis, e nem mesmo os tiros ultrapassam suas superfícies.
Mas o jogo possui seus charmes. Por exemplo, carros podem ser explodidos (mesmo de maneira mal feita, pois atirar em qualquer lugar do automóvel durante um certo tempo fará com que ele exploda), e lâmpadas são apagadas ao serem metralhadas, embora não quebrem, o que é um tanto ridículo.
As paisagens naturais preenchem o game de maneira agradável. Há alguns defeitos na superfícies de paredes e em sombras, mas o conjunto, como um todo, é visualmente belo. A quantidade de detalhes, infelizmente, causa uma queda brusca de FPS (frames per second – quadros exibidos por segundo), dificultando a jogabilidade mais uma vez.
A maleabilidade dos corpos de inimigos derrotados também é outro ponto que aparenta ser uma tentativa de amenizar a quantidade de pontos ruins do game. Decepar membros dos oponentes e suas cabeças (causando uma grande quantidade de sangue jorrado em volta) é legal, mas observar corpos tortos sem pernas flutuando no ar de maneira inexplicável é extremamente decepcionante.
Os cenários são complexos, mas totalmente inexploráveis em sua magnitude. Somente algumas portas específicas podem ser abertas, e embora em alguns cenários vastos terrenos aparecem perante o protagonista e diversas construções são exibidas, nada pode ser explorado totalmente.
Favor não tentar comparar com os outros...
...senão é desastre na certa. Medir os aspectos de Payback tendo como base os outros títulos da série ou grandes games como Call of Duty 4 e Far Cry é algo horrorizante. Comparar o último SoF com esses games é como equiparar Blood (lembram dele?) a Crysis: simplesmente não dá.
O modo multiplayer também é ruim, tanto no PC quanto nos consoles. Nos consoles, a possibilidade de encontrar o famoso lag (demora na resposta dos comandos) é maior ainda, e não há muita gente jogando na internet, o que contribui para uma experiência online ruim.
Com alguns sons bons e certos aspectos gráficos decentes, Soldier of Fortune: Payback é uma boa opção apenas para aqueles que realmente são fãs da série.
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