Agente laranja, napalm e muito terror! Shellshock 2 retorna ao Vietnã mas se perde na floresta.
Ultimamente a Eidos — a mesma de Deus Ex, Thief, Legacy of Kain e, é claro, Tomb Raider — não tem conseguido emplacar os mesmos sucessos de outrora. Até a aristocrata/aventureira/modelo Lara Croft já parece um tanto cansada.
Sua nova empreitada, uma parceria com a Rebellion Developments (mais conhecida por seus trabalhos nos portáteis, como Miami Vice e James Bond: From Russia with Love ambos para o PSP), retorna a guerra do Vietnã com a nova edição da franquia Shellshock.
A continuação de Shellshock: Nam ‘67, que foi desenvolvido pela então desconhecida Guerrilla Games, hoje aclamada pela franquia Killzone. Lembrando que nesse título o foco era a ação e não o visual e tensão psicológica que são destilados ao longo de Shellshock 2. Outra diferença significativa é a perspectiva de jogo, enquanto Nam ’67 apresentava o jogo em terceira pessoa, sua continuação aborda a jogabilidade através de uma visão na primeira pessoa.
Apesar do berço de ouro e do grande potencial do título, Shellshock 2 não consegue prender o interesse do jogador em nenhum momento. O acúmulo de falhas logo se sobrepõe aos poucos atributos positivos. Mesmo assim o título ainda consegue proporcionar alguns bons sustos e uma boa dose de violência gratuita no melhor estilo Manhunt ou Condemned.
O horror, o horror!
Um dos pontos altos do jogo certamente é a sua trama sinistra e ambientação sombria. O cenário da Guerra do Vietnã, amplamente explorado pelo cinema e literatura, ainda parece pouco utilizado nos videogames — que preferem ambientar seus títulos nos frontes da Segunda Guerra Mundial.
Na pele do estereotipado soldado estadunidense pueril recém apresentado aos horrores da guerra, você se junta a uma força especial que deve embrenhar-se na densa e mortal mata vietnamita em uma missão para resgatar os sobreviventes de um avião que caiu no meio do território inimigo.
Mas há muito mais por trás dessa simples missão, primeiro o fato de que o seu irmão, Cal, foi o único sobrevivente do acidente. Para piorar as coisas o tal avião e o pelotão de elite do qual o seu irmão faz parte, estava carregando uma preciosa e misteriosa carga conhecida apenas pelo codinome WhiteKnight.
De volta para o inferno
Shellshock 2 abusa do clima sinistro para criar vários momentos de muita tensão ao logo do jogo. Infelizmente tudo é feito de uma forma muito precária o que acaba com qualquer pretensão do título. A idea certamente é inteligente mas a execução é pobre. Os gráficos assustam mais pela baixa qualidade ao invés do que é exibido, os efeitos sonoros, mesmo que bem engendrados acabam caindo na rotina e logo perdem o impacto.
Entretanto essas mesmas características, mesmo que falhas, ainda servem como um fator de distinção dos outros FPS genéricos similares que encontramos pela internet. Um bom exemplo é a fase de abertura do jogo, em meio a uma floresta, na qual você por ser atacado por vários inimigos que surgem por todos os lados, ao mesmo tempo, inclusive quando você está em ambientes fechados (casas, túneis ,...).
Infelizmente, a inteligência artificial pouco desenvolvida acaba reduzindo o desafio do que seria uma situação realmente desesperadora. A jogabilidade é extremamente falha, os controles mal ajustados tornam a mira precisa impraticável. Além disso, o SIXAXIS é (mais uma vez) mal utilizado em uma espécie de mini-game de luta corpo-a-corpo.
Todo o horror da guerra
O visual do jogo é praticamente idêntico no Xbox 360 e PlayStation 3, apesar de que no último os gráficos parecem mais escuros do que em seu rival, sendo que nos computadores a qualidade é um pouco maior por conta da possibilidade de se ajustar vários componente visuais.
Mesmo com o ajuste de gamma, o console da Sony continua sofrendo com os visuais obscuros, que em alguns momentos prejudicam muito a jogabilidade. Além disso, a própria construção dos níveis é pouco inspirada, parecendo um verdadeiro retalho de clichês cinematográficos, como as vilas e túneis vietnamitas.
Cheiro do napalm
No final das contas é na jogabilidade que Shellshock 2 realmente perde o seu rumo e transforma o que seria um título de grande potencial em mais um FPS dispensável. De fato, as chances de que você não vá odiar o jogo são muito grandes — afinal de contas trata-se de um título cuja base é muito boa —, mas ao mesmo tempo é um jogo não conseguirá prender a sua atenção.
Por conta da sua superficialidade e acúmulo de erros, Shellshcko 2 perde uma boa chance de expandir a mitologia bem apresentada de Shellshock: Nam ’67. O clima sinistro e a trama envolvente acabam sucumbindo frente aos problemas gráficos e especialmente de jogabilidade.
Para os mais fanáticos, o jogo vale uma locação, mas somente para aqueles que realmente apreciam o gênero ou a franquia, caso contrário esse é mais um título dispensável.
Sua nova empreitada, uma parceria com a Rebellion Developments (mais conhecida por seus trabalhos nos portáteis, como Miami Vice e James Bond: From Russia with Love ambos para o PSP), retorna a guerra do Vietnã com a nova edição da franquia Shellshock.
A continuação de Shellshock: Nam ‘67, que foi desenvolvido pela então desconhecida Guerrilla Games, hoje aclamada pela franquia Killzone. Lembrando que nesse título o foco era a ação e não o visual e tensão psicológica que são destilados ao longo de Shellshock 2. Outra diferença significativa é a perspectiva de jogo, enquanto Nam ’67 apresentava o jogo em terceira pessoa, sua continuação aborda a jogabilidade através de uma visão na primeira pessoa.
Apesar do berço de ouro e do grande potencial do título, Shellshock 2 não consegue prender o interesse do jogador em nenhum momento. O acúmulo de falhas logo se sobrepõe aos poucos atributos positivos. Mesmo assim o título ainda consegue proporcionar alguns bons sustos e uma boa dose de violência gratuita no melhor estilo Manhunt ou Condemned.
Um dos pontos altos do jogo certamente é a sua trama sinistra e ambientação sombria. O cenário da Guerra do Vietnã, amplamente explorado pelo cinema e literatura, ainda parece pouco utilizado nos videogames — que preferem ambientar seus títulos nos frontes da Segunda Guerra Mundial.
Na pele do estereotipado soldado estadunidense pueril recém apresentado aos horrores da guerra, você se junta a uma força especial que deve embrenhar-se na densa e mortal mata vietnamita em uma missão para resgatar os sobreviventes de um avião que caiu no meio do território inimigo.
Mas há muito mais por trás dessa simples missão, primeiro o fato de que o seu irmão, Cal, foi o único sobrevivente do acidente. Para piorar as coisas o tal avião e o pelotão de elite do qual o seu irmão faz parte, estava carregando uma preciosa e misteriosa carga conhecida apenas pelo codinome WhiteKnight.
De volta para o inferno
Shellshock 2 abusa do clima sinistro para criar vários momentos de muita tensão ao logo do jogo. Infelizmente tudo é feito de uma forma muito precária o que acaba com qualquer pretensão do título. A idea certamente é inteligente mas a execução é pobre. Os gráficos assustam mais pela baixa qualidade ao invés do que é exibido, os efeitos sonoros, mesmo que bem engendrados acabam caindo na rotina e logo perdem o impacto.
Entretanto essas mesmas características, mesmo que falhas, ainda servem como um fator de distinção dos outros FPS genéricos similares que encontramos pela internet. Um bom exemplo é a fase de abertura do jogo, em meio a uma floresta, na qual você por ser atacado por vários inimigos que surgem por todos os lados, ao mesmo tempo, inclusive quando você está em ambientes fechados (casas, túneis ,...).
Infelizmente, a inteligência artificial pouco desenvolvida acaba reduzindo o desafio do que seria uma situação realmente desesperadora. A jogabilidade é extremamente falha, os controles mal ajustados tornam a mira precisa impraticável. Além disso, o SIXAXIS é (mais uma vez) mal utilizado em uma espécie de mini-game de luta corpo-a-corpo.
Todo o horror da guerra
O visual do jogo é praticamente idêntico no Xbox 360 e PlayStation 3, apesar de que no último os gráficos parecem mais escuros do que em seu rival, sendo que nos computadores a qualidade é um pouco maior por conta da possibilidade de se ajustar vários componente visuais.
Mesmo com o ajuste de gamma, o console da Sony continua sofrendo com os visuais obscuros, que em alguns momentos prejudicam muito a jogabilidade. Além disso, a própria construção dos níveis é pouco inspirada, parecendo um verdadeiro retalho de clichês cinematográficos, como as vilas e túneis vietnamitas.
Cheiro do napalm
No final das contas é na jogabilidade que Shellshock 2 realmente perde o seu rumo e transforma o que seria um título de grande potencial em mais um FPS dispensável. De fato, as chances de que você não vá odiar o jogo são muito grandes — afinal de contas trata-se de um título cuja base é muito boa —, mas ao mesmo tempo é um jogo não conseguirá prender a sua atenção.
Por conta da sua superficialidade e acúmulo de erros, Shellshcko 2 perde uma boa chance de expandir a mitologia bem apresentada de Shellshock: Nam ’67. O clima sinistro e a trama envolvente acabam sucumbindo frente aos problemas gráficos e especialmente de jogabilidade.
Para os mais fanáticos, o jogo vale uma locação, mas somente para aqueles que realmente apreciam o gênero ou a franquia, caso contrário esse é mais um título dispensável.
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