Blocos, quem não gosta deles? Destruí-los então...
Nestes últimos meses, os jogos provenientes da distribuição digital têm recebido bastante atenção de nossa parte. Não é à toa, já que vários títulos de qualidade foram lançados nos últimos meses – como Fat Princess, por exemplo. Após a grande enxurrada de grandes nomes do final de 2008 e início de 2009, os jogos distribuídos digitalmente chegaram forte no meio deste ano.
Shatter é outro desses games, com um conceito simples – e antigo, datando dos anos 70 – mas com uma jogabilidade intuitiva e viciante, que faz com que a experiência toda seja bastante divertida. Complementando isso está a excelente apresentação do game, o que torna este título algo extremamente válido para quem está procurando um pouco de ação arcade.
Eu já vi isso antes...
Depois da ressurreição dos shooters em 2D em alta definição, agora é a vez de outro estilo de jogo que surgiu nos Ataris na década de 70. Vamos jogar alguns nomes para ver se você se lembra: Breakout, Arkanoid... E o clássico Pong, que serviu de inspiração para todos estes. Mas o que eles têm em comum? Simples, o jogador controla uma espécie de plataforma móvel e deve rebater bolinhas. Parece fácil? Espere para ver.
Enquanto em Pong o jogador devia tentar fazer com que a bola passasse pela plataforma do oponente, em Breakout e Arkanoid – e consequentemente em Shatter – o objetivo é destruir blocos que estão posicionados pela tela. Um estilo de jogo que parece não ter muito espaço para modificações, mas isto não poderia ser mais falso.
Comecemos pelo básico. Os cenários, pelo que vimos, se resumem a dois tipos: retangulares e circulares. Neles, ¾ do contorno da tela são paredes que rebatem as bolinhas e ¼ é um espaço onde se movimenta sua plataforma – e este é o local que você deve proteger, não deixando que as bolinhas passem por ali.
As fases não são todas na mesma posição, como nos jogos de décadas passadas. Aqui, o nível pode estar na vertical, na horizontal... Tudo é válido. E além das fases tradicionais existem chefes de cenário e cenários bônu - falaremos sobre eles mais adiante. Tendo exposto do que se trata, passemos à nossa experiência com o game.
Viciante
Como todo jogo arcade, a experiência toda é viciante. Ao iniciar o primeiro nível, antes de mais nada é preciso se acostumar com os controles. Eles são os seguintes: o analógico esquerdo controla a movimentação da plataforma; R1 ou R2 sugam – já explicaremos do que se trata – L1 ou L2 assopram; quadrado ativa um escudo na plataforma; o X libera mais uma bolinha (para um máximo de três na tela ao mesmo tempo); e o triângulo ativa uma habilidade especial quando a barra de poder está cheia.
Vamos por partes. Sugar e assoprar são as duas ações que você executará mais frequentemente, pois elas afetam a movimentação da bolinha e de alguns dos blocos. Além disso, os ventos afetam os estilhaços – resultantes de blocos destruídos – que ao chegarem à sua plataforma preenchem a barra de poder.
O escudo é necessário para evitar alguns blocos que chegam até você, pois se a plataforma é atingida por eles ela será jogada para trás – sem penalidades, mas você perderá tempo e talvez deixe uma bola passar. A habilidade especial é uma espécie de artilharia que destrói blocos em câmera lenta com grande poder de fogo, e que ajuda bastante nos chefes de cenário.
Como já dissemos, o objetivo é quebrar todos os blocos da fase. Mas eles não são todos iguais. Cada um possui características distintas: resistência; suscetibilidade à força gravitacional de outros blocos; campo gravitacional próprio; capacidade de dividir-se em dois; tendência a mover-se; capacidade de explosão; e até mesmo o poder de jogar-se contra outros blocos quando atingido.
Tudo isto deve ser levado em consideração na hora de rebater as bolas para não ser pego de surpresa pelas diferentes propriedades de cada um destes elementos. Consequentemente, o elemento estratégico é muito mais presente do que na maioria dos outros games do gênero. E a coisa não para por aí.
Existem também os famosos “power-ups”, que se desprendem dos blocos. Eles podem afetar os projéteis – tornando-os capazes de atravessar blocos ou suscetíveis a um controle maior por parte do jogador – ou a pontuação, aumentando o número de estilhaços ou o multiplicador de pontos. Também existe um importantíssimo: vida extra. Este será absolutamente necessário no decorrer dos níveis, especialmente em chefes.
Finalmente, vale ressaltar a melhor característica do jogo: múltiplas bolas. Enquanto jogar com uma só já é bastante desafiador nos chefes, nas fases normais a coisa é bastante simples. Isto muda completamente quando você tenta manejar mais de uma esfera de uma só vez. Com diferentes características e movimentações, elas tornam a experiência muito mais intensa e emocionante, o que é sempre bem-vindo.
Mas elas não servem só para complicar, pois às vezes elas ajudam imensamente. Quando existe aquele bloco solitário que sua bola insiste em evitar, basta atirar mais uma em sua direção para terminar a fase. Ou então, jogue duas bolas em um ponto aberto numa fileira para envià-las la para tràs em direção a outros blocos e fazê-las causar um estrago tremendo.
As possibilidades são inúmeras, e cabe ao jogador pesar suas opções e tomar as decisões de acordo com seu estilo de jogo. A única hora em que você terá que seguir o que o game manda é em uma parte crucial do game: os chefes de cenário.
Variedade
Os chefes geralmente são máquinas com um ponto fraco compostas por vários outros blocos – o que possibilita que, enquanto você não está tirando vida dele, acumule pontos, poderes e power-ups para evitar que você fique travado. Isto é absolutamente necessário, já que perder todas as vidas resulta em ter que utilizar o famoso “Continue”, e reseta seus pontos a zero.
Existem vários destes inimigos especiais, então daremos o exemplo de um que nos causou vários problemas. Ele era uma máquina circular que possuía quatro cabos ligados ao teto do cenário, com plugs na ponta. Para torná-lo vulnerável, é necessário acertar estes plugs e em seguida bater no chefe durante um período limitado de tempo.
Mas isto certamente não foi tarefa fácil, já que ele se movimentava para bloquear a passagem da bolinha e soltava raios na direção da plataforma que dificultavam nossa própria movimentação para rebater a esfera. Aqui não existiam blocos adicionais, só conseguíamos power-ups ao destruir todos os plugs, e coletando os estilhaços.
Outro chefe era uma plataforma inimiga ao estilo Pong, o que consideramos bastante interessante e divertido. Embora certamente não muito esperta, a referência ao clássico foi o suficiente para arrancar algumas risadas.
Ótima ambientação
A apresentação do game é outro ponto alto. Com taxas de frames consistentes e que não caíram em momento algum, os gráficos não deixam nada a desejar com relação a outros jogo semelhantes. As explosões de blocos são complementadas por telas de fundo futuristas e psicodélicas que possuem temas de acordo com o conjunto de níveis pelo qual o jogador está passando.
Estes conjuntos de níveis na verdade comandam a temática. Em certo momento, você estará vendo o espaço sideral repleto de cristais roxos, e em outro o cenário mostra naves espaciais gigantes que você percorre através das fases daquele conjunto. Tudo de forma muito fluida e integrada ao game, sem destoar em momento algum.
A trilha sonora segue este mesmo padrão, e é excelente. Vários tipos de música eletrônica dão o tom da experiência, mudando de acordo com as fases, os temas de conjuntos e o que está acontecendo na tela. Mais uma vez, tudo de forma muito sutil e fluida, complementando perfeitamente os gráficos e a jogabilidade.
Nem tudo são flores – ou blocos
É claro que o jogo é viciante e excelente, mas temos algumas preocupações a respeito de sua longevidade. Embora seja possível jogar repetidamente as fases em busca de melhores pontuações, as fases não são aleatórias. Ou seja, o jogador irá sempre ver a mesma constituição das formas dos blocos e de seu posicionamento na tela.
Enquanto alguns podem não se incomodar com isso, outros certamente não terão paciência para jogar novamente as mesmas fases e deixarão o game de lado quando o tiverem terminado.
De qualquer forma, isto não torna o jogo descartável – na verdade, longe disso. Shatter é certamente uma experiência bastante divertida e válida, especialmente considerando seu formato de distribuição que torna fácil o acesso ao game. Certamente vale a pena.
Shatter é outro desses games, com um conceito simples – e antigo, datando dos anos 70 – mas com uma jogabilidade intuitiva e viciante, que faz com que a experiência toda seja bastante divertida. Complementando isso está a excelente apresentação do game, o que torna este título algo extremamente válido para quem está procurando um pouco de ação arcade.
Eu já vi isso antes...
Depois da ressurreição dos shooters em 2D em alta definição, agora é a vez de outro estilo de jogo que surgiu nos Ataris na década de 70. Vamos jogar alguns nomes para ver se você se lembra: Breakout, Arkanoid... E o clássico Pong, que serviu de inspiração para todos estes. Mas o que eles têm em comum? Simples, o jogador controla uma espécie de plataforma móvel e deve rebater bolinhas. Parece fácil? Espere para ver.
Enquanto em Pong o jogador devia tentar fazer com que a bola passasse pela plataforma do oponente, em Breakout e Arkanoid – e consequentemente em Shatter – o objetivo é destruir blocos que estão posicionados pela tela. Um estilo de jogo que parece não ter muito espaço para modificações, mas isto não poderia ser mais falso.
Comecemos pelo básico. Os cenários, pelo que vimos, se resumem a dois tipos: retangulares e circulares. Neles, ¾ do contorno da tela são paredes que rebatem as bolinhas e ¼ é um espaço onde se movimenta sua plataforma – e este é o local que você deve proteger, não deixando que as bolinhas passem por ali.
As fases não são todas na mesma posição, como nos jogos de décadas passadas. Aqui, o nível pode estar na vertical, na horizontal... Tudo é válido. E além das fases tradicionais existem chefes de cenário e cenários bônu - falaremos sobre eles mais adiante. Tendo exposto do que se trata, passemos à nossa experiência com o game.
Viciante
Como todo jogo arcade, a experiência toda é viciante. Ao iniciar o primeiro nível, antes de mais nada é preciso se acostumar com os controles. Eles são os seguintes: o analógico esquerdo controla a movimentação da plataforma; R1 ou R2 sugam – já explicaremos do que se trata – L1 ou L2 assopram; quadrado ativa um escudo na plataforma; o X libera mais uma bolinha (para um máximo de três na tela ao mesmo tempo); e o triângulo ativa uma habilidade especial quando a barra de poder está cheia.
Vamos por partes. Sugar e assoprar são as duas ações que você executará mais frequentemente, pois elas afetam a movimentação da bolinha e de alguns dos blocos. Além disso, os ventos afetam os estilhaços – resultantes de blocos destruídos – que ao chegarem à sua plataforma preenchem a barra de poder.
O escudo é necessário para evitar alguns blocos que chegam até você, pois se a plataforma é atingida por eles ela será jogada para trás – sem penalidades, mas você perderá tempo e talvez deixe uma bola passar. A habilidade especial é uma espécie de artilharia que destrói blocos em câmera lenta com grande poder de fogo, e que ajuda bastante nos chefes de cenário.
Como já dissemos, o objetivo é quebrar todos os blocos da fase. Mas eles não são todos iguais. Cada um possui características distintas: resistência; suscetibilidade à força gravitacional de outros blocos; campo gravitacional próprio; capacidade de dividir-se em dois; tendência a mover-se; capacidade de explosão; e até mesmo o poder de jogar-se contra outros blocos quando atingido.
Tudo isto deve ser levado em consideração na hora de rebater as bolas para não ser pego de surpresa pelas diferentes propriedades de cada um destes elementos. Consequentemente, o elemento estratégico é muito mais presente do que na maioria dos outros games do gênero. E a coisa não para por aí.
Existem também os famosos “power-ups”, que se desprendem dos blocos. Eles podem afetar os projéteis – tornando-os capazes de atravessar blocos ou suscetíveis a um controle maior por parte do jogador – ou a pontuação, aumentando o número de estilhaços ou o multiplicador de pontos. Também existe um importantíssimo: vida extra. Este será absolutamente necessário no decorrer dos níveis, especialmente em chefes.
Finalmente, vale ressaltar a melhor característica do jogo: múltiplas bolas. Enquanto jogar com uma só já é bastante desafiador nos chefes, nas fases normais a coisa é bastante simples. Isto muda completamente quando você tenta manejar mais de uma esfera de uma só vez. Com diferentes características e movimentações, elas tornam a experiência muito mais intensa e emocionante, o que é sempre bem-vindo.
Mas elas não servem só para complicar, pois às vezes elas ajudam imensamente. Quando existe aquele bloco solitário que sua bola insiste em evitar, basta atirar mais uma em sua direção para terminar a fase. Ou então, jogue duas bolas em um ponto aberto numa fileira para envià-las la para tràs em direção a outros blocos e fazê-las causar um estrago tremendo.
As possibilidades são inúmeras, e cabe ao jogador pesar suas opções e tomar as decisões de acordo com seu estilo de jogo. A única hora em que você terá que seguir o que o game manda é em uma parte crucial do game: os chefes de cenário.
Variedade
Os chefes geralmente são máquinas com um ponto fraco compostas por vários outros blocos – o que possibilita que, enquanto você não está tirando vida dele, acumule pontos, poderes e power-ups para evitar que você fique travado. Isto é absolutamente necessário, já que perder todas as vidas resulta em ter que utilizar o famoso “Continue”, e reseta seus pontos a zero.
Existem vários destes inimigos especiais, então daremos o exemplo de um que nos causou vários problemas. Ele era uma máquina circular que possuía quatro cabos ligados ao teto do cenário, com plugs na ponta. Para torná-lo vulnerável, é necessário acertar estes plugs e em seguida bater no chefe durante um período limitado de tempo.
Mas isto certamente não foi tarefa fácil, já que ele se movimentava para bloquear a passagem da bolinha e soltava raios na direção da plataforma que dificultavam nossa própria movimentação para rebater a esfera. Aqui não existiam blocos adicionais, só conseguíamos power-ups ao destruir todos os plugs, e coletando os estilhaços.
Outro chefe era uma plataforma inimiga ao estilo Pong, o que consideramos bastante interessante e divertido. Embora certamente não muito esperta, a referência ao clássico foi o suficiente para arrancar algumas risadas.
Ótima ambientação
A apresentação do game é outro ponto alto. Com taxas de frames consistentes e que não caíram em momento algum, os gráficos não deixam nada a desejar com relação a outros jogo semelhantes. As explosões de blocos são complementadas por telas de fundo futuristas e psicodélicas que possuem temas de acordo com o conjunto de níveis pelo qual o jogador está passando.
Estes conjuntos de níveis na verdade comandam a temática. Em certo momento, você estará vendo o espaço sideral repleto de cristais roxos, e em outro o cenário mostra naves espaciais gigantes que você percorre através das fases daquele conjunto. Tudo de forma muito fluida e integrada ao game, sem destoar em momento algum.
A trilha sonora segue este mesmo padrão, e é excelente. Vários tipos de música eletrônica dão o tom da experiência, mudando de acordo com as fases, os temas de conjuntos e o que está acontecendo na tela. Mais uma vez, tudo de forma muito sutil e fluida, complementando perfeitamente os gráficos e a jogabilidade.
Nem tudo são flores – ou blocos
É claro que o jogo é viciante e excelente, mas temos algumas preocupações a respeito de sua longevidade. Embora seja possível jogar repetidamente as fases em busca de melhores pontuações, as fases não são aleatórias. Ou seja, o jogador irá sempre ver a mesma constituição das formas dos blocos e de seu posicionamento na tela.
Enquanto alguns podem não se incomodar com isso, outros certamente não terão paciência para jogar novamente as mesmas fases e deixarão o game de lado quando o tiverem terminado.
De qualquer forma, isto não torna o jogo descartável – na verdade, longe disso. Shatter é certamente uma experiência bastante divertida e válida, especialmente considerando seu formato de distribuição que torna fácil o acesso ao game. Certamente vale a pena.
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