Imagem de Shadows of the Damned
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Shadows of the Damned

Nota do Voxel
80

Os demônios que se cuidem, porque Garcia Hotspur chegou!

Shadows of the Damned é o lançamento da desenvolvedora Grasshopper Manufacture, publicado pela Electronic Arts. O game é de tiro em terceira pessoa, com avanço de fases em capítulos, sendo que cada um deles é composto de três partes. A classificação etária do jogo é para maiores de 17 anos, o que é praticamente a indicação mais rígida em se tratando do mundo de consoles.

O jogo é resultado de uma extensa parceria envolvendo os premiados Shinji Mikami e Goichi Suda (conhecido por Suda 51), tendo o projeto sido financiado grandemente pela EA. Para quem não sabe, Mikami é aceito por muitos como o criador de Resident Evil, participando de outros bons jogos como Vanquish. Já Goichi Suda é o responsável pelas séries Killer 7 e No More Heroes, ou seja, especialista em espécies diferenciadas de violência e estilo visual único.

Tendo conhecimento prévio das referências necessárias e acompanhando dos trailers e teasers que foram lançados desde o ano passado, já fica indicado o caminho que o jogo pretende seguir. Dessa forma, cria-se muita expectativa em alguns quesitos determinados, que nesse caso são a temática e o audiovisual — principalmente os efeitos sonoros.

O começo de Shadows of the Damned já mostra muito de sua prerrogativa e a trilha sonora da abertura diz muito sobre o que estar por vir. O anti-herói e caçador de demônios Garcia F. Hotspur não está nem um pouco feliz depois que um dos mais poderosos demônios existentes sequestra sua namorada e o desafia a ir atrás dele buscá-la. O não muito carismático guerreiro tem auxílio do maleável e dinâmico Johnson — uma espécie de caveira flutuante que pode assumir a forma de utensílios úteis na batalha contra os mortos-vivos.

O game trabalha elementos que poderiam caracterizar um filme B de qualidade, abusando dos elementos de luz e sombra, uma vez que eles fazem parte integrante da jogabilidade em si. Por várias vezes você terá que usar táticas para iluminar o ambiente e não entrar nas trevas ou vice-versa. Como todo típico game de tiro em terceira pessoa há alguns puzzles para abrir portas trancadas e encontrar caminhos.

O sistema de itens funciona de forma parecida com outros Hack´n´Slash, no qual o acúmulo de determinados objetos pode ser útil para evoluir armas, formas de tiro, precisão e tamanho.As armas contam com um tiro de luz ilimitado, que paraliza os demônios por um período curto de tempo. Uma curiosidade são os dispositivos que vendem acessórios, são aquelas máquinas que vendem latinhas de refrigerantes. Para itens mais complexos há um monstro, amigo, porém muito feio, que se encontra em várias localidades seguras durante o game.

Como já relatado, nem tudo são flores no game da Grasshopper Manufacture. Embora os defeitos sejam bastante notáveis, e há de se notar que em considerável número, existe um incrível equilíbrio no todo. O balanceamento é feito de maneira a comparar quantidade de partes negativas, com a grande qualidade das partes positivas.

Dessa forma, o game vale a pena? Sim. Mesmo não estando presentes modos online, cooperativos ou que permitam mais de um jogador em telas divididas — o que é associado largamente com tempo de jogabilidade, o game compensa essa falha com diversão.

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A campanha principal do game dura em torno de 10 a 12 horas de jogabilidade, ou até um pouco mais contando que as batalhas com os chefes são geralmente um pouco mais longas do que o esperado. Para uma aventura em terceira pessoa desse gênero é um ótimo tempo, já que o rendimento pode ser notado e “não enjoa”, por assim dizer.

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