Nada acaba antes do final... Mas neste título esperamos que o final chegue logo.
Rocky Balboa é uma lenda do século XX. Através das gerações, a série de filmes do boxeador conquistou uma legião de fãs e tornou-se um modelo do “Sonho Americano”. A humildade, perseverança e boa índole do personagem transformaram-no em um herói moderno. Com cinco sequências ao filme original e diversas aparições nas mais variadas formas de mídia, Rocky Balboa é definitivamente uma marca conhecida mundialmente.
Este não é o primeiro título para video games baseado no lutador. No espírito daquele que inspirou todas estas histórias, desenvolvedores vêm tentando lançar jogos do “Garanhão Italiano” desde 1983. Mas ainda não foi dessa vez que fizeram jus aos filmes.
Embora tenha sido lançado em 2007 juntamente com a versão em DVD do último filme da franquia, possuindo inclusive o mesmo título - Rocky Balboa - este game não foca nos acontecimentos descritos na telona. Ao invés disso, ele recapitula as principais lutas que ocorreram durante a vida do personagem, incluindo algumas de seus oponentes.
Uma boa apresentação
Desde o início o jogador entra no clima, com a faixa Gonna Fly, característica da série, recepcionando-o na tela inicial. Existem três opções de jogo, além de uma simulação de movimentação para se acostumar aos controles e uma descrição dos controles de golpes. No menu principal, algumas cenas das lutas dos filmes ajudam com a ambientação.
Por falar em menu principal, este é simples e bem dividido. A não ser por “Mickey’s Corner”, que aqueles que não são fãs da série deverão selecionar para descobrir que se trata do local de treinamento, a navegação através dos submenus é bastante tranqüila.
Participe da evolução da história dos filmes
Os modos de jogo disponíveis são basicamente os mesmos, com algumas pequenas diferenças. No modo Historical Fights, que é basicamente o modo Carreira deste título, o jogador possui apenas a primeira luta contra Spider Rico (o primeiro oponente de Rocky no primeiro filme) e deve superar todos os desafios para destravar as lutas seguintes.
O detalhe aqui é que deve-se ganhar todas as lutas, independente do resultado que o confronto teve nas películas. Um exemplo é Apollo Creed derrotando Ivan Drago, sendo que na sétima arte este último foi o vencedor, machucando Creed tanto a ponto de matá-lo. Em um determinado ponto, ao passar por todas as lutas importantes, existe a possibilidade de jogar como o oponente de Rocky em cada um dos mesmos confrontos.
Este modo destrava os diversos personagens que não estão disponíveis no início do game, desde Tommy Gunn com as roupas de sua briga na rua com o personagem principal até personagens menos importantes que fizeram pequenas aparições na franquia.
Já o modo Fast Lane é um modo de desafios com tempo limitado e objetivos precisos. Por exemplo, é possível ter que derrotar um oponente por nocaute ou sobreviver até o final do round. Desde um até dez minutos de duração, envolvendo diversos personagens, também neste modo existe a necessidade de se destravar as lutas completando as que estão disponíveis.
O modo Exhibition é o tradicional jogo rápido. Este é o único modo em que o jogador pode selecionar as regras, o local e os lutadores. Após completar todos os desafios propostos pelos outros dois modos, este é o que interessará ao gamer devido a sua flexibilidade.
Na hora do "cara a cara", a frustração
Até aí, o jogo parece promissor, com uma boa apresentação e trilha sonora. No entanto, ao clicar em qualquer um dos modos e partir para uma luta, que é a razão pela qual alguém jogaria este título, os problemas começam.
Em primeiro lugar, o tempo de carregamento é absurdamente longo. É possível fazer um sanduíche enquanto se aguarda que aquela famosa telinha dizendo “Loading” desapareça. Talvez se algumas cenas do filme fossem mostradas durante este período, mas existem apenas algumas “dicas” de jogo.
Então finalmente vem a luta em si. Caso esteja no modo Historical Fights, existirá uma pequena cena do filme contextualizando o confronto antes de partir para a pancadaria. Ao olhar os gráficos do jogo pela primeira vez, até se poderia esquecer a entediante espera. Os gráficos são bastante bons para o PSP e os lutadores realmente lembram seus respectivos atores.
Este não é o primeiro título para video games baseado no lutador. No espírito daquele que inspirou todas estas histórias, desenvolvedores vêm tentando lançar jogos do “Garanhão Italiano” desde 1983. Mas ainda não foi dessa vez que fizeram jus aos filmes.
Embora tenha sido lançado em 2007 juntamente com a versão em DVD do último filme da franquia, possuindo inclusive o mesmo título - Rocky Balboa - este game não foca nos acontecimentos descritos na telona. Ao invés disso, ele recapitula as principais lutas que ocorreram durante a vida do personagem, incluindo algumas de seus oponentes.
Uma boa apresentação
Desde o início o jogador entra no clima, com a faixa Gonna Fly, característica da série, recepcionando-o na tela inicial. Existem três opções de jogo, além de uma simulação de movimentação para se acostumar aos controles e uma descrição dos controles de golpes. No menu principal, algumas cenas das lutas dos filmes ajudam com a ambientação.
Por falar em menu principal, este é simples e bem dividido. A não ser por “Mickey’s Corner”, que aqueles que não são fãs da série deverão selecionar para descobrir que se trata do local de treinamento, a navegação através dos submenus é bastante tranqüila.
Participe da evolução da história dos filmes
Os modos de jogo disponíveis são basicamente os mesmos, com algumas pequenas diferenças. No modo Historical Fights, que é basicamente o modo Carreira deste título, o jogador possui apenas a primeira luta contra Spider Rico (o primeiro oponente de Rocky no primeiro filme) e deve superar todos os desafios para destravar as lutas seguintes.
O detalhe aqui é que deve-se ganhar todas as lutas, independente do resultado que o confronto teve nas películas. Um exemplo é Apollo Creed derrotando Ivan Drago, sendo que na sétima arte este último foi o vencedor, machucando Creed tanto a ponto de matá-lo. Em um determinado ponto, ao passar por todas as lutas importantes, existe a possibilidade de jogar como o oponente de Rocky em cada um dos mesmos confrontos.
Este modo destrava os diversos personagens que não estão disponíveis no início do game, desde Tommy Gunn com as roupas de sua briga na rua com o personagem principal até personagens menos importantes que fizeram pequenas aparições na franquia.
Já o modo Fast Lane é um modo de desafios com tempo limitado e objetivos precisos. Por exemplo, é possível ter que derrotar um oponente por nocaute ou sobreviver até o final do round. Desde um até dez minutos de duração, envolvendo diversos personagens, também neste modo existe a necessidade de se destravar as lutas completando as que estão disponíveis.
O modo Exhibition é o tradicional jogo rápido. Este é o único modo em que o jogador pode selecionar as regras, o local e os lutadores. Após completar todos os desafios propostos pelos outros dois modos, este é o que interessará ao gamer devido a sua flexibilidade.
Na hora do "cara a cara", a frustração
Até aí, o jogo parece promissor, com uma boa apresentação e trilha sonora. No entanto, ao clicar em qualquer um dos modos e partir para uma luta, que é a razão pela qual alguém jogaria este título, os problemas começam.
Em primeiro lugar, o tempo de carregamento é absurdamente longo. É possível fazer um sanduíche enquanto se aguarda que aquela famosa telinha dizendo “Loading” desapareça. Talvez se algumas cenas do filme fossem mostradas durante este período, mas existem apenas algumas “dicas” de jogo.
Então finalmente vem a luta em si. Caso esteja no modo Historical Fights, existirá uma pequena cena do filme contextualizando o confronto antes de partir para a pancadaria. Ao olhar os gráficos do jogo pela primeira vez, até se poderia esquecer a entediante espera. Os gráficos são bastante bons para o PSP e os lutadores realmente lembram seus respectivos atores.
Aí você desfere o primeiro soco. Que é bloqueado. Você tenta novamente e leva um gancho na orelha. Neste ponto é que a principal frustração deste título vem à tona. Os controles são horrivelmente confusos. A grande variedade de golpes, que parecia ser um atrativo, torna-se um obstáculo tremendo.
Com uma combinação do direcional analógico e dos botões para cada golpe (às vezes deve-se apertar X e O ao mesmo tempo, o que requer uma mudança chata de posicionamento da mão, por exemplo), poucas vezes se consegue desferir o soco exato que se pretendia. As combinações são difíceis de se encaixar, visto que o game não reconhece alguns dos movimentos mais sutis feitos pelo jogador.
Para complementar a tristeza que são os comandos, a movimentação do personagem é ainda pior, lembrando mais a velocidade de George Foreman em seu retorno aos ringues do que a de Muhammad Ali em sua melhor forma. Ao tentar recuar para recuperar fôlego, o jogador frequentemente levará golpes do adversário.
Quando os golpes funcionam, até que é gratificante, principalmente no aspecto gráfico. Com suor espirrando e hematomas surgindo nas áreas que receberam mais punição no corpo do adversário, você até começa a entrar no clima. Mas a confusão dos controles logo retoma o foco e é predominante através de toda a luta.
O som se resume basicamente ao barulho das porradas e da multidão gritando, além de algumas frase que saltam ao ouvido, que poderiam ser traduzidas como “Mate-o!”, entre outras. Um tanto quanto longe da boa trilha sonora dos filmes ouvida nos menus.
Mas por que estou tão lerdo?!
O sistema de “vida” do lutador possui duas barras, uma de fôlego e uma de vigor, que deveriam determinar o comportamento, a velocidade e a força dos socos. No entanto, parece existir um sistema de cansaço escondido que é o maior determinante. Por vezes o personagem está com ambas as barras cheias e mesmo assim se esquiva tão rápido quanto uma senhora de oitenta anos.
Além disso, o sistema de “power-up”, um modo em câmera lenta ativado quando se completam alguns requisitos que variam de personagem para personagem e também de acordo com o oponente, é o fator mais decisivo das lutas. É durante este período que geralmente se derruba o outro, e a maioria das lutas são decididas, pois os golpes atordoam o adversário. Seria interessante, se não fosse extremamente difícil evitar ser massacrado quando o oponente ativa o “Power Mood”, como é chamado este efeito.
Caso você seja derrubado então, outra grande frustração acontece. O controle do personagem ao se levantar é do jogador, e você deve mexer o controle analógico de um lado para o outro tentando equilibrá-lo. É bastante complicado e com pouca resposta. Mais de uma vez é possível perder uma luta nos primeiros segundos graças a uma infeliz combinação de “Power Mood” e aleatoriedade do sistema de recuperação.
Duramos todos os rounds… Mas o final não foi feliz
Todos estes fatores combinados fazem da experiência de luta em si um suplício, que inclusive pode durar por mais de 20 minutos algumas vezes, especialmente se o jogador não estiver familiarizado com os combos e sequências de golpes.
O fato de ser possível enxergar os golpes vindo ou uma abertura na guarda do oponente, mas ser limitado pelos controles extremamente ruins, faz com que o jogo perca rapidamente seu apelo. Isto sem contar os pequenos defeitos que geralmente passariam despercebidos mas devido à frustração generalizada começam a irritar, como os personagens às vezes tremendo inexplicavelmente, por exemplo.
Todo o trabalho, bem feito diga-se de passagem, de se recriar o ambiente dos filmes e o comportamento e estilo de luta de cada personagem é obscurecido por uma jogabilidade realmente ruim. O multiplayer não salva, por mais que ambos os jogadores sofram com os mesmos problemas.
Ainda não foi dessa vez que Rocky fez sua aparição triunfal nos video games, mas alguns elementos podem ser aproveitados para desenvolvedores que busquem no futuro fazer jus ao sucesso das telonas.
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Nota do Voxel