Muita ação. Muitos tiros. Mas, principalmente, muita pancadaria!
Que tal encarnar em uma arma de 30 milhões de dólares da CIA através de várias missões verdadeiramente suicidas? É exatamente essa a experiência trazida pela High Moon Studios para o Xbox 360 e PS3. O jogador é colocado na pele do famoso agente multi-virtuoso Jason Bourne, personagem principal de algumas das obras de maior sucesso do escritor americano Robert Ludlum.
Entretanto, a história do jogo está muito mais focada nos filmes do que nos livros, embora as feições de Jason sejam de um agente “genérico” e não de Matt Damon. Não obstante, o clima tanto dos filmes quanto dos livros parece ter sido muito bem recriado, com explosões, surpresas e dúzias e mais dúzias de cenas de ação recheadas de adrenalina.
A história traz na maior parte um Bourne desmemoriado tentando entender porque está sendo perseguido por montes de homens armados até os dentes, trazendo várias cenas do primeiro filme, A Identidade Bourne. O jogo é também todo permeado de flashbacks do agente, o que quebra um pouco a linearidade e dá um tempero especial à trama.
Uma cabeça + um armário = um combo humilhante!
É claro que as cenas de ação são bem boladas, o ambiente em si não deixa a desejar e conseguir um headshot é sempre algo divertido. Entretanto, o melhor de The Bourne Conspiracy é, sem dúvida, o combate desarmado. A pancadaria mesmo.
Embora a mecânica seja relativamente simples, trazendo apenas dois botões — ataques pesados e leves —, a estrutura toda do combate é em si bastante satisfatória, sem, contudo, perder tempo com uma complexidade desnecessária.
Os golpes podem ser encadeados em seqüências de no máximo três, o que dá um total de apenas oito combinações. Entretanto, o clima de adrenalina, a ação ininterrupta e a boa interação com os cenários realmente tornam as coisas bem mais interessantes. Quer saber qual é mesmo o barulho que uma cabeça humana faz quando se choca contra uma parede? Eis uma boa chance.
Para dar ainda mais intensidade aos combates existem os “takedowns”, uma espécie de combo intenso e, geralmente, original. Para conseguir disparar um “takedown”, deve-se fazer subir o nível de adrenalina de Jason, o que é conseguido encaixando-se seqüências de golpes bem sucedidos. A partir do momento em que o primeiro nível da barra é completado, pode-se disparar uma série de golpes mortais — e bem barulhentos — ao melhor estilo Bourne.
A melhor parte disso é que cada combo é sempre uma seqüência interessante e surpreendente, o que dá às cenas de ação um certo ar dinâmico. Algumas seqüências ainda garantem ao jogo uma boa interatividade com o cenário, já que Jason quase sempre procura o objeto mais próximo para utilizar contra o desafortunado adversário. Isso pode ser tanto uma mesa quanto um cassetete ou mesmo um livro!
Jason também pode realizar “takedowns” com mais de um adversário. Basta para isso que a barra de adrenalina carregue até o segundo ou terceiro nível. Dois níveis, dois inimigos. Três níveis, três inimigos no chão. Combos com mais de um adversário apresentam também botões de contexto; se algum deles não for pressionado a tempo, a seqüência toda é perdida.
Aliás, em relação aos botões de contexto, cabe dizer o seguinte: eles adicionam sim uma certe tensão ao jogo, mas às vezes são realmente um tanto decepcionantes. Durante vários momentos do jogo, Jason vai estar em apuros e, para escapar, deve executar algum movimento rápido, o que, para o jogador, se traduz na forma de um botão de contexto — aliás, algo muito em moda hoje em dia.
Isso pode fazer, por exemplo, com que Jason pule de um barco, desvie de um tiro ou passe rapidamente por uma porta que se fecha. Até aí tudo bem. O problema é que às vezes um único botão que não é pressionado em tempo faz com que toda uma série de escapadas, golpes e tiros tenha sido seja simplesmente perdida. Entretanto, felizmente, o jogo dificilmente colocará o jogador a uma distância muito grande de onde aconteceu o triste equívoco.
O que seria de um jogo de luta sem os chefes
Se as lutas desarmadas já são bem interessantes e dinâmicas normalmente, as coisas ficam ainda melhores nas lutas contra os chefes do jogo, que são normalmente sujeitos enormes e/ou rápidos, extremamente duros na queda e que também são capazes de desferir os temíveis “takedowns”.
As lutas contra os chefes também são interessantes por utilizar quase que a totalidade dos elementos dos cenários. São carteiras, armários, vidros e até canetas, e algumas cenas são verdadeiramente grotescas... e ótimas! Que tal enfiar uma caneta na mão de alguém? Pois é.
Entretanto, conforme já dito, os chefes também podem se valer de algumas seqüências de golpes potencialmente letais; algumas delas podem mesmo nocautear o protagonista rapidamente. Entretanto, Jason possui uma vantagem que os brutamontes não possuem: é sempre possível cancelar um “takedown” pressionando-se a tempo o botão que é indicado na tela. Isso não só anula como também revida um golpe.
Também é possível enfrentar novamente um chefe já vencido durante o jogo. Entretanto, isso só é possível caso se encontre todos os passaportes que estão espalhados ao longo da respectiva fase. E isso realmente não é uma tarefa muito fácil e tampouco divertida. Entretanto, caso sejam coletados os passaportes, basta selecionar o combate desejado na tela inicial do jogo.
Combates armados: um “tapa buraco”
Os combates armados de The Bourne Conspiracy são uma espécie de complemento necessário, já que ninguém imaginaria uma trama estilo Bourne sem um mínimo de cenas de tiroteio. Não que seja ruim, apenas o combate armado não acompanha o passo da pancadaria do jogo. Não ajuda, mas também não atrapalha.
Em geral, as cenas de tiro vão envolver uma movimentação simples em que se tenta apenas colocar a mira da arma sobre a cabeça inimiga mais próxima. Existe também um sistema de cobertura ao estilo Gears of War, só que um pouco menos funcional.
As cenas de tiroteio também trazem uma falha praticamente inexistente nas cenas de luta. Trata-se da IA (inteligência artificial) dos adversários. Se eles até são razoavelmente espertos durante as cenas de luta, entretanto, não espere que o mesmo aconteça quando as balas começarem a voar.
É possível mesmo ver alguns adversários tendo atitudes verdadeiramente cômicas durante um tiroteio, como simplesmente oferecer as costas para Jason enquanto, lentamente, buscam pelo anteparo mais próximo ou, ainda, deslocar-se de um lado para o outro de uma barreira sem nenhum motivo aparente.
Talvez o melhor das cenas de tiro sema mesmo o sons, tanto das armas quanto dos objetos que são atingidos. Cada arma tem um timbre característico, posto que o som de uma submetralhadora será totalmente distinto do de uma pistola que, por sua vez, será também bem diferente do ruído produzido por uma escopeta.
Uma arma letal: a câmera
Como uma comparação, pode-se dizer que os gráficos de The Bourne Conspiracy cumprem um papel semelhante ao do combate armado do jogo: eles apenas existem. Embora a movimentação em geral esteja bastante decente, as texturas em si são muitas vezes apenas comuns; sem nenhum brilho em particular.
Espere, portanto, ver a mesma textura presente em vários outros jogos, além de alguns deslizes gritantes, como uma certa panela com o fundo em formato de polígono — quem sabe uma panela amassada? Não mesmo.
Todavia, alguns momentos realmente têm seu mérito, particularmente nas cenas de luta. Nestas, a combinação gráfico+som por vezes dá uma intensidade realmente bem convincente à cena, o que acontece principalmente durante combos do protagonista.
Entretanto, se tem algo que pode talvez causar um pouco de dor de cabeça (literalmente) durante o jogo é a movimentação da câmera. Na maior parte do tempo ela simplesmente faz um trabalho decente; faz o que tem que fazer. Porém, em alguns momentos de ação, principalmente em locais menores, a coisa toda pode acabar ficando meio desajeitada, com Jason ficando transparente ou com o adversário não sendo mostrado como deveria.
Para ajudar a deixar de lado os problemas com câmera e texturas, existe o ótimo fundo musical do jogo, que varia sempre de acordo com a cena que se desenrola, seja ela uma luta contra um chefe ou uma cena de escapada. Aliás, não apenas as músicas, mas toda a parte sonora de The Bourne Conspiracy parece perfeitamente alinhada ao clima do jogo.
Desde os sons de tiros, conforme já foi dito, até as vozes dos personagens e também os efeitos sonoros (explosões, chuva, etc.), tudo trabalha de forma bastante harmônica, recriando de forma bastante satisfatória o clima cheio de ação e adrenalina dos filmes.
O estigma
The Bourne Conspiracy quebra ao menos um pouco o estigma dos jogos baseados em filme — atualmente reforçado por títulos duvidosos como Iron Man e The Incredible Hulk. Apesar disso, várias arestas parecem ter ficado por aparar, principalmente em relação aos gráficos e à câmera; nada que diminua significativamente a diversão, é claro, mas um cuidado maior não teria feito mal.
Entretanto, o conjunto completo parece evocar muito bem o estilo de ação visto nos cinemas, com fugas, tiroteios e um agente capaz de transformar praticamente qualquer coisa em uma arma letal. Pode não ser uma obra prima, mas garante algumas boas horas de diversão e sem dúvida não peca pela falta de originalidade.
Entretanto, a história do jogo está muito mais focada nos filmes do que nos livros, embora as feições de Jason sejam de um agente “genérico” e não de Matt Damon. Não obstante, o clima tanto dos filmes quanto dos livros parece ter sido muito bem recriado, com explosões, surpresas e dúzias e mais dúzias de cenas de ação recheadas de adrenalina.
A história traz na maior parte um Bourne desmemoriado tentando entender porque está sendo perseguido por montes de homens armados até os dentes, trazendo várias cenas do primeiro filme, A Identidade Bourne. O jogo é também todo permeado de flashbacks do agente, o que quebra um pouco a linearidade e dá um tempero especial à trama.
Uma cabeça + um armário = um combo humilhante!
É claro que as cenas de ação são bem boladas, o ambiente em si não deixa a desejar e conseguir um headshot é sempre algo divertido. Entretanto, o melhor de The Bourne Conspiracy é, sem dúvida, o combate desarmado. A pancadaria mesmo.
Embora a mecânica seja relativamente simples, trazendo apenas dois botões — ataques pesados e leves —, a estrutura toda do combate é em si bastante satisfatória, sem, contudo, perder tempo com uma complexidade desnecessária.
Os golpes podem ser encadeados em seqüências de no máximo três, o que dá um total de apenas oito combinações. Entretanto, o clima de adrenalina, a ação ininterrupta e a boa interação com os cenários realmente tornam as coisas bem mais interessantes. Quer saber qual é mesmo o barulho que uma cabeça humana faz quando se choca contra uma parede? Eis uma boa chance.
Para dar ainda mais intensidade aos combates existem os “takedowns”, uma espécie de combo intenso e, geralmente, original. Para conseguir disparar um “takedown”, deve-se fazer subir o nível de adrenalina de Jason, o que é conseguido encaixando-se seqüências de golpes bem sucedidos. A partir do momento em que o primeiro nível da barra é completado, pode-se disparar uma série de golpes mortais — e bem barulhentos — ao melhor estilo Bourne.
A melhor parte disso é que cada combo é sempre uma seqüência interessante e surpreendente, o que dá às cenas de ação um certo ar dinâmico. Algumas seqüências ainda garantem ao jogo uma boa interatividade com o cenário, já que Jason quase sempre procura o objeto mais próximo para utilizar contra o desafortunado adversário. Isso pode ser tanto uma mesa quanto um cassetete ou mesmo um livro!
Jason também pode realizar “takedowns” com mais de um adversário. Basta para isso que a barra de adrenalina carregue até o segundo ou terceiro nível. Dois níveis, dois inimigos. Três níveis, três inimigos no chão. Combos com mais de um adversário apresentam também botões de contexto; se algum deles não for pressionado a tempo, a seqüência toda é perdida.
Aliás, em relação aos botões de contexto, cabe dizer o seguinte: eles adicionam sim uma certe tensão ao jogo, mas às vezes são realmente um tanto decepcionantes. Durante vários momentos do jogo, Jason vai estar em apuros e, para escapar, deve executar algum movimento rápido, o que, para o jogador, se traduz na forma de um botão de contexto — aliás, algo muito em moda hoje em dia.
Isso pode fazer, por exemplo, com que Jason pule de um barco, desvie de um tiro ou passe rapidamente por uma porta que se fecha. Até aí tudo bem. O problema é que às vezes um único botão que não é pressionado em tempo faz com que toda uma série de escapadas, golpes e tiros tenha sido seja simplesmente perdida. Entretanto, felizmente, o jogo dificilmente colocará o jogador a uma distância muito grande de onde aconteceu o triste equívoco.
O que seria de um jogo de luta sem os chefes
Se as lutas desarmadas já são bem interessantes e dinâmicas normalmente, as coisas ficam ainda melhores nas lutas contra os chefes do jogo, que são normalmente sujeitos enormes e/ou rápidos, extremamente duros na queda e que também são capazes de desferir os temíveis “takedowns”.
As lutas contra os chefes também são interessantes por utilizar quase que a totalidade dos elementos dos cenários. São carteiras, armários, vidros e até canetas, e algumas cenas são verdadeiramente grotescas... e ótimas! Que tal enfiar uma caneta na mão de alguém? Pois é.
Entretanto, conforme já dito, os chefes também podem se valer de algumas seqüências de golpes potencialmente letais; algumas delas podem mesmo nocautear o protagonista rapidamente. Entretanto, Jason possui uma vantagem que os brutamontes não possuem: é sempre possível cancelar um “takedown” pressionando-se a tempo o botão que é indicado na tela. Isso não só anula como também revida um golpe.
Também é possível enfrentar novamente um chefe já vencido durante o jogo. Entretanto, isso só é possível caso se encontre todos os passaportes que estão espalhados ao longo da respectiva fase. E isso realmente não é uma tarefa muito fácil e tampouco divertida. Entretanto, caso sejam coletados os passaportes, basta selecionar o combate desejado na tela inicial do jogo.
Combates armados: um “tapa buraco”
Os combates armados de The Bourne Conspiracy são uma espécie de complemento necessário, já que ninguém imaginaria uma trama estilo Bourne sem um mínimo de cenas de tiroteio. Não que seja ruim, apenas o combate armado não acompanha o passo da pancadaria do jogo. Não ajuda, mas também não atrapalha.
Em geral, as cenas de tiro vão envolver uma movimentação simples em que se tenta apenas colocar a mira da arma sobre a cabeça inimiga mais próxima. Existe também um sistema de cobertura ao estilo Gears of War, só que um pouco menos funcional.
As cenas de tiroteio também trazem uma falha praticamente inexistente nas cenas de luta. Trata-se da IA (inteligência artificial) dos adversários. Se eles até são razoavelmente espertos durante as cenas de luta, entretanto, não espere que o mesmo aconteça quando as balas começarem a voar.
É possível mesmo ver alguns adversários tendo atitudes verdadeiramente cômicas durante um tiroteio, como simplesmente oferecer as costas para Jason enquanto, lentamente, buscam pelo anteparo mais próximo ou, ainda, deslocar-se de um lado para o outro de uma barreira sem nenhum motivo aparente.
Talvez o melhor das cenas de tiro sema mesmo o sons, tanto das armas quanto dos objetos que são atingidos. Cada arma tem um timbre característico, posto que o som de uma submetralhadora será totalmente distinto do de uma pistola que, por sua vez, será também bem diferente do ruído produzido por uma escopeta.
Uma arma letal: a câmera
Como uma comparação, pode-se dizer que os gráficos de The Bourne Conspiracy cumprem um papel semelhante ao do combate armado do jogo: eles apenas existem. Embora a movimentação em geral esteja bastante decente, as texturas em si são muitas vezes apenas comuns; sem nenhum brilho em particular.
Espere, portanto, ver a mesma textura presente em vários outros jogos, além de alguns deslizes gritantes, como uma certa panela com o fundo em formato de polígono — quem sabe uma panela amassada? Não mesmo.
Todavia, alguns momentos realmente têm seu mérito, particularmente nas cenas de luta. Nestas, a combinação gráfico+som por vezes dá uma intensidade realmente bem convincente à cena, o que acontece principalmente durante combos do protagonista.
Entretanto, se tem algo que pode talvez causar um pouco de dor de cabeça (literalmente) durante o jogo é a movimentação da câmera. Na maior parte do tempo ela simplesmente faz um trabalho decente; faz o que tem que fazer. Porém, em alguns momentos de ação, principalmente em locais menores, a coisa toda pode acabar ficando meio desajeitada, com Jason ficando transparente ou com o adversário não sendo mostrado como deveria.
Para ajudar a deixar de lado os problemas com câmera e texturas, existe o ótimo fundo musical do jogo, que varia sempre de acordo com a cena que se desenrola, seja ela uma luta contra um chefe ou uma cena de escapada. Aliás, não apenas as músicas, mas toda a parte sonora de The Bourne Conspiracy parece perfeitamente alinhada ao clima do jogo.
Desde os sons de tiros, conforme já foi dito, até as vozes dos personagens e também os efeitos sonoros (explosões, chuva, etc.), tudo trabalha de forma bastante harmônica, recriando de forma bastante satisfatória o clima cheio de ação e adrenalina dos filmes.
O estigma
The Bourne Conspiracy quebra ao menos um pouco o estigma dos jogos baseados em filme — atualmente reforçado por títulos duvidosos como Iron Man e The Incredible Hulk. Apesar disso, várias arestas parecem ter ficado por aparar, principalmente em relação aos gráficos e à câmera; nada que diminua significativamente a diversão, é claro, mas um cuidado maior não teria feito mal.
Entretanto, o conjunto completo parece evocar muito bem o estilo de ação visto nos cinemas, com fugas, tiroteios e um agente capaz de transformar praticamente qualquer coisa em uma arma letal. Pode não ser uma obra prima, mas garante algumas boas horas de diversão e sem dúvida não peca pela falta de originalidade.
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