O personagem “sem nome” de Risen está de volta e, aparentemente, trouxe consigo apenas o que “cabia na mochila”. Embora Risen 2: Dark Waters traga em seu código genético muito do que constitui o estilo da desenvolvedora Piranha Bytes — o que não é necessariamente bom... —, o tema soturno e medieval do primeiro jogo foi em parte prescindido em favor de uma típica aventura de piratas — tema um tanto raro na atual geração de consoles.
Dark Waters se passa muitos anos após os eventos do primeiro Risen. Com o passar dos anos, o seu “Herói sem nome” acabou abandonando as criaturas míticas das montanhas por sessões de bebedeira. Tudo ia absolutamente “bem”, até o momento em que monstros marinhos começaram a dividir embarcações ao meio. De fato, uma boa parte do início da aventura consiste em descobrir o que poderia causar tais calamidades.
Quem já tentou a sorte em algum titulo da Piranha Bytes deve saber bem: as informações não vêm de graça, e nenhum tutorial vai puxá-lo pela mão para lhe explicar as (relativamente) complexas dinâmicas políticas do jogo. Você segue por sua conta, levando-se em consideração que há aqui uma séria mudança infraestrutural em relação ao título original: em vez de uma, são três ilhas.
O sistema de combates de Risen também sofreu algumas mudanças a fim de incorporar a nova temática bucaneira. Em primeiro lugar, os armamentos mais primitivos do jogo original dão lugar a fumegantes armas de fogo. Mas a coisa vai além do bacamarte e da garrucha. Caso estas não façam o seu estilo, há sempre a possibilidade de uma luta corpo a corpo, ou mesmo de um embate mágico — embora as duas formas de combate tenham sofrido modificações consideráveis em Dark Waters.