Resident Evil 3 até brilha, mas é ofuscado pela sombra do que poderia ser
De repente estou no ano 2000, e um parente traz um PS1 junto de todos os seus jogos para me emprestar. Logo de cara, um CD me chama atenção: aquele com um zumbi de garras assustadoras na capa do disco. Desde então, passei a amar a franquia Resident Evil como poucas na minha vida.
Resident Evil 3 faz parte dos jogos que mais me marcaram desde que comecei minha experiência "gamística". Eu era muito, muito CDF e participava de todas as aulas da escola, mas eu aprendi a mentir (foi a 1ª vez) e disse que estava doente só para poder ficar em casa vivenciando inúmeras vezes a fuga de Jill Valentine de Raccoon City.
Particularmente, Resident Evil 2 Remake é a minha escolha pessoal para o Game of the Year de 2019, afinal foi um dos remakes que mais me encantaram em todos esses anos de experiência. Seguindo uma nova era de ouro, a Capcom anunciou pouco tempo depois Resident Evil 3 e meu hype foi às alturas: um dos meus top 3 jogos prediletos estava voltando, e forte!
Depois de zerar Resident Evil 3 Remake cinco vezes, a sensação de que tive foi de que a desenvolvedora japonesa atingiu seu ápice em muitas qualidades que serão marcantes, mas também tropeçou em mudanças extremamente controversas que não víamos desde Resident Evil 6. Juntando ideias geniais a grandes erros, fiquei decepcionado. Essa é, com certeza, a análise emocionalmente mais difícil que já fiz.
Se você ficou curioso, vem com a gente para conferir a análise completa do game! E pode ficar tranquilo: seguimos as diretrizes da Capcom e, então, não há spoilers, mas saiba que há detalhes ainda não revelados em trailers por aqui.
Confira a videoanálise:
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Jogabilidade de primeira: um colosso único no mercado
Vamos começar pela parte boa? Sem dúvida alguma, o renascimento da franquia Resident Evil vem forte desde 2017 e cada vez mais encanta os fãs. E não é para menos. Sabe a frase: “em time que está ganhando não se mexe?”. Pois bem: Resident Evil 3 Remake é uma evolução natural da fundação sólida que o 2º game criou em 2019 e, em muitos aspectos, o supera com folga. Mais uma vez, retirar as câmeras fixas é algo que a franquia necessitava.
A realidade é que não existe nada, absolutamente nada parecido com Resident Evil 3 no mercado. As mecânicas de tiro, exploração e o pânico urbano foram reformuladas e ajustadas com maestria para tempos modernos. A vontade depois de zerar é jogar tudo de novo. É toda a gostosura que jogamos no 2 com a insanidade e horrores do 3, uma mistura perfeita!
Resident Evil 3 original sempre foi tido como o de mais ação da série clássica, e a Capcom traduziu perfeitamente o sentimento nessa "reimaginação". Jill e Carlos têm papéis muito mais ativos na campanha e foram aprimorados de forma sensacional em um novo contexto. Afinal, eles já não são novatos como Leon e Claire.
Isso se traduz em uma jogabilidade muito mais refinada, com movimentos melhores para os personagens e até golpes novos que mostram a experiência de combate de ambos. Jill consegue usar novos golpes de faca, lutar contra agarrões vindos de inimigos e até mesmo desviar de alguns ataques.
As adições de mecânicas inéditas somam bastante à experiência e são um diferencial em relação ao jogo anterior
Chamada de "finta", a esquiva foi maravilhosamente refeita em Resident Evil 3 Remake. Com o pressionar de um botão, você pode dar uma rápida corrida para escapar das garras de monstros. Carlos, em contrapartida, usa uma ombrada poderosa para afastar os inimigos.
Caso você faça isso no tempo exato do ataque, tem como resultado uma esquiva crítica: Jill desvia sem parar de correr e pode atirar no ponto fraco de inimigos, e Carlos dá um soco forte que derruba qualquer monstro. Pode parecer algo que facilita demais a experiência, mas não é bem assim.
Combate e mecânicas extremamente balanceadas em um cenário urbano
Em relação ao jogo do ano passado, Resident Evil 3 Remake traz um dos combates mais bem balanceados e, possivelmente, um dos melhores já vistos em um jogo de terror. A finta ajuda, claro, mas erre o timing e você pode dar de cara com um zumbi ou até pior: correr e deixar o flanco aberto para o ataque, o que causa um agarrão mais vantajoso do inimigo, que com certeza vai derrubá-lo no chão e gerar mais dano. Diferentemente do título de 2019, não é possível abusar dos staggers, aqueles tiros certeiros na cabeça de um zumbi que o paralisam momentaneamente: o game força o jogador a aprender e a usar as esquivas.
Além disso, o cenário muda drasticamente aqui. Sabe as salas claustrofóbicas da delegacia? Elas são substituídas por ruas mais amplas e cheias de inimigos, deixando a equação de terror e ação mais balanceada. O ambiente é urbano, é palpável: há muitos zumbis e frequentemente você vai se deparar com ambientes relativamente pequenos com 6 ou até 7 criaturas nele. E até nisso há recursos para ajudar o jogador, como barris explosivos ou geradores que dão uma descarga elétrica poderosa, podendo paralisar criaturas.
Outra mudança desponta por aqui. A Capcom removeu o sistema de armas secundárias, bem como a mecânica de contra-ataques de Resident Evil 2 Remake, e colocou uma alternativa no lugar: agora, a faca (que não quebra mais) e as granadas não servem para fugir de agarrões inimigos, assim ocupando um espaço dos atalhos. Em contrapartida, o jogador pode pressionar rapidamente o botão de ação para reduzir o dano dos golpes de monstros.
Mencionarei isso mais para a frente, mas esse fator somado às dificuldades mais altas (duas delas inéditas) cria uma experiência realmente desesperadora em alguns pontos, seja do ponto de vista de sensação ou até do pânico de perder progresso em um speedrun.
Vale ressaltar que os monstros são muito resistentes. De nada adianta ter um rifle automático e 200 balas no inventário se as 32 do magazine não derem conta de derrubar todos em uma pequena sala. Se você pensar que há o Nemesis na sua cola e outras criaturas muito poderosas, correr e atirar não parece tão fácil, não é mesmo?
Nemesis é brutal, mas há alguns monstros inéditos igualmente bem-feitos
Como o subtítulo do título 1999 aponta, há uma outra estrela nessa jornada. Falando do grandalhão, Nemesis é uma evolução muito grande em relação ao Mr. X. Ele consegue correr muito, dar pulos gigantescos, puxar pelos tentáculos, usar armas de fogo e até mesmo combos que mais parecem um jogo de luta. De vez em quando, dar um tiro de lança-granada nele resulta uma cena altamente distinta do Tyrant do 2º jogo: a arma biológica da Umbrella consegue desviar dos tiros!
Nos momentos que ele aparece, é preciso habilidade para fugir ou enfrentá-lo, pois a perseguição parece implacável. Ficar cara a cara com ele pode ser arriscado, principalmente nas dificuldades mais elevadas – contudo, há contrapontos que vocês verão mais abaixo.
E as novidades não param por aí: há muitos monstrengos completamente reformulados e até alguns inéditos, como o Ne-Alpha, um zumbi infectado pelo Nemesis. Os clássicos Drain Deimos, por exemplo, agora aparecem em maior quantidade e até infectam Jill com um status novo: o de parasita.
Pode esperar por Hunters extremamente ágeis e poderosos, assim como surpresas no caminho! Há pelo menos mais um inimigo novo que tem uma mecânica diferente, mas vamos guardar segredo para não estragar sua experiência. Inclusive, espere por muitas referências da Capcom nesses oponentes, que vão desde Resident Evil 1 até Monster Hunter World (acredite se quiser!).
Galeria 1
Essa linha tênue entre o combate frenético e o terror recheado de pânico é um dos pontos mais fortes do game e beiram a perfeição. Todavia, a jogabilidade não foi a única coisa que a Capcom reformulou para 2020, já que dessa vez temos um clima hollywoodiano de primeira e sequências cinematográficas de dar inveja em qualquer Uncharted.
Galeria 2
História refeita: melhor, mais concisa e expandida
A trama de Resident Evil 3 foi inteiramente refeita, e a Capcom merece aplausos. Se o roteiro de Resident Evil 2 se perdia na continuidade, o do 3º game é uma lição de como se faz uma narrativa consistente, extremamente bem-feita e cativante. Jill tem uma personalidade desenvolvida de modo melhor, com inspirações em Lara Croft de 2013, constantemente passando por desafios físicos e mentais. Carlos aparece com uma frequência maior e, em geral, todos os personagens foram aprimorados. A parte ruim é que as decisões, inauguradas no 3º game lá em 1999, estão de fora. No entanto, faz sentido a escolha.
Apesar de o roteiro seguir os moldes do original lançado em 1999, o foco aqui é expandir tudo que existe. Os desenvolvedores já haviam dito que a história seria mais do que apenas Jill fugindo da cidade e, de fato, isso foi cumprido. A UBSC, Jill, Carlos, Mikhail e até mesmo Nemesis têm um desenvolvimento primoroso, com muitos arquivos que revelam mais detalhes sobre seus planos de fundo ou recheiam um conto do ambiente onde você está. Particularmente, a seção do hospital é a que mais se beneficia de ter uma história contada por cenários e arquivos, o que acaba enriquecendo a experiência dos fãs que gostam de procurar conteúdo.
Galeria 3
Não podemos nem vamos mostrar alguns trechos extremamente marcantes, mas quando vocês virem, saberão do que eu estou falando. Há surpresas muito agradáveis, e outros momentos que são capazes de nos fazer gritar de hype. Possivelmente, essa se tornou uma das melhores tramas de toda a série. Basta jogar a sequência inicial de 20 minutos e se assustar com a qualidade implementada.
Um jogo muito lindo: mais bonito e com performance melhor do que o Resident Evil 2
Outro ponto muito positivo é a experiência audiovisual. Arrisco dizer que o 3º game supera graficamente o antecessor e, pelo menos no PS4 Pro, plataforma que joguei, a experiência foi muito estável e a resolução relativamente alta. Na maior parte do tempo, o jogo roda em 60 fps, mas tem quedas aqui e ali.
Todavia, alguns momentos da técnica de reconstrução temporal, conhecida como checkerboarding, fica bem evidente. Porém, o resultado é muito bom. Como destaque, deixo as expressões faciais e o design dos monstros, que realmente foram feitos com muito esmero.
A trilha sonora dessa vez é mais marcante do que em Resident Evil 2, e há músicas mais evidentes durante a jogatina para dar o tom que o jogo precisa. Os efeitos especiais continuam bons também, apesar de ter menos ambientes fechados para aproveitar o terror cru e nu que vimos no game passado.
Corte substancial (e pecaminoso) de conteúdo
Bom, mas nem tudo são flores. Toda a genialidade que vemos em Resident Evil 3 teve um preço. Essas mudanças e erros são graves e, dependendo do seu nível de fã, elas podem obscurecer parte da experiência magnífica.
Vamos começar pelos cortes de conteúdo. Resident Evil 2 trouxe tudo e mais um pouco do original, mas deixou alguns inimigos de lado. Contudo, dessa vez as coisas deixam de ser meros detalhes. Se você não quer spoilers do que não tem no game, passe para o último parágrafo desta seção.
Vamos elencar o que ficou de fora por aqui: você não vai ver no jogo o Brain Sucker, as Aranhas Gigantes, os corvos e até mesmo o chefão icônico Gravedigger. E sabe por que ele não está no game? Porque a seção do parque e do cemitério foi inteira cortada. Pode esquecer também algumas ambientações clássicas (como o posto de gasolina e a redação de jornal), puzzles e itens icônicos (por exemplo o puzzle do bondinho e as ervas azuis).
A Clock Tower foi praticamente inteira retirada do remake.Fonte: Game Watcher
A Clock Tower e tudo que havia nela também estão de fora. Ela até existe, mas é uma breve área de passagem que não dura mais que 5 minutos. Para não ser injusto, há áreas novas que também foram criadas com maestria, além de ambientes antigos expandidos, como a estação de energia.
Todos esses desfalques são graves e podem ser somados em uma campanha extremamente curta: você deve conseguir zerar o jogo sem problemas em cerca de 6 horas. E, diferentemente de Resident Evil 2, não há nenhuma campanha extra ou alternativa. Por um lado, a campanha é proveitosa e nunca se torna repetitiva, mas por outro é tão curta que, quando acaba, fiquei incrédulo de ser apenas isso.
Cadê o Resident Evil clássico? Campanha extremamente linear e scriptada
Se esses fossem os únicos problemas ainda teríamos um excelente jogo em mãos, ou seja, não um game pior, mas diferente. Entretanto, o buraco é mais embaixo. Alguns inimigos, como os cachorros, Hunter Gamma e Drain Deimos, aparecem pouco mais de uma vez em toda a campanha. Sabe o status inteiramente novo de parasitas dos Drain Deimos? É apenas em um único trecho.
Para contextualizar, somente a área da Clock Tower do original tinha zumbis, aranhas, Drain Deimos, Nemesis e até sangue-sugas que perseguiam o jogador (isso sem contar os diversos puzzles pelo caminho). Em outras palavras, o original usava melhor seus inimigos e os distribuía muito bem na campanha, algo que não ocorre neste.
E a parte negativa não para por aí. Resident Evil 3 de 1999 seguia a mesma fórmula de backtracking e puzzles que os demais títulos da série na época. Além de ser algo característico da franquia, isso ajudava a construir a figura de Nemesis: afinal, ir e voltar por toda a cidade com o grandão na cola nos deixava com medo de errar o caminho.
Por algum motivo, a Capcom decidiu mudar isso. Forçando a barra, Resident Evil 3 Remake tem 1 a 2 puzzles no máximo, já que quase nem podem ser considerados isso. Toda a campanha é scriptada, como se fosse em capítulos, e o backtracking é quase inexistente. Há até mesmo objetivos na interface para ajudar o jogador, algo quase como um Call of Duty.
Somando a carência de conteúdo original, puzzles e inimigos, é quase como se metade do título original estivesse de fora.
É uma campanha guiada, rápida, curta e cinematográfica. Esqueça chaves, peças para consertar equipamentos e muitos elementos para progredir. Em alguns momentos, tudo que você precisa fazer é segurar para a frente. Isso sem contar que, depois de trechos breves, as áreas passadas ficam inacessíveis.
Isso impacta diretamente o período no qual temos Nemesis nos perseguindo. Chutando alto, o tempo de perseguição clássico não deve passar de 30 minutos em toda a jogatina. E, além disso, nos modos "Fácil" e "Padrão" não é muito difícil pará-lo. E o resto do jogo? Cenas scriptadas nas quais o jogador tem pouco controle ou lutas de chefão.
Tirar os elementos essenciais é praticamente um pecado neste caso. Infelizmente, as adições podem até ser boas, mas não o suficiente para compensar tudo que estamos perdendo. E pode ter certeza de que é bastante coisa. Em suma, somando a carência de conteúdo original, puzzles e inimigos, é quase como se metade do título original estivesse de fora.
Ao menos existem alguns elementos que adicionam bastante ao fator replay
Resident Evil 3 Remake passa longe de ser perfeito, mas o fator replay ainda é um grande atrativo para os fãs mais ávidos, já que há bastante incentivo em jogar tudo novamente e experimentar alguns elementos desbloqueados no fim da jogatina.
O que acaba compensando alguns pontos negativos, mas não corrigindo, é que as dificuldades maiores dão uma apimentada à experiência, especialmente os modos "Pesadelo" e "Inferno". Essas duas novidades tornam os inimigos muito mais agressivos em quantidade dobrada, deixam as localizações dos itens dispostas de forma diferente e, principalmente, espalham inimigos mais fortes por toda a campanha, compensando o ponto negativo (já citado) de ter inimigos pouco aproveitados.
Além de ser legal se desafiar em novas dificuldades (e confiem em mim, pois vale MUITO a pena) toda zeratina concede pontos ao jogador, que podem ser trocados por armas, vestimentas e até itens exclusivos para serem usados na campanha.
Por fim, vale ressaltar que Resident Evil Resistance faz parte do pacote e oferece uma experiência online bem diferente, algo que pode estender bastante a vida útil do jogo. Por enquanto, ele está divertido, mas faremos uma análise separada.
Vale a pena?
Eu sou muito, muito fã de Resident Evil 3 original. O sentimento que tenho é misto. Confesso que é muito frustrante e decepcionante ter uma campanha bem mais desfalcada do que o esperado e sem grandes elementos icônicos, como o backtracking, monstros, puzzles e até inimigos completamente subaproveitados, incluído o Nemesis clássico. No geral, parece ser uma experiência mais agradável às novas audiências do que aos fãs dos anos 1990.
Contudo, isso não quer dizer que Resident Evil 3 Remake seja ruim. Pelo contrário, há muitas adições que poderiam torná-lo o melhor jogo de toda a série se não fossem pelos pontos negativos. A história é simplesmente espetacular, as mecânicas nunca foram tão boas em um jogo de terror e o clima é simplesmente único. Contudo, é inegável que são artefatos para mascarar os defeitos, que deixam de ser meros detalhes e se tornam problemas estruturais graves.
A realidade é que jogadores distintos terão diferentes experiências: do leque que abrange o novato ao veterano, cada um sentirá "dores" diferentes.
Mesmo não gostando dos cortes e de algumas mudanças, devo confessar que outras alterações são extremamente benéficas. Além disso, o game organicamente me fez querer zerar 5 vezes e acumular quase 30 horas de jogo. Sem dúvidas, um título assim passa longe de ser ruim. Só é uma pena que, dessa vez, Resident Evil 3 Remake deixa de cumprir seu propósito: ser a versão definitiva de si mesmo.
Resident Evil 3 Remake foi gentilmente cedido pela Capcom para a realização desta análise. Resident Evil Resistance receberá um review separado, que está em progresso neste momento.
Categorias
- Jogabilidade ainda mais refinada e precisa
- Novas mecânicas são espetaculares e traduzem as do game original com maestria
- Dificuldade e combate extremamente balanceados
- O terror, pânico e ação se mesclam muito bem nos momentos mais legais do game
- A trama foi inteiramente refeita e para melhor: concisa, sem margem para erros e com profundidade maior
- Os gráficos são mais bonitos que em Resident Evil 2 Remake e o game tem performance melhor
- Novas dificuldades, loja e Resident Evil Resistance agregam ao fator replay do pacote
- Nemesis e alguns inimigos novos são muito bem-feitos e mostram potencial...
- ...mas são completamente subaproveitados e mal aparecem na jogatina
- O Nemesis, em sua forma clássica e perseguindo o jogador não dura mais que 30 minutos
- Campanha extremamente curta, durando por volta de 6 horas na primeira vez (não há campanhas alternativas e, sabendo o que fazer, dura de 1h30 a 3h)
- A falta de puzzles elaborados e a carência de backtracking são problemas estruturais graves
- O jogo é extremamente linear e scriptado em algumas partes e isso tira o brilho da experiência
- O corte de conteúdo é brutal: não há diversos locais (de grandes a pequenos), puzzles e inimigos clássicos
Nota do Voxel