Lutas de boxe como você nunca viu antes!
Ah, o Wii e seus jogos descontraídos. Enquanto PS3 e X360 ganham Fight Night Round 4, a plataforma da Nintendo segue na veia de jogos menos sérios – e neste caso bastante satíricos. Mas será que vale a pena sacrificar o realismo em nome de uma tentativa de transformar a experiência em algo que chega a lembrar as lutas livres norte-americanas?
Zombaria é o nome do jogo
Já na introdução podemos ver qual é o estilo do game: lutadores com roupas de skate, sósias de Elvis e até alguns que estão mais fora de forma do que o Homer Simpson. Mas isso não impede que eles se chacoalhem, dancem, provoquem e – apenas caso as anteriores já tiverem sido esgotadas – até lutem um pouco.
Quando você acessa o menu principal, encontra várias opções. Um modo carreira, um de campeonatos customizados, multiplayer, opção para jogar os mini-games, partida rápida... Enfim, tudo o que se pode fazer no game pode ser acessado diretamente através do menu principal, o que é bem bom para os que querem se acostumar com a jogabilidade.
Como o modo carreira engloba a maioria das possibilidades do jogo, decidimos ir com ele. Para isso devíamos criar um lutador – e, obviamente, não queríamos destoar do resto. Por isso, fomos com um cidadão de cabelo azul e cavanhaque, sando sunga, óculos escuros e botas. Mais chamativo do que ele, só se fosse possível usar uma fantasia de carnaval.
As opções de personalização são vastas, mas a maioria está bloqueada ao jogar pela primeira vez. Se nossa experiência é qualquer prova, deve-se avançar no modo carreira para liberar os diversos itens disponíveis para alteração da aparência e da vestimenta. O único problema é que isto parece acontecer vagarosamente, devendo o jogador investir bastante tempo para ver resultados.
Um longo caminho a percorrer
Este modo funciona da seguinte maneira: a carreira do lutador é dividida em semanas, e ele deve treinar durante os dias úteis para lutar nos finais de semana – ou participar de treinamentos especiais. Existem seis tipos de treinamento: no saco de areia, para aumentar a potência dos socos; na bola de velocidade, para aumentar a rapidez dos golpes; pular corda, para aumentar a resistência; socar luvas, para um treino geral; e fazer abdominais com uma bola de basquete, para treinar o abdome.
Caso o jogador os realize de forma adequada, um treino especial será liberado. Pelo que vimos, existem três tipos: um deles é quase igual à cena de Rocky, em que ele corre pelas ruas acenando para as pessoas; o outro é contra um boneco que atinge você caso erre a combinação; e o último consistia de desviar de bolas como em um jogo de queimada.
Cada treino é responsável por melhorar – ou piorar, caso você falhe miseravelmente – determinados atributos, sendo que é necessário praticar MUITO para conseguir elevar seu lutador a um patamar respeitável. É bem provável que você perca as primeiras lutas até se acostumar com os controles e até que seu personagem esteja razoável.
As lutas em si se dão inicialmente – já que você é um zé-ninguém – em um ringue dentro de uma academia vazia. Você enfrenta gradualmente lutadores melhores, com o objetivo de chegar a campeão do local para partir para desafios maiores. No início os oponentes são bem lerdos, assim como você, mas eles logo passam a utilizar todas as habilidades que o jogo permite.
Aí é que mora o perigo. O jogo possui vários golpes incapacitantes que requerem reflexos bem rápidos. E como o computador pode alterar os golpes que irá realizar quase instantaneamente, no início é um pouco frustrante ver seu inimigo desviar de um soco e em seguida deixar você tonto – para então encaixar uma sequência devastadora que te manda para o chão.
Isto é ressaltado ainda mais quando o Rumble entra em cena. O que é Rumble? Basicamente, um sistema de “power-up”, que vai enchendo cada letra conforme você acerta bons golpes ou provoca o inimigo. Quando a palavra está acesa, você o ativa para desferir socos muito mais fortes do que o normal.
A parte principal
Como quase todos os games de esporte para o Wii, os comandos são o cerne da experiência de jogo. Aqui, eles são batante tradicionais, embora sejam bastante parecidos – o que requer uma certa sutileza por parte do jogador, para que não se empolgue demais e acabe realizando golpes que não quer.
Utilizando o Remote e o Nunchuk, socar para a frente irá realizar um jab. Remote para a mão direita, Nunchuk para a mão esquerda – isto para todos os golpes. Socar para cima irá fazer seu personagem efetuar um uppercut, enquanto para os lados resulta em um gancho. É possível também dar golpes mais fortes ao afastar o respectivo controle do corpo para em seguida efetuar os movimentos respectivos.
Tudo isto irá fazer com que o lutador golpeie o adversário na cabeça. Para golpear o corpo, é necessário segurar o C. O bloqueio é feito com o B e o Z , para a direita e para a esquerda respectivamente – ao segurar os dois, bloqueia-se de ambos os lados. É possível também empurrar o Nunchuk e o Remote ao mesmo tempo para frente, para abaixar-se; para trás, para esquivar-se; e para os lados, para esquivar e engatar um soco potente logo em seguida.
Isto vale para as lutas, já que os treinamentos possuem comandos específicos. Neles, é aconselhável manter o visor do Remote virado para o receptor, de forma a obter respostas muito mais precisas – segurá-lo da forma como se luta realmente não dá certo, nós nos batemos por vários minutos até descobrir o problema.
Como na maioria de jogos de boxe, reflexos e tempo são essenciais. É necessário utilizar as habilidades na hroa certa e no momento ideal, para tirar o maior proveito. Por exemplo, ao bloquear um golpe logo antes que este o atinja, seu lutador irá deixar o oponente despreparado. Ao desviar de um golpe no último segundo, você irá contra-atacar com um golpe desorientador.
Os controles são todos muito sutis, e desconfiamos que beneficiariam-se muito do MotionPlus, caso houvesse suporte. As diferenças entre os golpes são muito poucas e não há muito benefício em se posicionar como se realmente estivesse lutando. Em alguns momentos deixar os controles na horizontal é muito melhor.
Esta é a maior falha do jogo, e considerando a plataforma em que se encontra, é um imenso deslize. Você só não fica completamente nervoso com a falta de resposta dos comandos porque o jogo é absolutamente ridículo em termos de temática visual. Ver um magrelo de sunga saltitando e ganhando poderes cor-de-rosa enquanto você sacode os braços como um polvo louco é mais frustrante do que irritante.
Mas e então?
Todos os aspectos considerados, Ready 2 Rumble Revolution é uma experiência mediana. Embora seja bastante descontraído e divertido nos primeiros momentos, descobrimos que ele rapidamente se torna repetitivo e os treinamentos são especialmente monótonos.
Os gráficos são razoáveis para o Wii, e possuem alguns elementos de qualidade – por exemplo, os lutadores começam a ficar machucados durante as lutas, conforme os golpes que recebem. Caso levem muita porrada no olho direito, ele inchará e ficará roxo. Se levam muito soco nas costelas, irão colocar a mão ali para protegê-las.
Em última análise, nos parece um bom jogo para se alugar e dar uma conferida como forma de tributo ao título original da franquia. No começo, quase todas as pessoas irão achá-lo razoavelmente divertido – e engraçado. Mas além disso, é muito difícil que o jogador se identifique o suficiente com a proposta para que o game continue a ter apelo.
Chegar ao final do modo carreira, por exemplo, não é para qualquer um – e não por causa da dificuldade, mas porque os controles não permitem que você passe por mais do que um simples amador dos ringues.
Zombaria é o nome do jogo
Já na introdução podemos ver qual é o estilo do game: lutadores com roupas de skate, sósias de Elvis e até alguns que estão mais fora de forma do que o Homer Simpson. Mas isso não impede que eles se chacoalhem, dancem, provoquem e – apenas caso as anteriores já tiverem sido esgotadas – até lutem um pouco.
Quando você acessa o menu principal, encontra várias opções. Um modo carreira, um de campeonatos customizados, multiplayer, opção para jogar os mini-games, partida rápida... Enfim, tudo o que se pode fazer no game pode ser acessado diretamente através do menu principal, o que é bem bom para os que querem se acostumar com a jogabilidade.
Como o modo carreira engloba a maioria das possibilidades do jogo, decidimos ir com ele. Para isso devíamos criar um lutador – e, obviamente, não queríamos destoar do resto. Por isso, fomos com um cidadão de cabelo azul e cavanhaque, sando sunga, óculos escuros e botas. Mais chamativo do que ele, só se fosse possível usar uma fantasia de carnaval.
As opções de personalização são vastas, mas a maioria está bloqueada ao jogar pela primeira vez. Se nossa experiência é qualquer prova, deve-se avançar no modo carreira para liberar os diversos itens disponíveis para alteração da aparência e da vestimenta. O único problema é que isto parece acontecer vagarosamente, devendo o jogador investir bastante tempo para ver resultados.
Um longo caminho a percorrer
Este modo funciona da seguinte maneira: a carreira do lutador é dividida em semanas, e ele deve treinar durante os dias úteis para lutar nos finais de semana – ou participar de treinamentos especiais. Existem seis tipos de treinamento: no saco de areia, para aumentar a potência dos socos; na bola de velocidade, para aumentar a rapidez dos golpes; pular corda, para aumentar a resistência; socar luvas, para um treino geral; e fazer abdominais com uma bola de basquete, para treinar o abdome.
Caso o jogador os realize de forma adequada, um treino especial será liberado. Pelo que vimos, existem três tipos: um deles é quase igual à cena de Rocky, em que ele corre pelas ruas acenando para as pessoas; o outro é contra um boneco que atinge você caso erre a combinação; e o último consistia de desviar de bolas como em um jogo de queimada.
Cada treino é responsável por melhorar – ou piorar, caso você falhe miseravelmente – determinados atributos, sendo que é necessário praticar MUITO para conseguir elevar seu lutador a um patamar respeitável. É bem provável que você perca as primeiras lutas até se acostumar com os controles e até que seu personagem esteja razoável.
As lutas em si se dão inicialmente – já que você é um zé-ninguém – em um ringue dentro de uma academia vazia. Você enfrenta gradualmente lutadores melhores, com o objetivo de chegar a campeão do local para partir para desafios maiores. No início os oponentes são bem lerdos, assim como você, mas eles logo passam a utilizar todas as habilidades que o jogo permite.
Aí é que mora o perigo. O jogo possui vários golpes incapacitantes que requerem reflexos bem rápidos. E como o computador pode alterar os golpes que irá realizar quase instantaneamente, no início é um pouco frustrante ver seu inimigo desviar de um soco e em seguida deixar você tonto – para então encaixar uma sequência devastadora que te manda para o chão.
Isto é ressaltado ainda mais quando o Rumble entra em cena. O que é Rumble? Basicamente, um sistema de “power-up”, que vai enchendo cada letra conforme você acerta bons golpes ou provoca o inimigo. Quando a palavra está acesa, você o ativa para desferir socos muito mais fortes do que o normal.
A parte principal
Como quase todos os games de esporte para o Wii, os comandos são o cerne da experiência de jogo. Aqui, eles são batante tradicionais, embora sejam bastante parecidos – o que requer uma certa sutileza por parte do jogador, para que não se empolgue demais e acabe realizando golpes que não quer.
Utilizando o Remote e o Nunchuk, socar para a frente irá realizar um jab. Remote para a mão direita, Nunchuk para a mão esquerda – isto para todos os golpes. Socar para cima irá fazer seu personagem efetuar um uppercut, enquanto para os lados resulta em um gancho. É possível também dar golpes mais fortes ao afastar o respectivo controle do corpo para em seguida efetuar os movimentos respectivos.
Tudo isto irá fazer com que o lutador golpeie o adversário na cabeça. Para golpear o corpo, é necessário segurar o C. O bloqueio é feito com o B e o Z , para a direita e para a esquerda respectivamente – ao segurar os dois, bloqueia-se de ambos os lados. É possível também empurrar o Nunchuk e o Remote ao mesmo tempo para frente, para abaixar-se; para trás, para esquivar-se; e para os lados, para esquivar e engatar um soco potente logo em seguida.
Isto vale para as lutas, já que os treinamentos possuem comandos específicos. Neles, é aconselhável manter o visor do Remote virado para o receptor, de forma a obter respostas muito mais precisas – segurá-lo da forma como se luta realmente não dá certo, nós nos batemos por vários minutos até descobrir o problema.
Como na maioria de jogos de boxe, reflexos e tempo são essenciais. É necessário utilizar as habilidades na hroa certa e no momento ideal, para tirar o maior proveito. Por exemplo, ao bloquear um golpe logo antes que este o atinja, seu lutador irá deixar o oponente despreparado. Ao desviar de um golpe no último segundo, você irá contra-atacar com um golpe desorientador.
Os controles são todos muito sutis, e desconfiamos que beneficiariam-se muito do MotionPlus, caso houvesse suporte. As diferenças entre os golpes são muito poucas e não há muito benefício em se posicionar como se realmente estivesse lutando. Em alguns momentos deixar os controles na horizontal é muito melhor.
Esta é a maior falha do jogo, e considerando a plataforma em que se encontra, é um imenso deslize. Você só não fica completamente nervoso com a falta de resposta dos comandos porque o jogo é absolutamente ridículo em termos de temática visual. Ver um magrelo de sunga saltitando e ganhando poderes cor-de-rosa enquanto você sacode os braços como um polvo louco é mais frustrante do que irritante.
Mas e então?
Todos os aspectos considerados, Ready 2 Rumble Revolution é uma experiência mediana. Embora seja bastante descontraído e divertido nos primeiros momentos, descobrimos que ele rapidamente se torna repetitivo e os treinamentos são especialmente monótonos.
Os gráficos são razoáveis para o Wii, e possuem alguns elementos de qualidade – por exemplo, os lutadores começam a ficar machucados durante as lutas, conforme os golpes que recebem. Caso levem muita porrada no olho direito, ele inchará e ficará roxo. Se levam muito soco nas costelas, irão colocar a mão ali para protegê-las.
Em última análise, nos parece um bom jogo para se alugar e dar uma conferida como forma de tributo ao título original da franquia. No começo, quase todas as pessoas irão achá-lo razoavelmente divertido – e engraçado. Mas além disso, é muito difícil que o jogador se identifique o suficiente com a proposta para que o game continue a ter apelo.
Chegar ao final do modo carreira, por exemplo, não é para qualquer um – e não por causa da dificuldade, mas porque os controles não permitem que você passe por mais do que um simples amador dos ringues.
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