RPG moroso com um algo a mais
Quem nunca pensou em voltar no tempo? Retornar ao passado para retomar uma decisão, alterando assim não só a própria vida como a de outras pessoas. Para Stocke, protagonista de Radiant Historia, essa oportunidade foi concedida pelo livro mágico White Chronicle, durante uma missão de resgate malsucedida.
Em um mundo que pouco a pouco está sendo transformado em um vasto deserto, duas nações rivais mantêm uma batalha por territórios. De um lado está Alistel, que sofre com uma misteriosa doença que transforma os portadores em areia. De outro, Granorg, controlado por um regime ditatorial da Rainha Protea.
O game, que apesar do nome similar não tem relação com a franquia Radiata Stories, foi lançado em fevereiro de 2011 para o Nintendo DS, e tem como principal destaque o time de peso envolvido na produção. A Atlus importou designers das equipes de Megami Tensei e trouxe Yoko Shinomura, responsável pelas músicas de Kingdom Hearts, para cuidar da trilha sonora.
Vindo de uma equipe estrelada, com jogos como Persona 3 no currículo, a expectativa para Radiant Historia não poderia ser mais elevada. Aqueles que esperavam algo pelo menos semelhante aos clássicos já produzidos pela equipe poderão ficar bem chateados. Radiant Historia é um jogo mediano, que só deve agradar de verdade àqueles que gostam de RPGs bem tradicionais.
As inovações trazidas ao sistema de combate e a trama diferenciada podem dar algum fôlego ao game, mas este gás é perdido completamente quando o jogador se depara com mais de trinta minutos de diálogos ininterruptos. Mesmo com as diversas opções disponíveis, o progresso extremamente lento da trama torna Radiant Historia um forte candidato a figurar na prateleira de “jogos não zerados”.
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Nota do Voxel