O príncipe persa troca sua habilidade na espada por piadas de mal gosto.

No início, haviam os jogos do MS-DOS, desenvolvidos com gráficos extremamente simples, trilha sonora monofônica e, no entanto, garantindo muita diversão. Com o tempo os jogos evoluíram, e aqueles jogos ficaram para trás. Ou não?

Belos cenários e enredo pobre.A maioria dos jogadores talvez não saiba, mas alguns dos grandes sucessos atuais têm suas origens no meio da década de 80, quando os títulos não possuíam nem metade do potencial de desenvolvimento que hoje estão à disposição de qualquer desenvolvedor.

Dois exemplos clássicos da evolução obtida pelo mundo dos games são as séries Metal Gear e Prince of Persia. Ambas lançadas ainda nos anos 80, quando o potencial de desenvolvimento para os jogos era centenas de vezes menor do que hoje.

Entretanto, ambas as franquias mantém-se firmes no mercado até os dias atuais, devido ao jogo de cintura dos desenvolvedores para evoluir a experiência com gráficos melhores e jogabilidade completamente renovados.

No caso de Metal Gear, a série Metal Gear Solid, por exemplo, chegou em 1995 ao PlayStation, com gráficos tridimensionais e todas as possibilidades que o primeiro console da Sony permitiu à Konami criar.

Entretanto, não parou por aí: vieram então Metal Gear Solid 2 e 3, para o PlayStation 2, que receberam gráficos e jogabilidade ainda mais aperfeiçoados do que seu antecessor, sendo seguidos pelo recém-lançado Metal Gear Solid 4, que conta com uma série de novidades inacreditáveis para o PlayStation 3.

Ele é mau, muito mau.Prince of Persia possui um histórico muito similiar: o jogo foi lançado originalmente em 1988, quando gráficos não passavam de um amontoado de quadrados praticamente irreconhecíveis e a trilha sonora era apenas uma coleção de bips e bops.

O jogo foi então vendido para a Ubisoft, que renovou a franquia com uma jogabilidade atraente e gráficos de primeira, lançando o jogo para PlayStation 2 e PC em 2002. De lá pra cá, o número de títulos e fãs da franquia só cresceu, até a Ubisoft anunciar este novo jogo da franquia.

Com o mesmo título do primeiro game da série, simplesmente Prince of Persia, o jogo foi um dos títulos mais esperados de 2008, e o simples fato de trazer o mesmo nome do jogo original propunha um grande inovação na história.

Enredo tão consistente quanto as areias do deserto


Em um belo dia de sol, Prince caminhava em meio a um deserto, procurando por montaria roubada, que portava relíquias raríssimas. Eis então que uma bela garota cruza seu caminho.

Elika estava fugindo de soldados armados, e o encontro de ambos é o primeiro ponto patético do enredo do jogo. Para piorar a situação, é nesta mesma cena que começa o show de piadas de mal gosto do protagonista.

Elika pode voar, mas Prince precisa carregá-la nas costas em alguns trechos do cenário.

É impressionante como a personalidade do personagem principal pode mudar tanto de um jogo para o outro. A frieza e seriedade do nobre príncipe ficaram para trás e, em seu lugar, um humor forçoso tipicamente estadunidense entra em cena.

Além disso, todos os acontecimentos do jogo se dão de maneira muito pouco desenvolvida. É perceptível que todo enredo não passa de uma desculpa esfarrapada para o jogador correr por paredes e agarrar-se nos mais diversos objetos do cenário.

Isso pode ser um ponto positivo para quem gosta de videogame apenas para divertir-se por um tempo, mas quem costuma levar os jogos a sério geralmente quer mais que um simples papo furado como pano de fundo bobo para entrar em lugares sombrios e esgueirar-se através dos mais variados obstáculos.

minha espada é grande e eu sou malvado.O objetivo principal do jogo é reativar os pontos de luz do cenário, e para isso o jogador deve atravessar todo o cenário, tendo como auxilio principal uma espécie de fogo-fátuo lançado por sua companheira Elika, que indica exatamente o caminho até o objetivo.

conforme o jogador percorre o cenário, deve vencer os obstáculos que se apresentam e, uma vez que tenha ativado o ponto de luz daquela região, deve recuperar as “light seeds” (sementes de luz, em português), espalhadas pelo território.

Com elas, Elika absorve uma maior quantidade de poder, conseguindo assim liberar outros pontos de luz do cenário para impedir que as trevas, chamadas no jogo de corrupção, se alastrem pelo resto do reino.

Poucos golpes e acrobacias em excesso!


Um dos aspectos interessantes dos últimos jogos da série Prince of Pérsia era o equilíbrio entre quebra-cabeças de cenário, resolvidos utilizando os potenciais acrobáticos de Prince, e os combates contra adversários armados, que exigiam do protagonista habilidade com a espada.

No entanto, nesta versão, este equilíbrio foi perdido. A Ubisoft exagerou nos obstáculos e inseriu pouquíssimos adversários no jogo, isso torna a experiência muito maçante, visto que em cada cenário existem no máximo um ou dois adversários e o chefão.

É uma pena que existam tão poucas batalhas no jogo.Um ponto positivo do jogo é que, uma vez, que Elika tenha reativado os pontos de luz, Prince pode teleportar-se para lá, economizando uma boa quantidade de obstáculos desnecessários.

Além disso, a jogabilidade está muito simplificada, bastando pressionar poucos botões para ver o protagonista executar manobras dignas de um grande artista de circo. Isto pode ser bom para jogadores casuais, mas é simplesmente terrível se você gosta de desafios de verdade.

Complexidade e sutileza se mesclam no deserto

O Cel Shading é uma tecnologia gráfica que dá a gráficos tridimensionais um visual em duas dimensões semelhante ao de desenhos animados. Tal tecnologia tem sido muito utilizada em jogos ultimamente, principalmente quando são baseados em desenhos animados, como é o caso de Naruto Ultimate Ninja Storm, por exemplo.

Prince of Persia aproveita-se desta tecnologia para criar gráficos simples porém complexos, com texturas de alto nível mescladas a iluminação chapada e modelagem detalhada aliada a contornos bem delineados.

O resultado pode não agradar a maioria dos jogadores, mas não deixa de ter sua parcela de qualidade. No fim das contas, a qualidade gráfica de Prince of Persia é muito boa, porém nem todos irão sentir-se satisfeitos pelo resultado oferecido.

Um jogo válido para gamers casuais

No novo Prince of Persia, Prince está com uma personalidade simplesmente boba, além disso, o jogo não oferece nada que chame a atenção de jogadores experientes. Portanto, se você é um iniciante e gosta de títulos simples, mande ver em Prince of Persia, você vai se divertir.

Agora, se o seu negócio é dificuldade, variedade e enredo bem desenvolvido, o novo Prince of Persia não conta com absolutamente nada que possa lhe interessar. Talvez valha a pena alugar o título e jogá-lo até enjoar, mas não resta sombra de dúvidas de que um jogo como este não é uma aquisição digna de sua prateleira. Guarde seu dinheiro para God of War 3 ou Uncharted 2.


Em suma, se você é um grande fã de jogos casuais que não exigem muita atenção do jogador para percorrer os cenários, o novo Prince of Persia foi feito para você. Mas se você é um gamer experiente que exige jogos complexos, não passe nem perto do novo título da Ubisoft.
No início, haviam os jogos do MS-DOS, desenvolvidos com gráficos extremamente simples, trilha sonora monofônica e, no entanto, garantindo muita diversão. Com o tempo os jogos evoluíram, e aqueles jogos ficaram para trás. Ou não?

Belos cenários e enredo pobre.A maioria dos jogadores talvez não saiba, mas alguns dos grandes sucessos atuais têm suas origens no meio da década de 80, quando os títulos não possuíam nem metade do potencial de desenvolvimento que hoje estão à disposição de qualquer desenvolvedor.

Dois exemplos clássicos da evolução obtida pelo mundo dos games são as séries Metal Gear e Prince of Persia. Ambas lançadas ainda nos anos 80, quando o potencial de desenvolvimento para os jogos era centenas de vezes menor do que hoje.

Entretanto, ambas as franquias mantém-se firmes no mercado até os dias atuais, devido ao jogo de cintura dos desenvolvedores para evoluir a experiência com gráficos melhores e jogabilidade completamente renovados.

No caso de Metal Gear, a série Metal Gear Solid, por exemplo, chegou em 1995 ao PlayStation, com gráficos tridimensionais e todas as possibilidades que o primeiro console da Sony permitiu à Konami criar.

Entretanto, não parou por aí: vieram então Metal Gear Solid 2 e 3, para o PlayStation 2, que receberam gráficos e jogabilidade ainda mais aperfeiçoados do que seu antecessor, sendo seguidos pelo recém-lançado Metal Gear Solid 4, que conta com uma série de novidades inacreditáveis para o PlayStation 3.

Ele é mau, muito mau.Prince of Persia possui um histórico muito similiar: o jogo foi lançado originalmente em 1988, quando gráficos não passavam de um amontoado de quadrados praticamente irreconhecíveis e a trilha sonora era apenas uma coleção de bips e bops.

O jogo foi então vendido para a Ubisoft, que renovou a franquia com uma jogabilidade atraente e gráficos de primeira, lançando o jogo para PlayStation 2 e PC em 2002. De lá pra cá, o número de títulos e fãs da franquia só cresceu, até a Ubisoft anunciar este novo jogo da franquia.

Com o mesmo título do primeiro game da série, simplesmente Prince of Persia, o jogo foi um dos títulos mais esperados de 2008, e o simples fato de trazer o mesmo nome do jogo original propunha um grande inovação na história.

Enredo tão consistente quanto as areias do deserto


Em um belo dia de sol, Prince caminhava em meio a um deserto, procurando por montaria roubada, que portava relíquias raríssimas. Eis então que uma bela garota cruza seu caminho.

Elika estava fugindo de soldados armados, e o encontro de ambos é o primeiro ponto patético do enredo do jogo. Para piorar a situação, é nesta mesma cena que começa o show de piadas de mal gosto do protagonista.

Elika pode voar, mas Prince precisa carregá-la nas costas em alguns trechos do cenário.

É impressionante como a personalidade do personagem principal pode mudar tanto de um jogo para o outro. A frieza e seriedade do nobre príncipe ficaram para trás e, em seu lugar, um humor forçoso tipicamente estadunidense entra em cena.

Além disso, todos os acontecimentos do jogo se dão de maneira muito pouco desenvolvida. É perceptível que todo enredo não passa de uma desculpa esfarrapada para o jogador correr por paredes e agarrar-se nos mais diversos objetos do cenário.

Isso pode ser um ponto positivo para quem gosta de videogame apenas para divertir-se por um tempo, mas quem costuma levar os jogos a sério geralmente quer mais que um simples papo furado como pano de fundo bobo para entrar em lugares sombrios e esgueirar-se através dos mais variados obstáculos.

minha espada é grande e eu sou malvado.O objetivo principal do jogo é reativar os pontos de luz do cenário, e para isso o jogador deve atravessar todo o cenário, tendo como auxilio principal uma espécie de fogo-fátuo lançado por sua companheira Elika, que indica exatamente o caminho até o objetivo.

conforme o jogador percorre o cenário, deve vencer os obstáculos que se apresentam e, uma vez que tenha ativado o ponto de luz daquela região, deve recuperar as “light seeds” (sementes de luz, em português), espalhadas pelo território.

Com elas, Elika absorve uma maior quantidade de poder, conseguindo assim liberar outros pontos de luz do cenário para impedir que as trevas, chamadas no jogo de corrupção, se alastrem pelo resto do reino.

Poucos golpes e acrobacias em excesso!


Um dos aspectos interessantes dos últimos jogos da série Prince of Pérsia era o equilíbrio entre quebra-cabeças de cenário, resolvidos utilizando os potenciais acrobáticos de Prince, e os combates contra adversários armados, que exigiam do protagonista habilidade com a espada.

No entanto, nesta versão, este equilíbrio foi perdido. A Ubisoft exagerou nos obstáculos e inseriu pouquíssimos adversários no jogo, isso torna a experiência muito maçante, visto que em cada cenário existem no máximo um ou dois adversários e o chefão.

É uma pena que existam tão poucas batalhas no jogo.Um ponto positivo do jogo é que, uma vez, que Elika tenha reativado os pontos de luz, Prince pode teleportar-se para lá, economizando uma boa quantidade de obstáculos desnecessários.

Além disso, a jogabilidade está muito simplificada, bastando pressionar poucos botões para ver o protagonista executar manobras dignas de um grande artista de circo. Isto pode ser bom para jogadores casuais, mas é simplesmente terrível se você gosta de desafios de verdade.

Complexidade e sutileza se mesclam no deserto

O Cel Shading é uma tecnologia gráfica que dá a gráficos tridimensionais um visual em duas dimensões semelhante ao de desenhos animados. Tal tecnologia tem sido muito utilizada em jogos ultimamente, principalmente quando são baseados em desenhos animados, como é o caso de Naruto Ultimate Ninja Storm, por exemplo.

Prince of Persia aproveita-se desta tecnologia para criar gráficos simples porém complexos, com texturas de alto nível mescladas a iluminação chapada e modelagem detalhada aliada a contornos bem delineados.

O resultado pode não agradar a maioria dos jogadores, mas não deixa de ter sua parcela de qualidade. No fim das contas, a qualidade gráfica de Prince of Persia é muito boa, porém nem todos irão sentir-se satisfeitos pelo resultado oferecido.

Um jogo válido para gamers casuais

No novo Prince of Persia, Prince está com uma personalidade simplesmente boba, além disso, o jogo não oferece nada que chame a atenção de jogadores experientes. Portanto, se você é um iniciante e gosta de títulos simples, mande ver em Prince of Persia, você vai se divertir.

Agora, se o seu negócio é dificuldade, variedade e enredo bem desenvolvido, o novo Prince of Persia não conta com absolutamente nada que possa lhe interessar. Talvez valha a pena alugar o título e jogá-lo até enjoar, mas não resta sombra de dúvidas de que um jogo como este não é uma aquisição digna de sua prateleira. Guarde seu dinheiro para God of War 3 ou Uncharted 2.


Em suma, se você é um grande fã de jogos casuais que não exigem muita atenção do jogador para percorrer os cenários, o novo Prince of Persia foi feito para você. Mas se você é um gamer experiente que exige jogos complexos, não passe nem perto do novo título da Ubisoft.
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