A areia não foi a única coisa esquecida neste Prince of Persia
Pois é, infelizmente o resultado não foi como muitos fãs esperavam. Uma nova aparição do Príncipe da Pérsia sempre é ansiosamente aguardada por todos aqueles que acompanham a saga da tão conhecida franquia da Ubisoft. São vários títulos que fazem o jogador mergulhar em cenários épicos, controlando um personagem que esbanja em habilidades relacionadas à exploração de diferentes espaços. Escalar paredes é pouco.
Vale lembrar que, por mais que The Forgotten Sands retrate os mesmos ambientes do longa-metragem conhecido como Prince of Persia: The Sands of Time, o jogo conta com uma dinâmica bem diferente do que ocorre no filme da Disney. Mas é claro que é possível constatar semelhanças entre, por exemplo, o estilo do protagonista do game e o visual de Jake Gyllenhaal como o ator principal nas telonas.
O importante é saber que o filho do rei persa Sharaman está de volta. As aventuras do Príncipe continuam, sendo que o guerreiro foi enviado para visitar seu irmão Malik. Os problemas começam quando o reino é invadido e Malik comete um erro catastrófico: enviar um exército mágico (supostamente pertencente ao rei Solomon) para combater os invasores.
Como de praxe, nem tudo sai como o previsto e os combatentes lendários se voltam contra o irmão do Príncipe. Assim, os dois irmãos acabam se separando e o Príncipe tenta reencontrar Malik. Razia, uma rainha dos Djinn, surge para auxiliar o Príncipe na tentativa de parar o exército maligno. E, mesmo que o tão conhecido guerreiro persa desacredite em magia, poderes impressionantes são empregados durante a aventura.
O Príncipe é capaz de usar quatro poderes principais: tempo (sim, voltar no tempo), gelo (solidificação temporária da água), voo (um ataque rápido que transcende distâncias pelo ar) e memória (restauração de partes do cenário). O fantástico poder do tempo gasta um orbe mágico. Sim, tradicionalmente, os inimigos derrotados — bem como certos objetos: urnas e recipientes — soltam pequenas esferas de magia, de experiência e de energia vital.
Adquirindo pontos de experiência, o jogador tem a possibilidade de melhorar os atributos do Príncipe e liberar até quatro novas habilidades: Ice Blast (onda de gelo), Whirlwind (redemoinho que empurra os inimigos para trás), Trail of Flame (literalmente, uma trilha de chamas que causam dano) e Stone Armor (temporariamente, o Príncipe bloqueia ataques dos inimigos). É crucial ressaltar que cada uma dessas habilidades gasta um orbe mágico.
Em geral, o combate preenche várias seções do game. Você verá abaixo, porém, que embarcar na batalha contra inimigos de areia não é uma atividade muito recompensadora. E os elementos de plataforma — escalar paredes e colunas, solucionar quebra-cabeças do cenário — não são tão chamativos assim. Além disso, a nova aventura do Príncipe é um tanto curta, sendo que o jogador consegue facilmente impedir que a areia faça o reino sucumbir.
Não é possível recomendar The Forgotten Sands para todos os apreciadores da dupla ação/plataforma. Mesmo os fãs assíduos da série podem encontrar mais diversão em outros jogos da franquia. Este título é melhor, sim, que o Prince of Persia lançado em 2008, mas infelizmente não traz à tona o bom e velho — isso mesmo, sete anos atrás — esplendor do glorioso Sands of Time.
Uma vez que o modo principal de jogo e o Challenge Mode tenham sido finalizados, não há motivo para conferir mais uma vez esta aventura. Não existem extras que mereçam atenção e a jogabilidade básica (exploração linear + combates superficiais) deixa a desejar em uma série de quesitos. Potencial? Sim, ele está lá, mas aparentemente o pessoal da Ubisoft não soube aproveitá-lo nesta continuação da famosa franquia do Príncipe da Pérsia.
Nota do Voxel