Imagem de Plants vs. Zombies: Garden Warfare
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Plants vs. Zombies: Garden Warfare

Nota do Voxel
95

A guerra mudou, mas a diversão continua a mesma [vídeo]

Poucos são aqueles dispostos a questionar a habilidade da PopCap em fazer games de estratégia. Afinal, foi ela quem desenvolveu Plants vs. Zombies 1 e 2, dois dos títulos de maior sucesso nos portáteis (e, com o passar do tempo, nas outras plataformas), capazes de agradar tanto a jogadores casuais quanto hardcore.

Mas e se você descobrisse que ela estava trabalhando em um jogo de tiro com essa amada franquia: será que você ainda manteria seu voto de confiança na PopCap? É provável que sua resposta seja “não”. E foi exatamente isso que ocorreu quando Plants vs. Zombies: Garden Warfare foi anunciado no meio de 2013.

A proposta trazida por eles era simples. No lugar de apenas definir que plantas colocar e onde cultivá-las, você é a planta em Garden Warfare: cada jogador tem a chance de escolher um “soldado” e controlá-lo no campo de batalha.

Usando das habilidades únicas de cada personagem, sua equipe deve fazer de tudo para impedir o avanço inimigo (ou quebrar a defesa adversária, no caso dos zumbis), enquanto dispara ervilhas, raios de sol, feijões explosivos, lasers malignos, bolas de futebol... Enfim, usa como arma tudo aquilo de mais inusitado que já conhecemos dos Plants vs. Zombies originais.

O único problema é que boa parte do público não viu a proposta com bons olhos, de início. Fãs da estratégia de PvZ viram apenas a palavra “tiro” e já torceram o nariz. Os adeptos de CoD e Battlefield, por sua vez, simplesmente não se interessaram pelo visual “bonitinho” de Garden Warfare. Jogando o game, no entanto, fica claro que Plants vs. Zombies: Garden Warfare é muito mais que um tiroteio descerebrado com gráficos infantis.

O jardim mais belo da vizinhança

Ok. Vamos tirar isso do caminho, antes de tudo: Plants vs. Zombies: Garden Warfare tem sim gráficos “bonitinhos”. Isso não quer dizer, porém, que isso é um ponto ruim do game – de fato, esse visual é uma das qualidades mais fortes no novo PvZ.

Em primeiro lugar, a precisão com que cada planta e zumbi foram trazidos para o mundo 3D é surpreendente. Quem jogou os títulos anteriores vai perceber que tudo está representado ali com perfeição; alguns podem até ter recebido um detalhe novo ou outro, mas nada que mude a fidelidade da transposição.

Mas o que mais impressiona graficamente fica no nível de detalhe empregado no game. Dos cenários aos personagens, a PopCap abusou nas texturas para dar a Garden Warfare um aspecto entre o caricato e o realista – algo que não apenas deixa o título com uma aparência única, como também o torna belíssimo.

Por isso, fica a dica: julgar Plants vs. Zombies: Garden Warfare apenas por seu visual colorido, sem considerar o esmero empregado nesse aspecto, seria um erro tremendo.

Proteja seu jardim a qualquer custo!

Agora é hora de abordar outro ponto polêmico de Garden Warfare (sim, estou falando da jogabilidade). Como dito antes, pode esquecer o sistema de simplesmente colocar as plantas e deixar que elas façam o resto: aqui, você deve escolher uma entre quatro “classes” básicas de personagem.

O Disparervilha, por exemplo, possui disparos poderosos, mas lentos. A Carnívora, por sua vez, ataca com mordidas de curta distância, mas devora quase qualquer adversário em um único golpe, caso a pegue pelas costas. Há também o Cacto, que lança agulhas com precisão, e o Girassol, que cura os personagens do time. Como você pode ver, as variações de tática para cada uma são grandes.

E isso é apenas o começo. Com o prosseguir do jogo, ainda é possível conseguir níveis e desbloquear novas variações de cada personagem, como o Gelervilha (um Disparervilha que lança ervilhas congelantes). Graças a isso, você se sente motivado a tentar experimentar todas as diferentes plantas, na esperança de aumentar seu leque de táticas de ataque.

Sua planta favorita não está entre as listadas acima? Não se preocupe. Praticamente todas as outras estão disponíveis como parte do armamento dos personagens – é o caso da Batatamina e dos Noz-Obstáculo, que podem ser lançados pelo Cacto. Algumas também podem ser plantadas em vasos espalhados pelas fases, agindo como obstáculos nos cenários.

Do outro lado da cerca

Talvez o mais interessante de tudo trazido por Plants vs. Zombies: Garden Warfare seja a possibilidade de (finalmente) jogar do lado dos caras maus. No maior estilo de Left 4 Dead, você agora tem a chance de controlar os inimigos mais fortes do exército zumbi, que se unem às hordas de criaturas determinadas a acabar com as plantas.

As mecânicas usadas para controlá-los são praticamente as mesmas que encontramos nas plantas. Logo, você ainda vai ter que atirar em seus inimigos e abusar dos poderes de seu personagem, assim como de um bom trabalho de equipe, para vencer.

É importante notar, no entanto, que as habilidades dos zumbis são distintas daquelas que você encontra ao jogar no time das plantas. Isso significa que controlá-los é uma experiência completamente diferente; o que, por sua vez, resulta em muito mais opções para jogo, novas estratégias e mais conteúdo para ser explorado.

Quem diria que plantas precisam de dinheiro?

Assim como nos outros títulos de PvZ, Garden Warfare tem um grande foco na coleta de moedas. Aqui elas são mais úteis do que nunca, visto que upgrades, novas versões de plantas e “munição” para os personagens de suporte podem ser comprados através de pacotes de figurinhas na loja do game.

Antes que você comece a se preocupar, vamos tranquilizá-lo com uma boa notícia. Primeiro: como a PopCap já havia avisado, não há um sistema de microtransações aqui. Segundo: juntar moedas é absurdamente fácil, pois praticamente tudo o que o jogador faz – de matar um adversário a ajudar um companheiro – rende dezenas delas. Em questão de minutos isso deixa de ser uma preocupação.

Faltou um tempero...

Não há como negar que praticamente tudo o que Plants vs. Zombies: Garden Warfare traz é feito com muita qualidade. Isso se deve, em parte, à maior fraqueza deste game: nada neste título é realmente original – suas principais mecânicas são iterações de títulos famosos.

Exemplos disso não faltam. As missões e batalhas contra hordas de zumbis, em que os inimigos mais fortes são controlados diretamente por jogadores, vêm direto de Left 4 Dead. A mecânica de classes com funções específicas? Team Fortress. Espalhar armadilhas e defesas pelo cenário para atrapalhar os adversários? Dungeon Defenders. Níveis, perks e personalização de personagens? Quase todos os jogos de tiro do mercado atualmente.

Se isso é um ponto ruim na jogatina? Não exatamente. O fato é que a mistura de mecânicas que ele faz é única por si mesma, resultando em um jogo bem diferente daquilo que estamos acostumados. O game apenas se preocupa em implementar essas ideias da melhor maneira possível, e isso a PopCap fez bem.

Vale a Pena?

Plants vs. Zombies: Garden Warfare é um daqueles títulos que, em um primeiro momento, não parecem “grande coisa”. Basta dar uma chance a ele, porém, que a maioria das pessoas vai mudar de ideia, já que ele vem com ótimos gráficos e uma das mecânicas que mais incentivam o trabalho em equipe entre os jogadores.

Assim, não pense duas vezes em comprar este título. Novatos na franquia não se sentirão perdidos e fãs da série não vão sentir falta da estratégia na nova proposta deste PvZ, enquanto quem gosta de jogos de tiros sérios vai ter a chance de ver que às vezes pode ser extremamente divertido se aventurar em uma jogatina tão descontraída.

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Pontos Positivos
  • Visual absurdamente detalhado
  • Diversas classes para escolher, cada uma com habilidades distintas
  • Jogar com os zumbis dobra o fator replay
  • Combina mecânicas de outros games com perfeição
Pontos Negativos
  • Não traz mecânicas originais, apenas melhorando mecânicas de outros games