Imagem de Patapon
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Patapon

Nota do Voxel
92

Pon! Pon! Patapon! Sinta a batida da vida em Patapon!


São muitas as culturas que tratam a música como a voz de Deus. Indianos e chineses usam instrumentos sagrados como a cítara, a tabla e outros para atingirem mais rapidamente o estado meditativo, podendo então conectar-se a uma mente superior, que equivaleria ao Deus ocidental.

Já as tribos africanas e americanas usam inúmeros instrumentos — sendo que
Pon Pon Pata Pon! Ao ataque patapons! a grande maioria deles é percussiva — para comunicar-se com os espíritos. São muito conhecidos os ritos xamânicos onde o curandeiro da tribo (conhecido como xamã ou pajé), executa cantos ao mesmo tempo em que toca ritmicamente um tambor, objetivando curar as mais diversas doenças em seus pacientes.

Por outro lado, batidas de tambor, bem como o sopro de diversas trombetas, eram utilizados nas grandes batalhas entre cavaleiros, durante a Idade Média. A ordem do general, que geralmente ficava afastado da batalha para não sofrer qualquer dano, era repassada aos batalhões sob a forma de ritmos pré-estabelecidos.

Mais recentemente, estudos com animais e plantas criados sob o som de clássicos como Mozart, Beethoven e Bach comprovaram que ambos animais e vegetais crescem mais e com mais saúde quando submetidos a músicas apropriadas. Muitos outros exemplos como estes permeiam a história da humanidade e comprovam a importância da música no dia-a-dia do homem até os dias atuais.

O ritmo da vida

Patapon aproveita tudo isso e apresenta aos seus fãs um jogo rítmico diferenciado, onde as batidas de tambores africanos dão o tom a batalhas entre patapons e seus terríveis adversários, os zigotons, que exilaram os pobres patapons após roubarem alguns dos tambores que permitiam sua comunicação com os deuses, tornando-os invencíveis.

O jogo começa quando o jogador assina um contrato dizendo que encontrou
Siga o ritmo da natureza. o tambor “Pon” e tornando-se o novo deus dos patapons. Você deve então guiar os poucos guerreiros que sobreviveram novamenta à Patapolis, a vila dos patapons, onde uma grande festa aguarda o jogador para comemorar o retorno dos tempos de alegria.

Logo o jogador se verá caçando alguns animais para alimentar a tribo, treinando mais soldados e aumentando os poderes de batalha. Após uma caçada inicial para reabastecer o estoque de alimentos de Patapolis, a primeira batalha contra os zigotons será enfrentada. Conforme o jogador avança, ganhará novas unidades, construindo um exército completamente personalizado, onde cada guerreiro em particular pode ganhar armas e armaduras novas.

Seu exército

Os patapons são uma sociedade dividida em cinco grupos: Meden é o nome que o oráculo da tribo recebe. Esse cargo é ocupado por uma mulher que comunica-se com o Todo Poderoso Patapon (Mighty Patapon), o jogador.

Os outros quatro grupos são militares: existe o Hatapon, um herói que protege os tambores, conduzindo o restante do excército em suas batalhas. Logo o jogador encontrará alguns Yaripons, lanceiros destemidos que obedecem todas as ordens do Hatapon. Também existem outros dois grupos: Tatepons, que portam armas como machados e espadas, e Yumipons, guerreiros que possuem arco e flecha, sendo ótimos defensores.

Assim como o Meden, o
Conforme o jogo avança, mais unidades serão desbloqueadas. Hatapon é um cargo ocupado por apenas um personagem. O jogo permite ao jogador, no entanto, treinar 6 guerreiros de cada um dos outros três grupos, totalizando um exército de 18 lutadores.

Para controlá-los, o jogador possui quatro tambores diferentes: O Pata-drum corresponde ao quadrado, o Pon-drum, ao círculo, o Chaka-drum ao triângulo e por fim o Don-drum à cruz.

Combinando os tambores, é possível coordenar as ações dos patapons. As ações básicas são caminhar, atacar, defender e juju — um ataque especial que executa um milagre —, sendo que esta última libera um minigame onde o jogador deve realizar uma seqüência de batidas para realizar o milagre.

Uma batida nada cansativa!

Ao ouvir sobre Patapon, a primeira coisa que vem à cabeça da grande maioria dos jogadores é que o jogo torna-se irritante após pouco tempo em frente ao PSP, porém isso não é verdade. Quanto mais tempo em frente ao console, mais amigo dos patapons o jogador se tornará, criando um vínculo que fará ele chatear-se quando um dos personagens morrer.

O risco do jogo não é irritar, e
Leve seu exército ao forte inimigo. sim viciar. Antes mesmo que você perceba, estará cantarolando os mesmos ritmos realizados no jogo, e enquanto não conseguir salvar de vez a pele dos patapons, livrando-os da ameaça zigoton, o jogador não consegue deixar o portátil da Sony de lado.

Uma das coisas mais interesssantes em Patapon é descobrir os segredos do jogo, bem como desenvolver técnicas de combate diferenciadas, possibilitando a criação de uma estratégia para cada momento. Lutar com chefões, por exemplo, exige velocidade e precisão no momento em que os personagens entram no estado conhecido como Fever (entenda melhor abaixo).

Chaka Chaka Pata Pon!

A jogabilidade de Patapon foi produzida na medida certa, ao mesmo tempo em que o básico da jogabilidade é simples, permitindo mesmo a jogadores iniciantes saírem vitoriosos das primeiras partidas, ao avançar no jogo será preciso entrar no ritmo, ou torna-se impossível vencer adversários mais complexos, como os monstros que cospem fogo.

Infelizmente, Patapon peca quanto ao nível de dificuldade dos chefões: o jogo em si não parece tornar-se muito mais difícil conforme o jogador avança no território zigoton, porém ao encontrar os monstros gigantescos que barram o caminho entre a vila Zigoton e Patapolis, a dificuldade é aumentada de maneira considerável.
Mater, a árvore da vida, traz a vida seus guerreiros.

Quando o jogador consegue realizar um combo suficientemente longo, os personagens entrarão no modo Fever, uma espécie de êxtase de guerra, tornando qualquer ação executada muito mais efetiva. Um exemplo são os ataques, que ganham maior força e precisão quando os personagens entram no Fever.

Para mantê-los em êxtase, no entanto, a precisão necessária nas batidas exige que o jogador tenha uma boa noção de ritmo. Logo, alguém sem boas noções musicais poderá sentir-se prejudicado nesses momentos.

Um game perfeito para o PSP!

Patapon é um jogo sem igual. A criatividade de seus idealizadores atingiu um nível altíssimo e não decaiu durante a produção — é comum encontrar jogos cuja proposta é inovadora e parece emocionante mas no fim das contas acaba mal desenvolvido —, fazendo com que o game seja equilibrado em todos os seus aspectos.

Com exceção da dificuldade, que desequilibrou um pouco o jogo, Patapon é, no geral, um dos melhores títulos que o PSP já viu. Além disso, o jogo encaixa perfeitamente com a proposta do console da Sony: é visível entre os donos de PSP que o portátil é voltado para um público mais interessado em games que os donos do Nintendo DS, que geralmente preferem jogos mais simples.

Entretanto, como o PSP é um console portátil, títulos muito complexos não são ideiais para ele, sendo que é necessário um equilíbrio entre casualidade e profundidade. Esse equilíbrio é perfeito em Patapon, que permite aos jogadores repetir certos níveis do jogo infinitamente. Além disso, apesar de simples, o jogo é muito longo, prolongando consideravelmente o tempo de vida útil do título. Com certeza Patapon estará entre os melhores jogos do ano para o console, e provavelmente em pouco tempo seja um dos títulos mais jogados do PSP.
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