Clássico e inovador ao mesmo tempo
Ok, é realmente difícil encarar um novo Pac-Man com uma expectativa semelhante àquela que se tem com uma franquia inédita, ou com um estilo de jogo mais abrangente. Afinal, é fácil acreditar que a fórmula de catar pílulas enquanto foge de fantasmas em um labirinto simplesmente já deu o que tinha que dar. Os comentários são sempre os mesmo: “era muito bom para a época em que foi lançado”.
De fato, quando Pac-Man deu as caras pela primeira vez 30 anos atrás, o que houve foi sem dúvida uma verdadeira revolução. Havia uma jogabilidade inédita, um nível gráfico excelente para a tecnologia do início dos anos 80. E mais algumas histórias escabrosas: o herói seria um astronauta perdido no espaço, às voltas com fantasmas. Sim, isso seria uma carga forte mesmo para os nervos do Chuck Norris. Mas tudo bem, já que você tem pílulas de calmantes espalhadas por todo o lugar, certo?
Mas não. Esqueça os mitos, esqueça a franquia clássica, esqueça a versão pixelizada do herói que povoou a sua infância. Pac-Man Championship Edition DX pega a fórmula com novo fôlego de Pac-Man Championship Edition e eleva a um novo patamar, com novos modos, cenários renovados e mecânicas inéditas de jogo. O resultado? Um jogo que certamente merece a sua atenção, mesmo em plena sétima geração de consoles.
Não que exista algo de errado com os atuais blockbusters da indústria de games. Quer dizer, acompanhar os desdobramentos da trama complexa de um Mass Effect 2 ou de um Alan Wake certamente tem o seu apelo. Entretanto, ao jogar Pac-Man Championship Edition DX, é impossível não lembrar de uma época em que um jogo de video game era, antes de mais nada, um jogo... No sentido estrito do termo. E a experiência é realmente recompensadora.
Basicamente, trata-se de uma época em que os jogos eletrônicos cobravam muita, mas muita habilidade. Não haviam CGs. Não havia uma história terrivelmente elaborada por trás de tudo. Era simplesmente você contra algum inimigo que se tornava progressivamente mais obstinado, até beirar o insuportável.
Sim, isso significa que não havia um final com cara de filme hollywoodiano aguardando. Sequer havia um fim na maioria dos jogos da segunda geração. Só que esse não era o ponto. O elemento central daqueles jogos era a competição. Você não buscava um fim. O que você realmente queria era bater a pontuação do seu amigo... Que então partiria em mais uma tentativa para recuperar o trono. Sim, isso era muito divertido. E ainda é.
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Nota do Voxel