Raising Hell é um bom jogo. O mesmo bom jogo de um ano atrás.
Como seria calçar as botas do “mal indizível” no PS3? Bem, salvo talvez por uma ou outra adição, trata-se do mesmo jogo. Você vai novamente assumir o papel do emblemático Overlord para controlar uma turba de servos descartáveis enquanto espalha terror e corrupção pelas belas pradarias do mundo. E isso é ótimo, claro.
Entretanto, considerando-se que um ano se passou desde o lançamento do título original para Xbox 360, seria razoável esperar da versão para PS3 um pouco mais do que algumas diferenças no som e a inclusão do conteúdo extra. Isso sem falar em uma considerável queda de na “frame rate” (taxa de atualização).
Porém, para quem gostou da fórmula de Overlord e esperava ansioso para poder jogar no PS3, trata-se do mesmo jogo maligno e hilário com pinta de RPG (embora não seja nem de longe).São também os mesmos belos ambientes que, contudo, parecem ter já uma certa idade. Nada que impeça o mal de se espalhar pelo mundo.
O mal supremo deve ser reconstruído
O humor tão característico de Overlord parece se dever a uma mistura entre pura maldade, lealdade cega e toda uma série de estereótipos. Logo no início do jogo tem-se a primeira imagem dos devotados “minions”, que são uma espécie de servo dedicado um tanto descerebrado — quase infantil.
As pequenas criaturas despertam ansiosamente o Overlord dos seus longos anos de sono para que este reerga novamente o seu império, reconstruindo o seu nefando castelo e corrompendo — de forma nem sempre muito convincente — as belas paisagens do jogo. Para tanto, o jogo disponibiliza uma espécie de servo/tutor que ensinará desde os passos mais básicos até as tarefas mais complexas que visam às vezes simplesmente espalhar o mal pela face da terra.
Uma das primeiras missões pinta muito bem o tipo de humor que permeia todo o jogo. A fim de recuperar a fonte de energia do castelo, o Overlord parte pelos campos com um máximo inicial de apenas cinco servos. É claro que antes de pegar a fonte, você poderá ordenar que os minions saqueiem, destruam e ainda fiquem com alguns espólios bem inusitados — como um capacete de abóbora que se consegue ao destruir uma fazenda.
Enfim, os minions vão alegre, destemida e inconseqüentemente realizar qualquer desígnio seu, embora na maior parte das vezes isso se resuma a apenas destruir e espoliar. Após alguma perambulação, eis que enfim surge o precioso “heart”, cuja energia estava sendo utilizada pelos anões para fazer crescer abóboras! Hilário.
Outros objetivos vão envolver ainda reunir uma casta de belas mulheres que serão as suas servas no castelo, encontrar a terra dos elfos e recuperar a comida roubada do povo pelos anões... embora devolve-la para o povo dependa de você estar ou não se sentindo “particularmente maligno”. Basicamente, a ação se resume em recriar os seus domínios e espalhar o terror, sempre com a opção de ser qualquer coisa entre um deus benevolente e um tirano completo em uma espécie de Black & White (ainda) mais descontraído.
Alguns puzzles e várias peregrinações sem rumo ainda podem fazer Overlord ficar com uma pinta de RPG. Mas é uma impressão bem passageira. A bem da verdade trata-se mesmo de um jogo consideravelmente linear já que, de certa forma, toda malignidade do personagem não chega a alterar grandemente o curso das coisas.
Aliás, o terror absoluto aqui envolve mais saquear casas e queimar plantações com bolas de fogo enquanto se ouve os vários comentários hilários dos servos que, ao final, ainda lhe trazem os prêmios dos saques com um ostensivo ar de satisfação.
“For the Overlord!”
Não há como negar: uma das maiores diversões em Overlord é comandar os seus pequenos e leais servos descerebrados. É claro que você, como o supremo senhor das trevas, é também capaz de infligir dano. Entretanto, qual é graça de se utilizar um enorme e lento machado enquanto se pode mandar os devotados minions fazerem todo o trabalho sujo e de uma forma muito mais engraçada?
Entretanto, considerando-se que um ano se passou desde o lançamento do título original para Xbox 360, seria razoável esperar da versão para PS3 um pouco mais do que algumas diferenças no som e a inclusão do conteúdo extra. Isso sem falar em uma considerável queda de na “frame rate” (taxa de atualização).
Porém, para quem gostou da fórmula de Overlord e esperava ansioso para poder jogar no PS3, trata-se do mesmo jogo maligno e hilário com pinta de RPG (embora não seja nem de longe).São também os mesmos belos ambientes que, contudo, parecem ter já uma certa idade. Nada que impeça o mal de se espalhar pelo mundo.
O mal supremo deve ser reconstruído
O humor tão característico de Overlord parece se dever a uma mistura entre pura maldade, lealdade cega e toda uma série de estereótipos. Logo no início do jogo tem-se a primeira imagem dos devotados “minions”, que são uma espécie de servo dedicado um tanto descerebrado — quase infantil.
As pequenas criaturas despertam ansiosamente o Overlord dos seus longos anos de sono para que este reerga novamente o seu império, reconstruindo o seu nefando castelo e corrompendo — de forma nem sempre muito convincente — as belas paisagens do jogo. Para tanto, o jogo disponibiliza uma espécie de servo/tutor que ensinará desde os passos mais básicos até as tarefas mais complexas que visam às vezes simplesmente espalhar o mal pela face da terra.
Uma das primeiras missões pinta muito bem o tipo de humor que permeia todo o jogo. A fim de recuperar a fonte de energia do castelo, o Overlord parte pelos campos com um máximo inicial de apenas cinco servos. É claro que antes de pegar a fonte, você poderá ordenar que os minions saqueiem, destruam e ainda fiquem com alguns espólios bem inusitados — como um capacete de abóbora que se consegue ao destruir uma fazenda.
Enfim, os minions vão alegre, destemida e inconseqüentemente realizar qualquer desígnio seu, embora na maior parte das vezes isso se resuma a apenas destruir e espoliar. Após alguma perambulação, eis que enfim surge o precioso “heart”, cuja energia estava sendo utilizada pelos anões para fazer crescer abóboras! Hilário.
Outros objetivos vão envolver ainda reunir uma casta de belas mulheres que serão as suas servas no castelo, encontrar a terra dos elfos e recuperar a comida roubada do povo pelos anões... embora devolve-la para o povo dependa de você estar ou não se sentindo “particularmente maligno”. Basicamente, a ação se resume em recriar os seus domínios e espalhar o terror, sempre com a opção de ser qualquer coisa entre um deus benevolente e um tirano completo em uma espécie de Black & White (ainda) mais descontraído.
Alguns puzzles e várias peregrinações sem rumo ainda podem fazer Overlord ficar com uma pinta de RPG. Mas é uma impressão bem passageira. A bem da verdade trata-se mesmo de um jogo consideravelmente linear já que, de certa forma, toda malignidade do personagem não chega a alterar grandemente o curso das coisas.
Aliás, o terror absoluto aqui envolve mais saquear casas e queimar plantações com bolas de fogo enquanto se ouve os vários comentários hilários dos servos que, ao final, ainda lhe trazem os prêmios dos saques com um ostensivo ar de satisfação.
“For the Overlord!”
Não há como negar: uma das maiores diversões em Overlord é comandar os seus pequenos e leais servos descerebrados. É claro que você, como o supremo senhor das trevas, é também capaz de infligir dano. Entretanto, qual é graça de se utilizar um enorme e lento machado enquanto se pode mandar os devotados minions fazerem todo o trabalho sujo e de uma forma muito mais engraçada?
De forma geral, todos os minions são capazes “roubar, matar e destruir” de bom grado. Todavia, uma tática interessante envolve a boa utilização dos vários tipos diferentes de servos disponíveis, principalmente durante as batalhas. Os minions marrons, os primeiros que se pode controlar, são a linha de frente, que servem mesmo para a pancadaria clássica: coloque-os na direção dos inimigos e pronto.
Após algum tempo de jogo o seu singular exército ganha o reforço dos minions vermelhos, que possuem capacidades ligadas ao fogo. Eles podem tanto lançar bolas de fogo quanto absorver as chamas — o que será útil para dar continuidade ao jogo em certas partes. Contudo, os servos vermelhos não são muito indicados para as linhas de frente. O negócio é mandar os marrons na frente enquanto os vermelhos disparam ao longe.
Já os minions verdes funcionam mais ou menos como o clássico ladrão de D&D. Eles não tem um ataque direto muito forte. Contudo, são capazes de atacar pelos flancos (como o ataque furtivo do ladrão), que acaba sendo uma mão na roda na hora de atacar os chefes desajeitados do jogo. E, finalmente, os minions azuis possuem duas capacidades sem nenhuma ligação aparente: eles são capazes de nadar e de ressuscitar outros minions. É... então tá.
Os minions também serão bem úteis para ter acesso a alguns locais onde o Overlord não é capaz de chegar (seja lá pelo motivo que for). Nesses momentos, o melhor mesmo é utilizar o direcional analógico direito para controlá-los diretamente.
Já os minions verdes funcionam mais ou menos como o clássico ladrão de D&D. Eles não tem um ataque direto muito forte. Contudo, são capazes de atacar pelos flancos (como o ataque furtivo do ladrão), que acaba sendo uma mão na roda na hora de atacar os chefes desajeitados do jogo. E, finalmente, os minions azuis possuem duas capacidades sem nenhuma ligação aparente: eles são capazes de nadar e de ressuscitar outros minions. É... então tá.
Os minions também serão bem úteis para ter acesso a alguns locais onde o Overlord não é capaz de chegar (seja lá pelo motivo que for). Nesses momentos, o melhor mesmo é utilizar o direcional analógico direito para controlá-los diretamente.
Pense o mal. Respire o mal... Mais uma vez
Não, realmente Overlord não é um jogo feio. Mas também não transpira nada novo, assim como acontecia com o anterior. Algumas texturas deixam um pouco a desejar, a fumaça do jogo pode surpreendê-lo desagradavelmente em alguns momentos. Não obstante, o clima todo parece realmente de acordo com o conceito do jogo: pintar as belezas da terra com maldade e corrupção. Infelizmente a ação das câmeras deve tirar um pouco a sua paciência durante as batalhas.
Quer dizer, o que poderia estar mais de acordo com isso do que mandar os seus servos matarem ovelhas indefesas através de belas pradarias? Mas tudo bem, afinal, são seres que “mal sabem que estão vivas”, segundo o seu tutor no jogo.
Em relação aos diálogos, provavelmente seria muito difícil conceber algo mais de acordo. Desde a esfusiante reação dos minions quando se coloca fogo em alguma coisa até o seu tutor recomendando que se coloque em prática os seus planos malignos, para o caso de você começar a perder muito tempo sem fazer nada.
Bem, pelo menos os bons diálogos devem ajudá-lo a ignorar o fato de que Raising Hell realmente não traz nada que justifique um ano de espera. Tudo bem, o conteúdo que tinha que ser baixado no Xbox 360, que incluia sete mapas multiplayer, já vem na bagagem para o PS3. Também foi adicionado um nível inédito de dificuldade: legendary.
O problema é que, no fim das contas, trata-se exatamente do mesmo título. Acrescente-se a isso o fato de a versão para Xbox 360 rodar mais suavemente e o que se tem é simplesmente um bom título lançado um ano atrasado. Em suma: Overlord é um jogo muito bom, Raising Hell é apenas uma “figurinha” repetida.
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Nota do Voxel