Imagem de Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados
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Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados

Nota do Voxel
55

Maculando suas memórias [vídeo]

Videoanálise

Como toda criança que cresceu nos anos 90, Cavaleiros do Zodíaco fez parte da minha formação. Era minha obsessão infantil. Eu tinha pilhas e pilhas de revistas sobre a série, camisetas e brinquedos — tanto que, até hoje, tenho uma máscara do Hyoga enfeitando minha mesa de trabalho.

Diante disso, pense no quão nostálgico foi, anos depois, reencontrar aquela história que tanto me marcou sendo recontada no PS3. A Batalha dos Santuários estava longe de ser um jogo excelente, mas tinha tudo aquilo que os fãs esperavam de uma adaptação. Ele era uma homenagem a todos aqueles que cresceram soltando Meteoros de Pégaso ou tentando reverter o fluxo do chuveiro com um Cólera do Dragão.

No entanto, tudo tem um limite e Bravos Soldados mostra exatamente o ponto em que nem mesmo o saudosismo é capaz de nos fazer relevar os problemas e tropeços de um game. O retorno de Seiya e companhia ao PS3 é ruim em sua essência e não há paixão capaz de ignorar isso. Ele parte de uma ótima premissa, mas se rende aos maneirismos da série e se esquece de fazer o básico.

Ao contrário de tudo aquilo que Cavaleiros do Zodíaco representa, o novo game não empolga e muito menos diverte.

Por muito tempo, Cavaleiro do Zodíaco viveu apenas nas memórias dos fãs. E, se dependesse de Bravos Soldados, era melhor que as coisas permanecessem assim.

Mas isso é ótimo. É muito bom que bombas como essas sejam lançadas para nos fazer lembrar que nem tudo o que é feito para o fã é bom e que há muito trabalho feito nas coxas sendo vendido como “algo destinado a quem realmente gosta”. O fã de verdade quer qualidade e não apenas algo para fazer volume em sua estante.

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Os Cavaleiros do Zodíaco: Bravos Soldados é um exemplo típico disso. Ele se arma com tudo aquilo que o anime e o mangá tinham de melhor, mas não consegue apresentar isso de modo minimamente divertido.

O jogo se aproveita apenas dos clichês, dos exageros e da péssima narrativa da obra original e se esquece completamente daquilo que realmente animou toda uma geração. A ambientação mitológica e o ritmo dos combates foram colocados de lado em prol de uma mecânica rasa e totalmente focada nas animações dos ataques especiais. Tudo isso faz parte do clima nostálgico, é claro, mas não o suficiente para sustentar esta bomba.

Bravos Soldados serve apenas para nos fazer perceber que Batalha do Santuário era melhor do que pensávamos. Assim como um Cavaleiro não é atingido duas vezes pelo mesmo golpe, um fã não é enganado duas vezes pelo mesmo sentimento saudosista.

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